Instituições Assinam Acordo Para Mapear Solo Brasileiro
Olá leitor!
Segue abaixo a nota postada ontem (06/12) no site da Agência
Espacial Brasileira (AEB), destacando que instituições ligadas à ciência e
tecnologia assinaram acordo para mapear Solo Brasileiro.
Duda Falcão
Instituições Assinam Acordo
Para Mapear Solo Brasileiro
EMBRAPA
Publicado em: Brasília,
6 de dezembro de 2017
Representantes de universidades e instituições ligadas à
ciência e tecnologia assinaram na tarde de terça-feira (5.12), Dia Mundial do
Solo, um protocolo de intenções que oficializa o início do maior trabalho já
realizado no Brasil nesta área: o Programa Nacional de Solos do Brasil
(Pronasolos). O programa com horizonte de 30 anos envolve 20 parceiros entre
universidades, institutos de pesquisas, agências especializadas e empresas de
pesquisa científica.
Definido pelo presidente da Embrapa, Maurício Antônio
Lopes, como uma das maiores iniciativas do Brasil para proteger o solo, o
Pronasolos está orçado em R$ 740 milhões, nos dez primeiros anos, e envolverá
atividades de investigação, documentação, inventário e interpretação de dados
de solos brasileiros para gestão desse recurso e sua conservação.
Entre os maiores resultados esperados está a criação de
um sistema nacional de informação sobre solos do Brasil e a retomada de um
programa nacional de levantamento de solo. “Esses dois pontos a serem atendidos
estão listados no acórdão redigido pelo Tribunal de Contas da União, em 2015,
que deu origem ao programa, ” afirmou o coordenador do Pronasolos, o
pesquisador José Carlos Polidoro, da Embrapa Solos. “O programa irá obter
informações importantes no nível de detalhamento necessário para que o País
consiga usar esse recurso natural tão importante”, disse o cientista.
O presidente da Embrapa, Maurício Antonio Lopes,
ressaltou a importância do trabalho coletivo para a realização da empreitada.
“Não se faz um trabalho dessa magnitude sem uma parceria muito consolidada, por
isso envolve atores de extrema importância, ” frisou. “Exploramos outros
planetas e conhecemos pouco o nosso próprio solo”, disse o presidente da
Embrapa após assinar o documento, ressaltando que o solo é um recurso com o
qual se deve ter cuidado. “A produção de alimentos cada vez mais sofisticados e
a desertificação observada em diversas partes do planeta são exemplos de
questões relacionadas a esse valioso recurso”, comentou.
“Estamos celebrando um grande marco nas Ciências do Solo
no Brasil,” declarou a presidente da Sociedade Brasileira de Ciência de Solo
(SBCS), Fátima Maria de Souza Moreira. “Estamos quase meio século distantes dos
levantamentos pioneiros do Radam Brasil, IAC e Embrapa na década de 1970 e
que visavam o reconhecimento do território nacional. O Pronasolo
fará agora um detalhamento mais acurado com fins de manejo adequado à
potência agrícola que o Brasil se tornou.”
Em nome do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), Ivone Lopes Batista afirmou que a instituição usará sua
expertise em coleta de dados em todo o território nacional para gerar dados de
cartografia e recursos naturais para o Pronasolos. “Estamos honrados de
participar de uma atividade e um debate tão importante para comunidade
científica brasileira. ”
O presidente da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas
Gerais (Epamig), Rui da Silva Verneque, disse ser fundamental conhecer esse
recurso natural para continuar a contribuir para a produtividade da agricultura
brasileira. “Precisamos conhecer o solo e suas transformações. É um trabalho
grandioso, de enorme envergadura e fundamental para o Brasil, ” pontuou.
Verneque discursou em nome das instituições estaduais de pesquisa agropecuária.
A sustentabilidade e as questões ambientais foram
lembradas pelo representante do Serviço Geológico do Brasil (CPRM/SGB), Paulo
Afonso Romano. “Para cumprir os objetivos do desenvolvimento sustentável (ODS)
estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) será necessário conhecer
o solo,” ressaltou, “Não é possível separar gestão da água sem falar de solo”,
completou.
“A falta de água que sofremos hoje nas fazendas está
bastante relacionada à falta de cuidados que temos com o solo,” afirmou o
presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB),
José Raimundo Braga Coelho, para ele, além do Programa, o País deve ter uma
política e um sistema nacional de informação sobre solo.
“A Universidade Federal de Santa Maria se sente orgulhosa
de poder colocar sua longa tradição na área de solos à disposição desse
trabalho”, declarou o reitor da universidade, Paulo Afonso Burmann. “É para se
comemorar a decisão incisiva do País de resolver essa importante demanda”,
acredita.
José Carlos Polidoro, da Embrapa, informou que o Governo
Federal, por meio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)
prepara um decreto que visa a estabelecer o Pronasolos como programa de Estado.
Fonte: Site da Agência Espacial Brasileira (AEB)
Comentários
Postar um comentário