A Noruega Torna-se o 55º País do Mundo a Assinar os Acordos Artemis

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Crédito: NFD/David Berg Tvetene

A Ministra do Comércio e Indústria da Noruega, Cecilie Myrseth (ao centro), assinou os Acordos Artemis em 15 de maio, em uma cerimônia com Christian Hauglie-Hanssen, diretor-geral da Agência Espacial Norueguesa (à esquerda), e Robert Needham, encarregado de negócios da Embaixada dos EUA na Noruega.

No dia de ontem (15/05), o portal SpaceNews noticiou que a Noruega assinou os Acordos Artemis em 15 de maio, um sinal de que o novo governo continua promovendo o documento que estabelece as melhores práticas para a exploração espacial responsável.

 

De acordo com a nota do portal, Cecilie Myrseth, ministra do Comércio e Indústria da Noruega, assinou os Acordos durante um evento na sede da Agência Espacial Norueguesa, em Oslo, com a presença do chefe da agência e do encarregado de negócios da embaixada dos EUA no país.

 

“Este é um passo importante para permitir que a Noruega contribua para uma cooperação internacional mais ampla, a fim de garantir a exploração e o uso pacíficos do espaço sideral”, disse Myrseth em um comunicado.

 

A Noruega é o 55º país a assinar os Acordos desde 2020. O documento estabelece melhores práticas com base em princípios do Tratado do Espaço Exterior e de outros acordos, abordando questões como transparência, compartilhamento de dados científicos e utilização de recursos espaciais.

 

A Noruega também é o terceiro país a assinar os Acordos Artemis desde o início do novo governo Trump, após a Finlândia em janeiro e Bangladesh em 8 de abril. Todos os três países assinaram os acordos em eventos realizados em seus próprios territórios, com pouca ou nenhuma presença da NASA, em contraste com o governo Biden, durante o qual a sede da NASA sediou muitos dos eventos de assinatura.

 

Embora os países estejam aderindo em um ritmo mais lento este ano — nove países se juntaram nos primeiros cinco meses de 2024 — o fato de que continuam a assinar indica que o novo governo está mantendo seu apoio aos Acordos, iniciados no primeiro governo Trump.

 

“Somos gratos pela forte e significativa colaboração que já tivemos com a Agência Espacial Norueguesa”, disse Janet Petro, administradora interina da NASA, em um comunicado. “Agora, ao assinar os Acordos Artemis, a Noruega não está apenas apoiando o futuro da exploração, mas também ajudando a defini-lo com todos os nossos parceiros — para a Lua, Marte e além.”

 

A adição de novos signatários aos Acordos Artemis ocorre ao mesmo tempo em que exemplos mais concretos de cooperação internacional na exploração espacial, como parte do programa Artemis, estão ameaçados de cancelamento na proposta de orçamento da Casa Branca para o ano fiscal de 2026. Isso inclui o Gateway, no qual Europa, Canadá, Japão e Emirados Árabes Unidos estão fornecendo componentes, bem como o módulo de serviço da espaçonave Orion, construído pela Europa, que o orçamento propõe eliminar após a missão Artemis 3.

 

O Gateway “é um dos elementos críticos da parceria internacional”, disse Alex MacDonald, ex-economista-chefe da NASA, durante um webinar do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais sobre a proposta orçamentária da NASA, realizado em 14 de maio. “Sempre há muita discussão sobre os Acordos Artemis. Os Acordos Artemis, na verdade, não incluem você de forma material no programa, mas os acordos relativos ao Gateway, sim.”

 

Caso o Congresso concorde com a proposta do governo de cancelar o Gateway, ele afirmou, “uma das perguntas imediatas será: como os parceiros internacionais continuarão a fazer parte do Artemis? Eles ainda farão parte?” Isso pode, segundo ele, envolver a readequação dos elementos do Gateway fornecidos por esses países para outras finalidades.

 

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