Astrônomos do ON Acompanham Eclipse na Ilha de Páscoa

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota postada dia (06/07) no site do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) destacando que pesquisadores brasileiros do Observatório Nacional acompanharão eclipse na Ilha de Páscoa.

Duda Falcão

Pesquisadores do ON Acompanham
Eclipse na Ilha de Páscoa

06/07/2010 - 14:05
Astrônomos de vários países estão atentos a um raro fenômeno que ocorre no próximo domingo (11). Será um eclipse solar sobre o Oceano Pacífico e que só poderá ser observado de um ponto em terra firme: a Ilha de Páscoa, a 3600 quilômetros da costa chilena. Por isso, astrônomos de todo o planeta que observam e pesquisam o Sol já se deslocam para a região.
Como os eclipses normalmente são observados de vários pontos da Terra, às vezes distantes e mesmo com horas distintas, esta será uma oportunidade única de os mais renomados cientistas da área poderem comparar métodos e resultados de seus trabalhos.
Para o Grupo de Instrumentação e Referência em Astronomia Solar (Girasol), do Observatório Nacional (ON/MCT), esta será a ocasião perfeita para testar o novo heliômetro que é inovador e foi desenvolvido dentro da própria instituição, com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCT). Desde que passou a ser usado, em 2009, ele já produziu mais de 72 mil imagens de alta precisão do diâmetro solar, a fotosfera.
Existem outros grupos de pesquisa, inclusive no Brasil, que observam o Sol a partir de outros focos, como observações em radiofrequências que o astro emite. Contudo, a fotosfera é a principal responsável por quase todas – cerca de 100% – as informações que coletamos do astro. É lá, por exemplo, que ocorrem as variações locais de brilho conhecidas como manchas solares.
Mudanças Climáticas
Assim, quatro pesquisadores e um técnico do ON chegam à Ilha de Páscoa na quinta-feira (8), só retornando ao Brasil na terça-feira (13). “O projeto tem um lado bastante prático, no que diz respeito ao estudo do clima espacial, ou seja, do sistema Sol-Terra. Implicações do clima espacial são verificadas nas telecomunicações, na transmissão de energia, na vazão de rios e até, como fator chave, em mudanças climáticas em grande escala”, explica Victor D’Ávila, integrante do Girasol.
O Sol é hoje uma área de estudo tão grande quanto todas as demais áreas da astronomia juntas, e a quantidade de pesquisas desenvolvidas sobre o assunto não para de crescer. O ON tem uma das séries históricas mais antigas do mundo de observação do Sol, desde 1977.
Quando a série começou, boa parte da comunidade científica ainda duvidava da variação do diâmetro do astro. Já em 2002, um quarto de século depois, a instituição foi convidada para ser co-fundadora da Rede Internacional de Monitoramento do Diâmetro Solar, formada por pesquisadores da França, Espanha, Turquia e da Argélia. Uma curiosidade é que as observações do Sol são as únicas ainda feitas no campus do ON, em São Cristóvão , zona norte do Rio de Janeiro.

Fonte: Site do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT)

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