CLA Testa Plataforma Suborbital Com o Lançamento de Foguetes

Olá leitor!

Segue uma interessante matéria publicada hoje (31/10) no jornal “O Estado do Maranhão”, dando destaque ao lançamento do Foguete FTI, ocorrido no dia de ontem (30/10) do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), como parte integrante das atividades da “Operação São Lourenço”.

Duda Falcão

GERAL

CLA Testa Plataforma Suborbital
Com o Lançamento de Foguetes

Operação realizada ontem à tarde foi considerada um sucesso;
atividade deu início a uma nova fase no Centro de Lançamento
de Alcântara e serviu para o treinamento operacional

O Estado do Maranhão
31/10/2015

Foto: Divulgação
O foguete foi lançado com sucesso ontem à tarde, em Alcântara.

O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) lançou na tarde de ontem o 12º Foguete de Treinamento Intermediário (FTI), dando início à fase de lançamentos do projeto Satélite de Reentrada Atmosférica (SARA), uma plataforma suborbital destinada a realizar estudos e pesquisas em ambiente de microgravidade por até 10 dias.

O lançamento do foguete aconteceu às 13h50 e a altitude máxima em voo alcançada (apogeu) foi de 61 km. A operação foi considerada um sucesso, pois serviu também para o treinamento operacional das equipes do CLA.

O próximo lançamento acontecerá dia 11 de novembro e será do VS-40M V03 com a plataforma suborbital SARA, e nele será embarcada versão simplificada do Sistema de Navegação (SISNAV). Quando concluído, o SISNAV será usado no Veículo Lançador de Satélites (VLS-1), foguete de fabricação nacional desenvolvido pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE). Também um GPS de aplicação espacial, em fase de qualificação, desenvolvido pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), será embarcado no veículo a ser lançado do CLA.

A plataforma SARA, após cair em área marítima interditada, será recuperada pela Força Aérea Brasileira (FAB). Os pesquisadores analisarão dados obtidos em voo por antenas de telemetria como pré-requisito para a qualificação do projeto Sara. Tanto o foguete quanto o satélite de reentrada serão rastreados por radares ao longo da trajetória percorrida em voo.

Já o experimento da UFRN, que é um receptor GPS para aplicações espaciais, tem como função básica informar com precisão a posição e a velocidade de um foguete ou satélite no espaço. Sua principal inovação é a incorporação de certas características, principalmente de software, como a capacidade de funcionar em elevadas altitudes e em altas velocidades sem perder o sincronismo com o sinal recebido da constelação de satélites GPS. A fabricação, integração e testes do experimento são feitos atualmente pelo IAE.

ATIVIDADES

Operação no CLA

Os lançamentos são pontos altos da Operação São Lourenço, realizada pelo IAE de 22 deste mês a 13 de novembro, com apoio do CLA, de civis e militares do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), de esquadrões aéreos da FAB, DECEA, Marinha e Agência
Espacial Alemã (DLR).


Fonte: Jornal O Estado do Maranhão – pág. 05 - 31/10/2015

Comentário: Pronto leitor, segundo esta matéria do jornal “O Estado do Maranhão”, já está marcada a data de lançamento do SARA, ou seja, será no dia 11/11, fique atento. No entanto o mais intrigante desta matéria aparece na foto que acompanha a mesma. Quando no dia 29/10 noticiei (veja aqui) que o CLA iria lançar um Foguete FTI como parte integrante das atividades da campanha de lançamento da “Operação São Lourenço” (fiz de forma discreta na esperança de que nossos leitores fossem observadores e questionasse o Blog do que se tratava, coisa que infelizmente não aconteceu) disse também que este foguete teria abordo uma carga útil tecnológica, carga esta que é justamente esta parte bege/amarronzada abaixo do cone preto do foguete que aparece na foto. Chamamos a sua atenção? Pois é, acontece que não temos a mínima ideia do que seja esta carga útil o que coloca um manto de mistério sobre isto. Pode ser uma tecnologia secreta em desenvolvimento pelo IAE, ou até mesmo uma carga útil alemã, mas seja o que for, certamente foi tratada com grande discrição. Pelo que sabemos esta é a primeira vez que se coloca uma carga útil tecnológica ou científica abordo de um desses foguetes de treinamento, e talvez seja isto que o autor da matéria esteja querendo dizer com  a afirmação de que esta atividade deu início a uma nova fase no CLA, Será? Nos resta agora aguardar pelo lançamento do VS-40M/SARA Suborbital-1. Avante SARA. Aproveitamos para agradecer ao leitor maranhense Edvaldo Coqueiro pelo envio desta nova matéria.

