Projeto VLS - Opinião
Olá Leitor!
Quem acompanha com interesse e ativamente o programa espacial do Brasil como eu, normalmente acaba sentindo a necessidade de atuar como uma espécie de detetive, pegando uma peça aqui, outra ali, e vamos que vamos, já que infelizmente a mídia brasileira não dá à importância que deveria ao programa espacial do país. Além disso, a divulgação por parte das assessorias de comunicação dos órgãos envolvidos deixam muito a desejar.
Muito antes da criação do blog em 30/04 desse ano, já atuava assim tentando suprir as minhas necessidades pessoais de informação sobre o tema, o que facilitou muito (devido a minha experiência acumulada de anos) quando me vi na situação de suprir as necessidades de informação dos leitores.
Sendo assim, nos últimos meses venha trabalhando com grande interesse na busca por informações sobre o projeto que eu acredito ser o mais importante do nosso programa espacial, pois sem o mesmo, jamais alcançaremos a auto-suficiência nas atividades espaciais.
Refiro-me ao projeto do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1 que pelas informações colhidas por mim nos últimos meses (veja aqui no blog as notas: Programa VLS - Situação Atual, Cartas-Contratos Assinadas pelo IAE - Programa VLS, Sistema Dinâmico de Vôo - SDV, Projeto SIA - Sistemas Inerciais, Modernização do CLA e do CLBI, Torre Móvel de Integração, Ensaios de Qualificação do VLS, Baia de Controle do VLS, Ensaios de Qualificação do VLS, Torre Móvel de Integração - TMI, Operação Maracati I, tudo leva a crer que o cronograma estabelecido de lançar parte do foguete (vôo tecnológico do primeiro e segundo estágios) ocorrerá mesmo em dezembro de 2010.
Diferentemente de muitos aficionados do tema que acham que o VLS-1 quando estiver pronto não terá função devido a sua pouca capacidade de carga (satélites de 100 a 300 kg em órbita de até 1000 Km.) e devido ao fato dos projetos dos futuros satélites brasileiros que usarão a Plataforma Multi-Missão - PMM necessitarem de um foguete que tenha uma maior capacidade de carga para serem lançados ao espaço, o VLS-1 em minha opinião será de suma importância para o Programa Espacial Brasileiro.
Na verdade o VLS-1 é um projeto tecnológico que visa dotar o país da tecnologia de lançamento de satélites e não é verdade que o mesmo não terá função. Até porque não teria sentido essa afirmação, não só pela sua capacidade de carga (100 a 300k em órbitas de até 1000 Km) ideal para lançamentos de satélites científicos, tecnológicos e universitários de interesse da comunidade científica brasileira e que exige um foguete de menor custo operacional para essa função (veja aqui no blog: ITASAT - Satélite Universitário Brasileiro), como também pelo fato de que isso foge completamente a uma regra estabelecida pelo próprio IAE de sempre desenvolver foguetes (mesmo os conceituais) que tenham utilidade prática. Foi assim com os Sondas (mesmo não utilizando o Sonda IV como esperavam) o VS40 e outros.
Além disso, o desenvolvimento do VLS-1 é necessário para o salto tecnológico que levará o Brasil ao desenvolvimento do o VLS-1B, este sim que será o foguete responsável por lançar os satélites baseados na PMM. Aliás, salto esse que já esta sendo conduzido pelo IAE (veja as notas aqui no blog: Motores a Propelente Liquido no Brasil, Motor a Propulsão Líquida L-75 do IAE, Motor de Propulsão Líquida L5 do IAE, Projeto do Foguete VS-15 do IAE, Motor L75 - Notícias) e necessitará do desenvolvimento da tecnologia de motores movidos propulsão líquida que o Brasil ainda não domina.
Portanto amigos, eu espero que com essas informações detalhadas os leitores possam entender melhor não só o momento crucial por que passa o programa espacial de nosso país como também à importância para o mesmo do desenvolvimento nosso velho conhecido VLS.
