Acordo Sobre a Base de Lançamentos de Alcântara Gera Incertezas na Indústria Nacional
Olá leitor!
Segue abaixo um interessante artigo postado ontem (14/12)
no site do “defesanet,com”, destacando que o Acordo BRASIL/EUA sobre a Base de
Lançamentos de Alcântara gera incertezas na Indústria Nacional.
Duda Falcão
COBERTURA ESPECIAL - ESPECIAL
ESPAÇO - TECNOLOGIA
Acordo Sobre a Base de Lançamentos de
Alcântara Gera Incertezas na Indústria Nacional
Júlio Ottoboni
Especial DefesaNet
14 de Dezembro, 2017 - 11:00 ( Brasília )
Recente visita do Presidente Michel Temer, Ministro
Jungmann
e o Comando da Aeronáutica.
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Um grupo formado pelas principais empresas de base
aeroespacial do polo de São José dos Campos se reuniram na manhã de terça-feira
(12DEZ2017), no parque tecnológico do município para discutir as salvaguardas
da negociação entre os governos do Brasil e do Estados Unidos quanto a
transferência de uso da Base de Lançamentos, situada no Maranhão, para os norte-americanos.
O acordo deve ser confirmado em algumas semanas pelos
governos norte-americano e do Brasil. O interesse dos Estados Unidos na base é
antigo já propôs parcerias de uso e de melhorias tecnológicas no local desde os
anos 90. Embora tenha colocado restrições a utilização integrada dos projetos
brasileiros e norte americanos, o que inclui ter áreas onde somente os Estados
Unidos poderiam operar. Isso inclui a ausência de transferência de tecnologia e
de boa parte das novas instalações que se venham a construir no local.
Segundo a maioria dos engenheiros altamente
especializados presentes a reunião, apesar dos Estados Unidos assegurar para as
empresas brasileiras a participação parcial em projetos comuns, como no
fornecimento de peças e componentes, tem-se o veto ao conhecimento integral das
tecnologias aplicadas. Outro consenso é que os programas de lançamentos de
satélites e foguetes norte americanos utilizaram o local com uma frequência
muito maior que a brasileira, principalmente com projetos próprios sem qualquer
participação da indústria nacional.
Desde julho deste ano, o Brasil encaminhou oficialmente
ao governo dos Estados Unidos uma proposta que libera o uso da Base de
Alcântara para lançamento de foguetes. A negociação começou há duas décadas e
houve uma forte rejeição por parte do congresso brasileiro, em 2001, sob o
argumento de que os termos violavam a soberania nacional.
A proposta foi reformulada e revisada pelo ministro da
Defesa, Raul Jungmann. Em seguida foi enviada para avaliação do Departamento de
Estado. No governo Lula e depois de Dilma Rousseff, tanto a Rússia como a
Ucrânia estiveram para firmar um acordo com o Brasil para o uso da Base de
Lançamentos de Alcântara.
Neste período chegou-se a criar a empresa binacional Brasil-Ucrânia
a Alcântara Cyclone Space (ACS), em 2006, que se tornou um imenso fracasso e
com investimentos nacionais na ordem de US$ 1 bilhão sem ter produzido um
foguete sequer. A empresa foi extinta, em 2015, com pesadas críticas dos
ucranianos ao governo brasileiro, depois que fecharam a fábrica em Kiev, onde
se produzia os foguetes, após a invasão da Rússia.
Os Estados Unidos informaram, por email de sua embaixada,
que as exigências americanas de segurança e proteção de informações continuam
iguais (ver Acordo
de Salvaguardas 2000 Link ). Além de proporcionar passe livre aos
Estados Unidos, a proposta também disponibiliza a base maranhense para outros
países que façam uso deste tipo de tecnologia. No entanto, o governo Temer vê
como uma saída para usar o local, já que não tem perspectivas de retomar o
projeto de construção de um Veículo Lançador de Satélite (VLS). Em 2001, o VLS provocou
um acidente em Alcântara matando 21 técnicos do projeto que era coordenado pelo
Comando da Aeronáutica, sob supervisão do Ministério da Defesa.
Fonte: Site www.defesanet.com.br
Comentário:
Infelizmente não há mais como acreditar em qualquer ação definitiva,
construtiva e promissora em relação ao PEB enquanto esses POLULISTAS DE MERDA
estiverem no poder. É natural que depois de tanto descaso por décadas do Governo
e desse Fórum de Merda em Brasília, repleto de marginais, quando não
irresponsáveis e estúpidos, que se crie na indústria a desconfiança de que esse
acordo será conduzido de forma que traga benefícios as pais.
Infelizmente a corrupção de um lado e a ignorância do outro causam mais estrago que uma bomba de hidrogênio.
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