Cientistas Contemplam Criar Partido Político Para Ter Voz no Congresso Nacional

Olá leitor!

Segue abaixo uma notícia postada dia (17/07) no blog do jornalista “Herton Escobar” do jornal “O Estado de São Paulo”, destacando que nos bastidores da Reunião da SBPC, em Belo Horizonte-MG, Cientistas contemplam a ideia de um criar partido político para ter voz no Congresso Nacional.

Duda Falcão

Cientistas Contemplam Criar Partido
Político Para Ter Voz no Congresso Nacional

Ideia está circulando nos bastidores da reunião
anual da SBPC, em Belo Horizonte

Herton Escobar
17 Julho 2017 | 15h23

Foto: Pietro Sitchin/SBPC
Helena Nader fala na cerimônia de abertura
da reunião anual da SBPC 2017.

Lideranças científicas estão contemplando a possibilidade de criar um partido político, para tentar ganhar uma voz no Congresso Nacional. O partido seria dedicado exclusivamente às causas da Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação, e não pleitearia cargos no Poder Executivo — apenas no Legislativo. A ideia, que circula pelos corredores da reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Belo Horizonte, seria lançar a presidente da entidade, Helena Nader, como candidata a deputada federal.

Bióloga molecular, professora titular da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Helena Nader é presidente da SBPC há seis anos e conta com amplo apoio da comunidade científica e acadêmica. Seu terceiro mandato termina nesta semana. Ela será substituída pelo vice-presidente, Ildeu Moreira.

Helena, de 69 anos, disse que a ideia não partiu dela e que não tem uma opinião formada sobre o tema. Moreira ressaltou que se trata de uma iniciativa de indivíduos da comunidade científica, e não de uma proposta institucional da SBPC. O estatuto da entidade afirma, logo em seu primeiro parágrafo, que a SBPC é uma “associação civil, pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, laica e sem caráter político-partidário”.

“Há clara necessidade de termos representação de cientistas, professores e pesquisadores no Congresso Nacional e outras instâncias legislativas do país, qualificada para defender a causa da educação, ciência e tecnologia como os pilares da inovação e do desenvolvimento nacional”, defende Glaucius Oliva, professor titular do Instituto de Física de São Carlos da USP e ex-presidente do CNPq.

Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fapesp, acha que o ideal seria ter políticos com formação científica em vários partidos — e não a criação de um partido próprio –, inclusive como forma de criar uma frente comum de diálogo entre eles.


Fonte: Blog do “Herton Escobar“ - 03/06/2016 - http://blogs.estadao.com.br/herton-escobar

Comentário: Hummmm, essa me parece ser um ideia interessante e note leitor que partiu de indivíduos de dentro da comunidade científica e não de suas lideranças. De minha parte como cidadão brasileiro acho que essa ideia deve ser avaliada e bem discutida, pois poderia gerar grandes dividendos, caso realmente o partido venha a ter o exclusivo foco de verdadeiramente desenvolver a ciência e tecnologia brasileira, bem como lutar pela implantação de uma educação de qualidade baseada na cidadania. Porém, será que seus políticos integrantes não seriam seduzidos pelos bastidores obscuros de nossa capital federal? O que poderia ser feito para que isto não acontecesse??? Qual a punição que a Comunidade Científica aplicaria aos seus representantes que se envolvesse com maracutaias ??? Enfim, existem ainda muitas questões e analises a serem feitas pela Comunidade antes que se possa partir para uma ação como essa. Inicialmente o que eu diria é que nenhum dos lideres atuais da comunidade científica tem o que é necessário para ser um Deputado ou Senador neste covil de raposas instalado no Congresso Nacional, são ingênuos demais e seriam enganados com extrema facilidade por esses vermes de carreira. Na minha opinião para enfrentar esses energúmenos e suas artinhas políticas nefastas nesse antro de marginais, precisamos de gente não só comprometida com o setor de C&T e de Educação, mais principalmente com experiencia política de campo, gente que já conhece como a banda toca e o que fazer para encontrar soluções no meio desse mar de lama. Diante disto, o melhor nome (sem dúvida nenhuma) para ser líder e presidente de um partido como esse seria o do já Senador Cristovam Buarque. Já basta de lideranças que pecam por infantilidade.

Comentários

  1. É uma boa ideia,a comunidade científica brasileira não é tratada como deveria,é preciso que ela se imponha.

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  2. A melhor ideia que ouço em anos, inclusive uma eventual liderança do Cristovam.

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    1. Entretanto... https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2017/07/18/cristovam-buarque-e-chamado-de-golpista-e-cancela-lancamento-de-livro-em-mg.htm

      Queria muito saber quem eram esses manifestantes, e objetivamente qual o motivo de chamarem o senador de "traidor da educação".

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    2. Olá Fabrício!

      Será mesmo que você não consegue imaginar quem eram esses vermes??? Sinceramente é lamentável e esta aí uma das razões de estamos na merda em quer estamos.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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    3. Qual o projeto RELEVANTE do citado senador para a educação? Desconheço...

