Tempestade Derruba Meio Bilhão de Árvores na Amazônia
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada hoje (14/07) no site “Apollo11.com” destacando que um estudo realizado por cientistas brasileiros e norte-americanos revela que uma tempestade derrubou meio bilhão de árvores na Amazônia em 2005.
Duda Falcão
Estudo: Tempestade Derruba Meio
Bilhão de Árvores na Amazônia
Editoria: Mudanças Climáticas
Quinta-Feira, 14 jul 2010 - 09h05
Um estudo realizado por cientistas brasileiros e norte-americanos concluiu que uma violenta tempestade de grande porte ocorrida em janeiro de 2005 causou a perda de mais de 500 milhões de árvores na Região Amazônica, o equivalente a três anos de desmatamento na Amazônia Legal.
Os dados foram computados utilizando-se imagens de satélites e relatos de habitantes que viviam próximos às áreas afetadas e refletem o ocorrido entre 16 e 18 de janeiro de 2005, quando uma vasta linha de instabilidade de 200 km de largura e 1000 km de comprimento vinda de sudoeste atravessou a bacia amazônica. O fenômeno provocou pesadas tempestades que causaram diversas vítimas fatais em Santarém, Manacapuru e Manaus.
Na ocasião, ventos verticais com até 140 km por hora partiram árvores ao meio. Em muitos casos, as árvores atingidas derrubaram outras espécies vizinhas, em um verdadeiro dominó de destruição.
O estudo será publicado esta semana na revista científica Geophysical Research Letters e foi elaborado por pesquisadores da ESALQ - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, ligada à Universidade de São Paulo, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Universidade estadual Paulista (UNESP) e Tulane University, de Nova Orleans, EUA.
Estudo
De acordo com o professor Edson Vidal, da ESALQ, existem em média 180 árvores por hectare na Região Amazônica. Segundo Vidal, a análise feita pelo INPE entre 2007 e 2009 mostrou que foram desmatados 32.026 quilômetros quadrados. Isso equivaleria à 576 milhões de árvores derrubadas no período da tempestade.
Estudos anteriores já atribuíam o aumento na mortalidade das árvores em 2005 à forte seca prolongada que atingiu parte da floresta, mas o novo estudo identificou novas áreas atingidas e que não haviam sido computadas na ocasião, incluindo quedas de grupo árvores menores que não são detectadas pelo satélite, mas foram relatadas pelas pesquisas de campo.
No entender de Robinson Negrón-Juárez, da Universidade de Tulane, nos três dias da tempestade, entre 441 e 663 milhões de árvores foram destruídas em toda a floresta. Isso equivale a três anos de desmatamento na região da Amazônia brasileira. Nas áreas mais atingidas constatou-se que cerca de 80% das árvores foram derrubadas.
"Tempestades destrutivas que se movem do nordeste em direção ao sudeste da Amazônia são relativamente comuns e ocorrem até quatro vezes por mês. Raras e pouco estudadas são os sistemas que sem movem em direção oposta, como esse que ocorreu em 2005", disse Negrón-Juárez.
Segundo os autores do trabalho, o estudo revelou perdas muito maiores do que se pensava e sugere que devido às mudanças climáticas, tempestades altamente destrutivas deverão se tornar mais comuns naquela região, destruindo mais árvores e aumentando ainda mais as concentrações de carbono na atmosfera.
Fotos: No topo, troncos de árvores vivas são vistos dois anos depois que a forte tempestade varreu parte da bacia amazônica em janeiro de 2005. A tempestade abriu grandes clareiras na área da floresta próxima de Manaus. Na seqüência, foto mostra o lago próximo à cidade amazônica de Manaquiri e reflete os efeitos da seca que se abateu sobre a região no mesmo ano. Crédito: Tulane University / Greenpeace / Apolo11.com.
Fonte: Apolo11 - http://www.apolo11.com/clima.php?posic=dat_20100714-090759.inc
Comentário: Pois é leitor, e tem gente que ainda acredita que o investimento em tecnologia espacial é inútil. Pagaremos no futuro um alto preço por essa falta de visão de nossa sociedade. Lamentável.
A natureza destruindo-a ela própria. Os defensores do meio ambiente devem tomar medidas mais rigorosas contra a natureza, punindo a natureza pelos danos cometidos nela mesma. Punir apenas os seres humanos é injusto.
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