Brasil Ajudará em ‘Caça’ Europeia a Exoplanetas
Olá leitor!
Segue abaixo uma
interessante matéria publicada dia
(08/07) no site do jornal “O Estado de São Paulo”, destacando que brasileiros
participarão da Missão Plato europeia de caça a Exoplanetas.
Duda Falcão
CIÊNCIA
Brasil Ajuda em
‘Caça’ Europeia a Exoplanetas
Oficializada em
junho, missão obteve financiamento e será lançada em 2025
Fábio de Castro,
O Estado de S.
Paulo
08 Julho 2017 |
03h00
Foto: Wayne Rosing/The New York
Times
Com participação
direta de cientistas brasileiros, uma missão da Agência Espacial Europeia (ESA)
vasculhará o espaço em escala sem precedentes, com o objetivo de descobrir
planetas habitáveis em outros sistemas solares. Oficializada no fim de junho, a
missão Trânsitos Planetários e Oscilações das Estrelas (Plato, na sigla em
inglês) agora tem financiamento garantido - o orçamento é de US$600 milhões (R$
2,27 bilhões) - e será lançada em 2025.
Assim como
outros telescópios caçadores de exoplanetas - como são chamados os planetas
fora do Sistema Solar -, o Plato ficará em órbita em torno da Terra, enquanto
observa o céu. Mas o conceito é inovador: o satélite terá 26 telescópios
montados em uma só plataforma, o que eleva sua capacidade para rastrear
estrelas e exoplanetas.
Segundo um dos
brasileiros envolvidos no projeto, o astrofísico José Dias do Nascimento, o
Plato deve levar para outro patamar a descoberta de exoplanetas, em comparação
às principais missões anteriores com essa meta: o satélite francês Corot, que
atuou entre 2006 e 2012, e o telescópio espacial Kepler, da NASA, lançado em
2009. “A diferença é que agora a inovação é grande. O Corot observou
aproximadamente 250 mil estrelas em 6 anos e o Kepler chegou a observar 450
mil. Já o Plato, com vários telescópios voltados para o céu simultaneamente,
observará quantidade de estrelas na ordem de milhões”, disse Nascimento
ao Estado.
Foto: José Dias
Nascimento
Potência. Novo satélite terá mais eficiência na missão
de
buscar estrelas e planetas, afirma cientista da UFRN.
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Segundo ele,
professor da Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e pesquisador da
Universidade Harvard (Estados Unidos), o que torna o Plato especial é a
tecnologia das câmeras dos telescópios e os avanços científicos feitos a partir
do legado do Corot e do Kepler. “O CCD é a parte do telescópio que faz a
detecção e o do Plato é o mais potente construído, capaz de observar uma porção
do céu muito maior em uma só exposição. Por outro lado, missões anteriores nos
mostraram que as estrelas, por seu intenso magnetismo, têm ruídos intrínsecos
que prejudicaram os resultados obtidos pelos telescópios. Agora, sabemos como
filtrar isso.”
O Plato terá 24
câmeras que serão acionadas a cada 25 segundos e duas rápidas acionadas a cada
2,5 segundos. Cada uma terá 4 CCDs com 4.510 x 4.510 pixels. Em comparação, o
Kepler tem 21 CCDs com 2.200 x 1.024 pixels cada.
Para Nascimento,
o Plato põe a Europa de novo na vanguarda da busca por exoplanetas. “Há uma
competição internacional para ver quem vai observar os exoplanetas mais
parecidos com a Terra, para que se possa chegar à detecção de vida. Por isso, a
missão é procurar planetas que tenham idade próxima à da Terra e não só aqueles
estejam na zona habitável - isto é, cujas características permitam a existência
de água líquida na superfície, condição indispensável à vida.”
Brasil no Espaço - Além de Nascimento, diversos cientistas brasileiros estão
formalmente ligados à missão Plato e coordenarão equipes no projeto, como
Adriana Valio, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Eduardo Janot Pacheco e
Jorge Meléndez, ambos da Universidade de São Paulo (USP). “O projeto é da ESA e
o financiamento é 100% europeu, mas o Brasil entrou pela qualificação
científica de seus pesquisadores, que foram convidados por sua liderança
historicamente reconhecida em determinadas áreas da astronomia”, disse
Nascimento.
Fonte: Site do
jornal O Estado de São Paulo - 08/07/2017
Comentário: Pois é leitor, já tínhamos conhecimento desta
participação de cientistas brasileiros nesta “Missão Plato” da ESA, porém como
nada mais havia sido publicado achamos que poderia ter melado. Quem bom que
isso não aconteceu. Note aqui leitor que mesmo tendo uma Agencia Espacial no
país que é uma tremenda piada, por reconhecimento internacional da qualificação
técnica de nossos cientistas (talvez isto muito pela participação brasileira exitosa
durante a Missão CoRoT), fomos convidados a participar desta importante missão europeia.
Sucesso a "Missão Plato" e aos cientistas brasileiros.
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