O PIT de São José dos Campos (SP) Sediou Dia 22/05, o '1º Seminário da International Academy of Space Studies (IASS)' com o Apoio do SIMDE
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Imagens: SIMDE
No dia 23 de maio, o portal do Sindicato Nacional das Indústrias de Materiais de Defesa (SIMDE) divulgou que, em 22 de maio, o Parque de Inovação Tecnológica (PIT), localizado em São José dos Campos (SP), foi palco do "1º Seminário promovido pela International Academy of Space Studies (IASS)", evento que contou com o apoio institucional do SIMDE.
O evento reuniu autoridades civis e militares, especialistas, representantes do setor aeroespacial e delegações de países como México, Índia, Itália e Macedônia, com o objetivo de debater os desafios, perspectivas e as novas tendências do Programa Espacial Brasileiro, dentro de um cenário global em constante transformação.
"Pois então entusiastas do espaço, iniciativas que envolvam instituições de renome internacional, como a IASS, realmente costumam transmitir uma certa credibilidade. À primeira vista, parece que algo sério e transformador está sendo articulado. Mas quando essas mesmas iniciativas dão protagonismo justamente a personagens e instituições em sua maioria que, historicamente, têm sido parte do problema — responsáveis diretos pelo atraso crônico do setor espacial brasileiro —, fica difícil não questionar: como esperar soluções reais vindo de quem contribuiu com o fracasso até aqui (verdadeiras raposas do caos em pele do cordeiro)? É como ver antigos arquitetos do colapso agora posando de agentes da reconstrução, sem qualquer autocrítica, renovação de práticas ou mudança real de postura. O risco, nesse cenário, é que tudo acabe sendo mais uma repetição dos velhos vícios, agora embalados com linguagem moderna e carimbo de legitimidade externa. Enquanto isso, talentos continuam sendo desperdiçados, projetos descontinuados, e o Brasil segue distante de alcançar o potencial que poderia ter no campo espacial. Fica a reflexão: será que estamos realmente mudando o rumo — ou apenas girando em círculos, com os mesmos de sempre no leme?"
De acordo com a nota do portal, a solenidade de abertura foi composta pela professora doutora Maria Helena Fonseca de Souza Rolim, presidente da IASS; o prefeito de São José dos Campos, Anderson Farias; o presidente do PIT, Jeferson de Lima Cheriegate; o responsável pela implantação da ALADA, Tenente-Brigadeiro do Ar Sérgio Roberto de Almeida; o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), doutor Marco Antônio Chamon; o Brigadeiro do Ar Eduardo Alexandre Bacelar, chefe do Subdepartamento Técnico do DCTA; o doutor Antônio Miguel Vieira Monteiro, diretor substituto do INPE; e o Brigadeiro José Vagner Vital, vice-presidente da IASS, que também atua como Diretor do SIMDE e Coordenador do Comitê Aeroespacial do sindicato.
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Brigadeiro do Ar José Vagner Vital, vice-presidente do PIT, Diretor do SIMDE e Coordenador do Comitê Aeroespacial do sindicato, e William Rospendowski, representante da FINEP. |
Durante a programação, o presidente da AEB, Marco Antônio Chamon, defendeu a importância de tornar mais visível à sociedade o papel estratégico do programa espacial brasileiro. Ele destacou que, embora especialistas conheçam sua relevância, o público em geral ainda está distante do tema, o que torna eventos como o seminário essenciais para fomentar essa discussão.
A presidente da IASS, professora Maria Helena Rolim, destacou a proposta multidisciplinar da entidade, com enfoque na integração entre tecnologia, defesa, geopolítica, empreendedorismo e direito espacial, com ênfase na criação de uma cultura espacial nos países lusófonos. Já o presidente do PIT, Jeferson Cheriegate, pontuou que São José dos Campos, como berço da indústria espacial brasileira, deve assumir protagonismo internacional no setor, gerando spin-offs e consolidando o Brasil como referência em inovação.
O seminário foi estruturado em dois turnos de palestras. Pela manhã, o presidente da AEB apresentou as diretrizes para o fortalecimento do Programa Espacial Brasileiro. Em seguida, o doutor Adenilson Roberto da Silva (INPE) abordou o desenvolvimento de sistemas no contexto do New Space, seguido pelo Brigadeiro Bacelar, que apresentou o Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE). No período da tarde, João Paulo Campos (Visiona) tratou dos avanços da empresa no setor, seguido por Célio Vaz (Orbital Engenharia), que destacou a influência da inteligência artificial na engenharia de sistemas aeroespaciais. FINEP, Academia do Espaço e ESSS também participaram com exposições técnicas e debates.
Na ocasião, Marco Antonio Chamon destacou que a reunião presencial foi uma oportunidade estratégica para traçar um panorama atual do programa espacial brasileiro e suas perspectivas, ressaltando ainda a importância de ampliar a visibilidade sobre o tema diante da sociedade, especialmente considerando a dimensão continental do país.
O encerramento do evento foi marcado por um painel jurídico sobre o New Space, com a presença do professor Thiago Bezerra de Melo e de Gabriel Gomes, que trataram dos desafios legais emergentes na regulação do setor espacial brasileiro. A moderação foi conduzida por Luiz Amaral, da ESSS, que promoveu a troca de ideias e o aprofundamento das discussões.
Brazilian Space
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