Duda Falcão
Quem acompanha com interesse e ativamente o programa espacial do Brasil como eu, normalmente acaba sentindo a necessidade de atuar como uma espécie de detetive, pegando uma peça aqui, outra ali, e vamos que vamos, já que infelizmente a mídia brasileira não dá à importância que deveria ao programa espacial do país. Além disso, a divulgação por parte das assessorias de comunicação dos órgãos envolvidos deixam muito a desejar.
Muito antes da criação do blog em 30/04 desse ano, já atuava assim tentando suprir as minhas necessidades pessoais de informação sobre o tema, o que facilitou muito (devido a minha experiência acumulada de anos) quando me vi na situação de suprir as necessidades de informação dos leitores.
Sendo assim, nos últimos meses venha trabalhando com grande interesse na busca por informações sobre o projeto que eu acredito ser o mais importante do nosso programa espacial, pois sem o mesmo, jamais alcançaremos a auto-suficiência nas atividades espaciais.
Refiro-me ao projeto do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1 que pelas informações colhidas por mim nos últimos meses (veja aqui no blog as notas: Programa VLS - Situação Atual, Cartas-Contratos Assinadas pelo IAE - Programa VLS, Sistema Dinâmico de Vôo - SDV, Projeto SIA - Sistemas Inerciais, Modernização do CLA e do CLBI, Torre Móvel de Integração, Ensaios de Qualificação do VLS, Baia de Controle do VLS, Ensaios de Qualificação do VLS, Torre Móvel de Integração - TMI, Operação Maracati I, tudo leva a crer que o cronograma estabelecido de lançar parte do foguete (vôo tecnológico do primeiro e segundo estágios) ocorrerá mesmo em dezembro de 2010.
Diferentemente de muitos aficionados do tema que acham que o VLS-1 quando estiver pronto não terá função devido a sua pouca capacidade de carga (satélites de 100 a 300 kg em órbita de até 1000 Km.) e devido ao fato dos projetos dos futuros satélites brasileiros que usarão a Plataforma Multi-Missão - PMM necessitarem de um foguete que tenha uma maior capacidade de carga para serem lançados ao espaço, o VLS-1 em minha opinião será de suma importância para o Programa Espacial Brasileiro.
Na verdade o VLS-1 é um projeto tecnológico que visa dotar o país da tecnologia de lançamento de satélites e não é verdade que o mesmo não terá função. Até porque não teria sentido essa afirmação, não só pela sua capacidade de carga (100 a 300k em órbitas de até 1000 Km) ideal para lançamentos de satélites científicos, tecnológicos e universitários de interesse da comunidade científica brasileira e que exige um foguete de menor custo operacional para essa função (veja aqui no blog: ITASAT - Satélite Universitário Brasileiro), como também pelo fato de que isso foge completamente a uma regra estabelecida pelo próprio IAE de sempre desenvolver foguetes (mesmo os conceituais) que tenham utilidade prática. Foi assim com os Sondas (mesmo não utilizando o Sonda IV como esperavam) o VS40 e outros.
Além disso, o desenvolvimento do VLS-1 é necessário para o salto tecnológico que levará o Brasil ao desenvolvimento do o VLS-1B, este sim que será o foguete responsável por lançar os satélites baseados na PMM. Aliás, salto esse que já esta sendo conduzido pelo IAE (veja as notas aqui no blog: Motores a Propelente Liquido no Brasil, Motor a Propulsão Líquida L-75 do IAE, Motor de Propulsão Líquida L5 do IAE, Projeto do Foguete VS-15 do IAE, Motor L75 - Notícias) e necessitará do desenvolvimento da tecnologia de motores movidos propulsão líquida que o Brasil ainda não domina.
Portanto amigos, eu espero que com essas informações detalhadas os leitores possam entender melhor não só o momento crucial por que passa o programa espacial de nosso país como também à importância para o mesmo do desenvolvimento nosso velho conhecido VLS.
Duda Falcão
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