UFMA Deve Lançar Experimento Sigiloso no Segundo Voo de Qualificação da PSM em 2026

Prezados entusiastas da exploração espacial,
 
Uma das funções do BS sempre foi estar atento às novidades do setor espacial global — e principalmente do setor espacial brasileiro, que, inclusive, foi o que me motivou lá atrás, em 2009, a criar o BS que todos nós conhecemos hoje.
 
É claro que, ao longo desses anos, tanto eu, desde o início, como o Prof. Rui Botelho, que se juntou posteriormente ao projeto, tivemos sempre o cuidado de trazer informações verdadeiras aos nossos entusiastas. Isso sempre foi feito com base em fontes confiáveis do setor, sem tentativas de alterar ou “dourar a pílula”, salvo algum erro de interpretação eventual. Sempre exploramos nossa liberdade, não apenas de divulgar o que nos chega, mas também de opinar sobre os fatos relevantes que acompanham essas informações.
 
Desde sempre (eu e o Prof. Rui Botelho), mesmo com algumas discordâncias pontuais — kkkkkk — compartilhamos o pensamento de que devemos agir como verdadeiros profissionais da divulgação científica e jornalística, com responsabilidade, isenção e compromisso com a verdade. Doa a quem doer. Nosso objetivo sempre foi — e continuará sendo — levar informação de qualidade à Sociedade Brasileira.
 
E, para isso, não podemos esperar que as informações simplesmente "caiam do céu". Não funciona assim. Precisamos agir como verdadeiros detetives: pescando aqui e ali as peças desse quebra-cabeça, que, uma vez montado, se transforma em conteúdo confiável para nossos leitores e entusiastas.
 
E foi exatamente isso que aconteceu neste caso.
 
Durante a nossa Live Especial sobre o Jussara-K, realizada em 01/10, com a participação do jovem engenheiro Octavio Bogarim, da startup Epic of Sun e do Prof. Luis Cláudio, do Laboratório de Eletrônica e Sistemas Embarcados Espaciais (LABESEE) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), minha curiosidade profissional foi atiçada por um trecho da conversa que já estava em andamento quando entrei na 'sala de espera' da live.
 
Como o bate-papo entre o Prof. Rui e o Prof. Luis já havia começado, acabei pegando a conversa pela metade e não entendi muito bem o que estava sendo dito. Mas aquilo ficou martelando na minha cabeça. Então, esperei o momento certo durante a transmissão para questionar o Prof. Luis sobre o assunto — como nossos entusiastas podem conferir no corte da live abaixo.
 

Pois bem, como foi possível perceber, o Prof. Luis não esclareceu exatamente do que se trata esse experimento que poderá ser testado no segundo voo de qualificação da Plataforma Suborbital de Microgravidade (PSM) — voo esse que agora está previsto para ocorrer apenas em meados de 2026, e olhe lá.
 
Pois então, caros entusiastas, quando algo chama minha atenção, não sai do meu radar tão facilmente — principalmente quando envolve o setor espacial brasileiro. Confesso que já fui bem mais ativo nessas investigações em anos passados, quando ainda acreditava mais no futuro do PEB. Mas enfim...
 
E ai, dias depois mais algumas peças desse quebra-cabeça acabaram aparecendo. E de quem vieram? De ninguém menos que João Batista, o irrequieto sócio-diretor da startup brasileira USIPEP/U-SAT, quando na semana passada, ele publicou duas notas em sua página oficial no LinkedIn, que reproduzimos abaixo.
 

As notas ainda não esclarecem exatamente qual é o experimento do LABESEE/UFMA, mas confirmam que:
 
* A parte mecânica do projeto (as caixas-plataformas mostradas nas imagens) foi desenvolvida pela USIPEP/U-SAT.
 
* Na verdade duas dessas estruturas foram desenvolvidas pela startup, e uma já se encontra em testes com a PSM, em São José dos Campos (SP), com participação do IAE, AEB e UFMA.
 
Entretanto, ainda pairam mistérios tanto sobre esse experimento realizado pela UFMA quanto sobre a utilidade da segunda estrutura — a caixa ou plataforma preta que aparece nas fotos — e para quem ela foi produzida. Resta agora aguardar que, em breve, o próprio Prof. Luis Cláudio possa esclarecer à Sociedade Brasileira os detalhes desse experimento, assim como esperamos que alguém possa revelar a utilidade e o destino da segunda caixa-plataforma. Continuaremos acompanhando o desenrolar desses acontecimentos.
 
Sobre a USIPEP/U-SAT
 
Vale lembrar que a USIPEP/U-SAT é membra fundadora da Aliança das Startups Espaciais Brasileiras (ASB) e vem se destacando no mercado nacional como fornecedora de estruturas para pequenos satélites. Um bom exemplo disso é a estrutura do Jussara-K (confira no vídeo abaixo).
 

Mais recentemente, a empresa também lançou ao mercado o primeiro deployer brasileiro desenvolvido internamente. Inclusive, no dia 20 de maio deste ano, realizamos uma Live Especial com o João Batista aqui no Canal do BS, onde ele apresentou oficialmente esse novo deployer. A íntegra da live está disponível pelo link abaixo.
 
 
Se você é entusiasta do setor espacial brasileiro, fique atento, porque algumas coisas  interessantes estão acontecendo — mesmo que ainda de forma tímida. E o nosso papel, como sempre, será o de seguir investigando, conectando pontas e trazendo à luz de forma responsável o que acontece nos bastidores do setor espacial brasileiro.
 
Até a próxima!
 
Brazilian Space
 
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