Revelação de Programa de Investigação de ÓVNIS do Pentágono Deixa Várias Questões em Aberto
Olá leitor!
Segue abaixo um artigo
publicado ontem (18/12) no site do jornal “Folha de São Paulo” tendo como
destaque a Revelação de Programa de Investigação de ÓVNIS do Pentágono feita
recentemente por dois veículos de comunicação americanos.
Duda Falcão
CIÊNCIA
Revelação de Programa de Investigação
de ÓVNIS do Pentágono Deixa
Várias Questões em Aberto
Por Salvador
Nogueira
Folha de SP
18/12/2017 - 23:01
O último sábado
(16) foi marcado pela revelação –praticamente simultânea em dois veículos de
comunicação americanos– de que o Pentágono manteve entre 2007 e 2012 um
programa para investigar casos de objetos voadores não identificados, os
populares e misteriosos óvnis.
Em seus anos de
operação, o programa gerido de forma discreta pelo Departamento de Defesa
americano consumiu cerca de US$ 22 milhões e investigou algumas ocorrências
intrigantes no céu.
Dentre elas, um
encontro de um objeto não identificado que fez manobras incompatíveis com as de
uma aeronave convencional com dois caças F-18 da Marinha americana, em 2004.
O vídeo é
intrigante; o relato de um dos aviadores, entrevistado pelo “New
York Times”, é ainda melhor. “Não tenho ideia do que eu
vi”, disse David Fravor, ex-piloto da Marinha envolvido no caso. “Não tinha
plumas, asas ou rotores e era mais rápido que nossos F-18s.” E brincou em
seguida: “Quero pilotar um desses.”
É mais um caso
misterioso, como tantos registrados há décadas, com a diferença de que a
posterior investigação deste episódio em particular gera também algumas
perguntas bem terrenas ainda sem resposta.
O Programa de
Identificação de Ameaças Avançadas à Aviação foi criado por iniciativa do
senador Harry Reid, democrata do estado de Nevada, e a maior parte dos recursos
teria ido para a Bigelow Aerospace, empresa do magnata de hotelaria Robert
Bigelow sediada no mesmo estado. Bigelow e Reid são amigos.
Não está clara
ainda como essa verba foi gasta, mas dizem envolvidos com a iniciativa que a
Bigelow ficou encarregada de investigar evidências materiais deixadas por
aparições de óvnis.
Em maio, Robert
Bigelow deu uma entrevista ao
programa “60 minutes”, da rede CBS, dizendo ter a certeza de que
a Terra é visitada por espaçonaves alienígenas.
Em outubro, o
funcionário de inteligência do Pentágono responsável pelo gerenciamento do
programa, Luis Elizondo, conseguiu que três dos mais intrigantes vídeos,
refletindo o encontro de caças com “veículos aéreos anômalos”, tivessem sua
divulgação liberada.
O caso
envolvendo o comandante David Fravor, na costa de San Diego, na Califórnia, foi
um deles.
Logo após a
liberação dos vídeos, Elizondo deixou o governo, para se associar a uma empresa
chamada To the Stars Academy of Arts & Science (TTS AAS), que lidará
diretamente com ufologia, entre outros temas exóticos, e distribuiu os clipes à
imprensa.
O site da startup
está no momento pedindo recursos de investidores e já arrecadou mais de US$ 2
milhões.
Uma circular de
oferta de ações datada de 29 de setembro, a que a Folha teve acesso,
detalha alguns dos projetos da empresa.
“A TTS AAS tem
acesso a uma equipe global de cientistas com conhecimento avançado para
desenvolver os projetos de pesquisa da companhia, incluindo Base de Dados de
Ultra-Experiência Humana, Engenharia de Métrica do Espaço-Tempo, Interface
Cérebro-Computador e Telepatia.”
Em 10 de
outubro, a TTS AAS foi apresentada ao grande público pelo “Huffington Post”.
Na reportagem, Elizondo é um dos entrevistados.
E certamente
ajudou a dar mais visibilidade aos negócios que, no último sábado, o jornal “The New York
Times” e o site “Politico”
tenham publicado quase simultaneamente a revelação do programa do Pentágono,
após a confirmação de sua existência pelo órgão governamental.
Elizondo, mais
uma vez, figura proeminentemente em entrevista nas duas reportagens, assim como
em uma publicada pelo
“Washington Post” apenas horas depois, em que o jornal
confirma ter conduzido diversas entrevistas confidenciais com o ex-funcionário
do Pentágono nos últimos dois meses.
Elizondo diz que
seu principal interesse é ver esses casos investigados seriamente — algo que
sentiu que não aconteceria no âmbito governamental. Outro de seus interesses
nos últimos meses foi falar bastante com jornalistas.
INCONCLUSIVO
Há pelo menos
várias décadas objetos voadores não identificados são observados no céu do
mundo todo. Na maioria dos casos, eles têm explicações mais prosaicas, como
fenômenos atmosféricos ou astronômicos. Um pequeno percentual, contudo, desafia
explicações convencionais.
Os Estados
Unidos já tiveram vários programas de investigação desses casos. O mais famoso,
conduzido pela Força Aérea americana, foi o projeto Blue Book, que existiu entre
1952 e 1970.
De todos os
casos analisados, 701 (6%) foram classificados como sem explicação conhecida.
Seriam casos genuínos de visitas por espaçonaves alienígenas? Ninguém sabe — é
isso o que “não identificado”, em óvni, quer dizer.
E quanto ao
programa do Pentágono recém-revelado (e, segundo o governo, encerrado em 2012),
ele conseguiu avançar nessa questão? Um relatório de quase 500 páginas foi
supostamente produzido pela iniciativa, mas não foi liberado ao público.
De acordo com o
“Washington Post”, nem o Departamento de Defesa, nem quaisquer dos gerentes do
programa afirmam ter obtido provas conclusivas de visitantes extraterrestres.
E nem todos os
antigos membros do projeto têm o mesmo entusiasmo de Elizondo pelos resultados
obtidos. “Após um tempo o consenso foi o de que realmente não poderíamos achar
nada de substância”, disse ao site “Politico” um ex-funcionário do Pentágono
familiarizado com a questão, mas que preferiu não se identificar.
“Eles produziram
pilhas de papel. Depois de tudo isso, não havia nada que pudéssemos encontrar.
Foi encerrado só por essa razão.”
Fonte: Site do Jornal
Folha de São Paulo - 16/12/2017
Comentário: Kkkkkkkkk,
Salvador, você é uma viajem, um caso perdido, mas obrigado mesmo assim pelo
artigo, pois traz alguns pontos interessantes.
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