Levantamento DES Apoiado Pelo LIneA e Pelo INCT do e-Universo Detecta Rara Supernova Super Luminosa
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada dia (21/07) no site do
“Observatório Nacional (ON)” destacando que Levantamento DES apoiado por meio
do Laboratório Interinstitucional de e-Astronomia (LIneA) e pelo Instituto
Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) do e-Universo, detecta rara Supernova
Super Luminosa.
Duda Falcão
Notícias
Levantamento DES Detecta Rara
Supernova Super Luminosa
Publicado: Sexta, 21 de Julho de 2017, 18h06
Última atualização em Sexta, 21 de Julho de 2017, 18h06
Pesquisadores da University of California – Santa Cruz e
do Dark Energy Survey (DES), programa apoiado pelo
Observatório Nacional - por meio do Laboratório Interinstitucional de e-Astronomia (LIneA)
e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) do e-Universo,
detectaram a morte de uma estrela maciça localizada em uma galáxia a 10 bilhões
de anos-luz de distância. A supernova “super luminosa” é considerada rara e uma
das mais distantes já descobertas. Astrônomos afirmam que ela ocorreu cerca de
3,5 bilhões de anos após o Big Bang, em um período conhecido como “meio-dia
cósmico”, quando a taxa de formação de estrelas alcançou seu máximo no
Universo.
Brilho intenso – A explosão proporcionou um brilho
até três vezes maior do que o brilho dos 100 bilhões de estrelas da Via Láctea
somadas
As supernovas super luminosas são de 10 a 100 vezes mais
brilhantes do que as típicas explosões resultantes do colapso de uma estrela
maciça. Porém, astrônomos ainda não sabem exatamente que tipos de estrelas dão
origem à extrema luminosidade ou quais processos físicos estão envolvidos. A
supernova, batizada de DES15E2mlf (Figura abaixo), é incomum até
mesmo dentro do pequeno grupo de supernovas super luminosas identificadas até
hoje.
O objeto foi detectado e vem sendo observado desde
novembro de 2015 pelo Dark Energy Survey (DES) em colaboração
que faz uso do telescópio Blanco, de quatro metros, situado no Observatório
Interamericano, em Cerro Tololo, Chile. As observações de acompanhamento para
medição da distância e obtenção de espectros detalhados da supernova foram
conduzidas com o Espectrógrafo Multi-Objeto Gemini, localizado no Observatório
Gemini Sul, Chile, que dispõe de um espelho primário de 8 metros de diâmetro.
A investigação foi liderada por Dr. Yen-Chen Pan e pelo
Prof. Ryan Foley, astrônomos da University of California, e membros
de uma equipe internacional de colaboradores do DES. Os pesquisadores
relataram as descobertas em um artigo publicado recentemente, no Monthly
Notices of the Royal Astronomical Society, um dos principais jornais de
astronomia.
As novas observações são capazes de fornecer dados sobre
a natureza das estrelas e galáxias, especialmente durante o pico da formação de
estrelas. As supernovas são importantes na evolução das galáxias porque suas
explosões enriquecem o gás interestelar a partir do qual novas estrelas formam
elementos mais pesados do que o hélio, chamados de “metais” por astrônomos.
“É importante saber que estrelas muito maciças estavam
explodindo naquela época (meio-dia cósmico). O que realmente queremos saber é a
taxa relativa de supernovas super luminosas para supernovas normais, mas ainda
não podemos fazer essa comparação porque as supernovas normais são muito fracas
para serem vistas a essa distância. Portanto, não sabemos se esta supernova
atípica está nos dizendo algo especial sobre essa época, há 10 bilhões de anos
“, afirma Foley, professor assistente de astronomia e astrofísica na University
of California.
Observações anteriores de supernovas super luminosas
indicavam que elas estavam tipicamente situadas em galáxias de baixa massa ou
galáxias anãs, que tendem a ser menos enriquecidas em “metais” do que galáxias
com maior massa. Apesar disso, a DES15E2mlf foi localizada em
uma galáxia bastante maciça e de aparência normal. “A ideia atual é que um
ambiente de baixa metalicidade é importante na criação de supernovas super
luminosas e, por isso, tendem a ocorrer em galáxias de baixa massa, mas DES15E2mlf está
em uma galáxia relativamente maciça em comparação com a galáxia hospedeira
típica para supernovas super luminosas”, afirma Pan, pesquisador pós-doutorando
da UC Santa Cruz e principal autor do artigo.
Foley explicou que as estrelas com menos elementos pesados
mantêm maior fração de massa quando morrem, o que pode causar uma explosão
maior quando a estrela esgota o seu abastecimento de combustível e colapsa.
“Sabemos que a metalicidade afeta a vida de uma estrela e como ela morre.
Então, encontrar essa supernova super luminosa em uma galáxia de massa superior
vai contra o pensamento atual. Mas estamos observando um período tão distante
no passado, esta galáxia poderia ter tido menos tempo para criar metais, então
pode ser que nesse passado distante do Universo, mesmo galáxias de alta massa
tinham um conteúdo de metal suficientemente baixo para criar essas
extraordinárias explosões estelares. Em algum momento, a Via Láctea também
reuniu essas condições e poderia ter produzido muitas explosões similares “,
destaca Foley.
Segundo Smith, pós-doutorando da Universidade de
Southampton, Reino Unido, embora os cientistas ainda se deparem com muitos
enigmas, a capacidade de observar estas supernovas tão distantes fornece
informações valiosas sobre estrelas maciças e sobre um período importante na
evolução das galáxias. O levantamento DES descobriu uma série de
supernovas super luminosas e continua a ver explosões cósmicas mais distantes,
que revelam como as estrelas explodiram durante o principal período de formação
de estrelas.
Confira o artigo na íntegra
Crédito da imagem: Dark Energy Survey
Imagem que mostra a galáxia hospedeira (SN host) indicada
com uma
flecha amarela, na qual explodiu a supernova DES15Emlf.
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Fonte: Site do Observatório Nacional (ON)
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