      Só sei que ele vota "sim" em tudo o que o Temer propõe. Não me parece uma grande vantagem isso.

      Sds.

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  3. O grande problema do Brasil não é falta de políticos ou de mais partidos, que já são 40; mas de cidadãos conscientes que saibam e que têm coragem de exigir dos políticos uma atuação mais ética. O que acontece hoje no Brasil é que os políticos, em espantosa maioria estão atrelados a organizações criminosas. Precisamos sim, de menos partidos e mais cidadãos.

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  4. Não se enganem, senhores. A única solução para este país é erradicação definitiva dos partidos políticos da estrutura do Estado e a instauração de uma nova ordem democrática.

    Mais um partido, ainda que formado com pessoas honestas, não fará diferença nesse caos em que nos encontramos. Só no Congresso, mais da metade responde à justiça. Considerando esse dado e o fato de que temos cerca de 70 mil políticos, pelo menos 35 mil deles deveriam ser banidos da vida pública. Quem vai fazer isso? A Lava Jato? Claro que é impossível. A sociedade precisa acordar para essa realidade.

    Sem isso, não há educação, saúde, segurança e muito menos, é claro, ciência.

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    1. Como se faz uma "nova ordem democrática" sem partidos políticos? Numa ditadura eu sei que isso pode, numa democracia pode?

      Os políticos, ladrões ou não, foram colocados lá por nós. Eles são reflexo da nossa sociedade. Passemos, portanto, a votar com mais consciência na próxima. Votar em 'Tiriricas' como forma de protesto dá nisso.

      Sds.

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    2. Caro Observador - a democracia surgiu cerca de 590 a.c. na Grécia, enquanto os partidos surgiram por volta de 1700 d.c. na Inglaterra. Por 2300 anos, a democracia sobreviveu sem partidos.

      Veja uma alternativa de democracia sem partidos na página Brasil Sem Partido, de minha autoria no Facebook. Desculpem a propaganda, mas a divulgação é a única forma que temos para discutirmos e, quem sabe, transformarmos nossa lamentável realidade.

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    3. Ainda que sem partidos na prática, existiam eleições onde formas de organizações sociais (partidos?) indicavam candidatos que os representavam. Vejamos Atenas que com seus cerca de 300 mil habitantes naquela época, apenas 10% disso poderia participar de eleições e assembleias.

      Uma "nova ordem democrática" sem partidos seria uma grande "obra" brasileira, tipo uma jabuticaba democrática. Nem nos países mais avançados do mundo algo do tipo foi proposto. Aqui, neste Brasil de milhares de semi-analfabetos, é algo inimaginável.

      Repito o que comentei acima: é a mobilização cidadã na implantação da verdadeira cidadania (inclui-se aí a educação de qualidade, oportunidades, etc.) que mudará o cenário político nacional. Fórmulas milagrosas não existem. Votando bem, teremos bons políticos (independente de qual partido seja), votando mal, temos o que já sabemos. O ideal é avançar cada vez mais na democracia DIRETA, onde o povo é ouvido para tudo via plebiscito/referendo, como na Suíça, Holanda, Bélgica, Inglaterra...

      Sds.

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    4. Sua colocação tem a ver com o complexo de vira-latas, Observador. Não sairemos dessa esperando que "os países mais avançados do mundo" tomem uma atitude por nós. Mas fico feliz em ver que, pelo menos, você já admite que uma democracia possa existir sem partidos (como de fato, já existiu). É um primeiro passo.

      Somente quando nos livrarmos desse complexo é que teremos uma sociedade e uma ciência de primeiro mundo.

      Sds.

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  5. Temer cortou em 40% os investimentos em Ciência e Tecnologia.

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    1. O Brasil, há muito, é governado por uma grande organização criminosa e pior, eleita pelo povo. Não tem partido com qualquer ideologia a não ser a de roubar a nação e tornar as pessoas, cada dia menos cidadãs, para que roubem despreocupadamente. Não será mais um partido que dará conta disso. Precisamos - e os cientistas se quisessem poderiam ajudar muito -, é de educação de qualidade, que levem os jovens de hoje a serem cidadãos conscientes de seus deveres para com a Pátria. Mesmo porque, quando alguém fala em entrar para a política partidária eu até arrepio, porque poderá ser mais um para roubar a Nação. E as exceções são tão escassas que nem sei se ainda existem...

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  6. Quem disse que Brasil não é notícia no site da Science, pena que não é pelo motivo que gostaríamos...

    http://www.sciencemag.org/news/2017/07/cuts-imperil-brazil-s-stake-astronomy-observatories

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  7. Boa ideia,

    As relações entre Ciencia e Política, sempre existiram, não são tão evidentes, mas precisam ser melhores estudadas e divulgadas.
    Exemplo: Certas teorias científicas são mais aceitas que outras, igualmente suportadas por fatos, em determinada época porque atendem aos interesses políticos dominantes da época.
    Assunto é denominado como:
    RELATIVISMO E EPISTEMOLOGIA



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