Comentários

  1. A sempre uma esperança de sermos testemunhas vivas, a contabilizar as conquistas científicas do nosso Brasil. Se não tomarmos uma atitude de emancipação, tudo indica que seremos eternos sofredores de carteirinha. Ainda não assumimos, o papel de verdadeiros protagonista , nesta história de desafios, em torno dessa emaranhada teia de desmando, mentiras, escândalos e corrupção generalizada, que assolam nossa nação, ponto identificado, como o real motivo, de não decolarmos de vez, em direção a conquista do espaço sideral. Vários foram os fatores que propiciaram essa conquista com a realização da primeira etapa do Projeto SARA 1, dentre muitos, o pensamento otimista do finado Engº Paulo Moraes Júnior, a qual devemos a honra, ostensivos a todo à da sua grande equipe no ( IAE). Apesar do aumento nos índices de positividade desse empreitada científica, o país ainda se encontra abaixo da realidade de muitos países desenvolvidos. O percentual médio do Brasil no quesito conquista científica, não reflete totalmente a realidade, muitas particularidades, inclusive a falta progressiva no financiamento expressivo no setor, são extremamente diminutas. Todos esses entraves, associado ao descaso contínuo dos últimos governos, de modo irrelevante e sem compromissos, deixam os pesquisadores, melancólicos, porém, acima de tudo, sempre nasce dentro de nós, uma esperança sem precedentes, que é características de poucos brasileiros.
    O CEFAB, parabeniza a todos os Engº do IAE e, da UFRN. Duda, um pergunta: Porque não utilizar, esses maravilhosos Foguete (FTI), no intuito de servir da sua baía de instrumentação, para colocar disponível as pesquisas desenvolvidas pelas universidades brasileiras?

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    1. Olá Cassio!

      Eu creio que seja esta a intenção do CLA e do CLBI, mas isto dependerá muito dos próximos capítulos do PEB.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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  2. A utilização do GPS e uma imposição americana para nos monitorar?

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    1. Olá Unknown!

      Não, rsrsrsrs, amigo, não tem nada haver.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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    2. Achei estranho o fato de estarem usando o sistema GPS, uma vez que é sabido que os EUA podem interferir na precisão do sinal GPS em determinadas regiões para prejudicar engenhos de defesa ou mesmo estratégicos de outros países.

      Mas vai saber qual a real finalidade deste GPS.

      Uma possibilidade é estarem utilizando o sistema GLONASS em conjunto com o GPS.

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    3. Olá RodrigoV!

      Acredito que eles realmente possam fazer isto, mas o uso do sinal GPS neste equipamento não foi por imposição americana e sim por opção do seu idealizador, um pesquisador da UFRN. Até porque o GPS é o sistema de posicionamento global mais usado e avançado do mundo e porque as opções não são grandes. Talvez no futuro possa se usar o GLONASS russo neste projeto, ou mesmo o Galileu europeu, ou até mesmo o Beidou chines, mas por enquanto o GPS americano foi a opção escolhida. Na realidade o mais seguro mesmo seria se tivéssemos o nosso próprio sistema de posicionamento global.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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  3. Bela foto. Com um pouco de imaginação, dá para "ver" o VLS ou o VLM no lugar do FTI.

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    1. Olá Ageu!

      Sua imaginação foi longe, rsrsrsrs.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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