Radian Aerospace de Seattle (EUA) Revela Planos Para Veículo de Reentrada

Caros leitores e leitoras do BS!

 

Crédito: Radian Aerospace

O Veículo de Reentrada Reutilizável da Radian (R3V) testará tecnologias para o futuro avião espacial da Radian Aerospace, servindo também como uma plataforma de testes para outros clientes.

Vocês lembram da Radian Aerospace dos EUA? Pois então, no dia 01/05, o portal SpaceNews noticiou que esta empresa, que tem planos de longo prazo para desenvolver um avião espacial, pretende primeiro desenvolver um veículo de reentrada, tanto como demonstrador tecnológico quanto para aplicações de testes hipersônicos.

 

De acordo com a nota do portal, a empresa, sediada em Seattle, anunciou em 29 de abril sua intenção de desenvolver o Radian Reusable Reentry Vehicle (R3V), uma espaçonave para testes hipersônicos ou para retorno de cargas do espaço, que também proporcionará à Radian experiência em voo com tecnologias-chave para seu futuro avião espacial, o Radian One.

 

Livingston Holder, diretor de tecnologia da Radian, disse em entrevista que a empresa buscava maneiras de testar o Dur-E-Therm, o sistema de proteção térmica que está desenvolvendo para o Radian One. A empresa havia recentemente concluído testes do sistema em laboratório no Centro de Pesquisas Glenn da NASA. “Mas testar em um ambiente não relacionado a voo só te leva até certo ponto, então estávamos elaborando como testá-lo em um ambiente mais relevante.”

 

Isso levou a empresa a desenvolver o R3V. A ideia é lançar o R3V — com menos de dois metros de altura — em um veículo lançador de pequeno ou médio porte, colocando-o em uma trajetória suborbital para realizar testes durante a reentrada. O veículo seria então recuperado e reutilizado.

 

“Isso realmente ajudaria muito a comunidade hipersônica a reduzir os custos para voar sistemas de desenvolvimento tecnológico, além de amadurecer nossas próprias tecnologias”, disse ele. “Acabou resolvendo uma série de necessidades independentes.”

 

A Radian vê o R3V como uma forma de testar tecnologias para o Radian One, bem como de gerar receita antecipada com clientes interessados em usar o veículo para seus próprios testes hipersônicos. Holder disse que a empresa já recebeu manifestações de interesse de possíveis clientes tanto do governo quanto do setor comercial.

 

“Acreditamos que quanto mais rápido conseguirmos colocar isso em operação, maior será a confiança das pessoas para se comprometerem”, disse ele. A empresa espera ter o R3V pronto para um primeiro voo já em 2026, embora ele reconheça que isso é um cronograma “bastante ousado”.

 

O R3V possui propulsão que também permite seu uso em aplicações orbitais. “Se alguém quiser realizar um experimento que demande um tempo maior em microgravidade, podemos voar com esse experimento e trazê-lo de volta relativamente rápido”, disse ele.

 

A Radian trabalhará no R3V em paralelo com o Radian One. A empresa iniciou testes no outono passado com um veículo protótipo, o PFV01, incluindo voos em Abu Dhabi para testar o manuseio do veículo durante decolagem e pouso. Holder disse que a empresa agora está trabalhando em um segundo protótipo, incorporando as lições aprendidas com o PFV01 e outros testes.

 

“Ter algo que voe mais cedo gera entusiasmo na equipe, e aprendemos mais rápido dessa forma”, disse ele sobre trabalhar simultaneamente nos protótipos do Radian One e no R3V. “Isso nos dá uma oportunidade de incorporar nossos aprendizados ao sistema maior, o que de fato deve ser uma atividade de redução de riscos — não apenas do ponto de vista tecnológico, mas também de integração.”

 

Brazilian Space

 

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