Equipe de Fogueteiros do Projeto Júpiter da Poli USP Confirma Sua Participação no Spaceport America Cup
Olá leitor!
Recebi uma notícia enviada ao Blog pela jovem Giovana
Vucovic, estudante de engenharia da Escola
Politécnica (Poli) da USP e integrante da equipe de fogueteiros do “Projeto Júpiter” desta universidade,
confirmando que dentro de cerca de dois meses esta equipe participará pela terceira vez consecutiva nos EUA da maior competição de foguetes
intercolegial do mundo que, até o ano passado era denominada de Intercollegiate
Rocket Engineering Competition (IREC) e a partir de 2017 passou a ser denominada de Spaceport America Cup. Veja abaixo no relato dessa jovem
universitária paulista um pouco dessa história e aproveitamos aqui para lembrar
que se na América do Norte já existe
esta competição internacional de grande sucesso, aqui na América do Sul a galerinha da Associação
COBRUF trabalha com grande esforço para que um dia a COBRUF Rockets possa também se tornar a contrapartida sul-americana no hemisfério Sul do planeta, fora o já consolidado Festival Nacional de Minifoguetes da BAR que também pode caminhar nesta direção, e para tanto precisará inicialmente da
participação e colaboração de todos os fogueteiros espalhados pelo Brasil, bem
como posteriormente a participação de equipes universitárias do todo o mundo.
Sucesso a todos (estou na torcida Emersson e Prof. Marchi) e em especial a equipe do “Projeto Júpiter” nesta competição que
se aproxima.
Duda Falcão
Logo da equipe. |
Grupo universitário de engenharia aeroespacial se prepara
para competição mundial Estudantes do Projeto Júpiter levantam verba através de crowdfunding para
participar da Spaceport America Cup, que ocorrerá em junho nos Estados Unidos.
Criado em 2014 por um grupo de estudantes da Escola
Politécnica (Poli) da USP, a equipe se dedica a desenvolver projetos e
pesquisas na área aeroespacial. Os alunos do Projeto Júpiter projetam,
constroem e divulgam tudo o que é preciso para dar vida a um foguete que voará
até 3 km de altitude.
Do sistema de propulsão à construção da estrutura mais
aerodinâmica possível; dos sensores embarcados ao mecanismo de recuperação, o
grupo se encarrega de garantir que a cada ciclo anual um novo foguete seja
criado com mais qualidade que o anterior. E é com esse foguete que os alunos
participam da Spaceport America Cup, ao lado de mais de 100 equipes do mundo
inteiro.
A competição avalia alguns aspectos tanto do voo quanto
do foguete em si, tais como a altura atingida, a recuperação efetiva do
veículo, e a sua carga útil. "Neste ano, procuramos desenvolver um foguete
que atingisse o mais próximo dos 3 km que a competição exige, com a maior
precisão possível. Isso exigiu inúmeras simulações envolvendo seus diferentes
parâmetros, como dimensões, massa e impulso. Estamos confiantes de que esse ano
nosso foguete atingirá um patamar satisfatório", relata Rodrigo Schmitt,
integrante do grupo.
No final do mês de junho, o evento contará com a presença
de 7 equipes brasileiras. Três anos atrás, apenas o ITA participava da
competição, até que em 2015, um ano após sua criação, o Projeto Júpiter
resolveu assumir o desafio, abrindo espaço para ainda mais grupos do Brasil se
desafiarem. "Nossa primeira participação foi um tanto sutil, pois o grupo
tinha acabado de nascer. Cumprimos os requisitos básicos para participar e
conseguimos o apoio financeiro para a viagem, mas apenas o suficiente para
levar 3 membros. Mesmo assim, foi uma porta de entrada importante tanto para
nós quanto para as outras equipes brasileiras, que podem ter se inspirado na
nossa participação ao lado do ITA", explica.
Em 2016, o grupo construiu um novo foguete, chamado Nabo
I. Agora com 7 membros representando a equipe na competição, o Projeto Júpiter
conseguiu a colocação de vigésimo quarto, na frente até mesmo de universidades
como Yale. "Crescemos e amadurecemos muito rápido como equipe, e por causa
disso o projeto desse ano está muito mais ambicioso. Dessa vez, pretendemos ir
em 12 pessoas, com o objetivo de levar o projeto do Brasil para os Estados
Unidos e garantir ainda mais excelência na sua execução", afirma Rodrigo.
Integrantes da equipe com o foguete NABO I que participou no ano passado da competição nos EUA. |
Em junho, o Projeto Júpiter pretende alcançar uma posição
ainda mais expressiva na competição. “Procuramos representar o Brasil da melhor
forma possível. Mais do que isso, queremos mostrar que não são apenas os
americanos que fazem um trabalho de qualidade na ciência e tecnologia, mas que
os brasileiros podem muito bem bater de frente, com tanta qualidade quanto”,
conclui.
Com tal ambição, os alunos lançaram uma campanha de
arrecadação no ar para poder bancar a viagem dos participantes. Para apoiar
diretamente o projeto e receber as recompensas propostas pelos estudantes,
entre em: https://www.catarse.me/projetojupiter.
Fonte: Equipe do Projeto Júpiter da Escola Politécnica (Poli) da USP
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