INPE Lança Novo Sistema Para Monitoramento e Alertas de Risco de Queimadas
Caro leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (13/12) no site
oficial do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) destacando que o instituto
lançou novo sistema para Monitoramento e Alertas de Risco de Queimadas.
Duda Falcão
NOTÍCIA
INPE Lança Novo Sistema Para Monitoramento
e Alertas de
Risco de Queimadas
Por INPE
Publicado: Dez 13, 2017
São José dos Campos-SP, 11 de dezembro de 2017
Em workshop na manhã de sexta-feira (15), o Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) apresenta a técnicos e gestores
ambientais de todo o Brasil o TerraMA2Q, uma nova ferramenta para análise e
alerta de queimadas. A inovação está na plataforma computacional que permite a cada
usuário “programar” o sistema de acordo com suas necessidades, melhorando o combate
aos incêndios florestais.
Uma das maiores ameaças ambientais do planeta, as
queimadas descontroladas afetam o clima, provocam a erosão do solo, causam
mortes e a extinção de espécies, entre outras graves consequências.
No Brasil, em 2017, já foram registradas pelo INPE duas
mil detecções a mais do que em 2004, quando os satélites captaram 270.295 focos
– recorde de uma série de dados orbitais iniciada em 1998. E os números
continuam a subir (confira aqui a situação atual).
A detecção sistemática de focos de calor realizada pelo
INPE é pioneira e a mais completa desenvolvida no mundo. “Desde a década de
1980 são aprimoradas as tecnologias para o monitoramento de queimadas por meio
de imagens de satélites, que é particularmente útil em regiões remotas sem
meios intensivos de acompanhamento, condição que representa a situação geral do
Brasil”, diz Alberto Setzer, coordenador do Programa Queimadas do INPE.
O TerraMA2Q leva a tecnologia para mais perto do combate
ao fogo. “Esta nova plataforma permitirá regionalizar a tomada de decisão em
salas de situações e comitês estaduais que terão autonomia para criar seus
próprios modelos de análise, com base na experiência do INPE”, diz Eymar Lopes,
coordenador do TerraMA2Q.
TerraMA²
O TerraMA2Q é baseado na plataforma computacional
TerraMA², criada pelo INPE para construção de sistemas de monitoramento,
análise e alerta de riscos ambientais, que vem sendo aperfeiçoada desde 2006 e
serve para diferentes aplicações – desde qualidade do ar e da água, incêndios,
enchentes e estiagens, até a gasodutos, barragens de rejeitos em área de
mineração, movimentos de massa do tipo escorregamentos e corridas de lama,
entre outras.
“O que mudou na quarta geração da plataforma TerraMA² foi
toda a base tecnológica”, explica o coordenador do projeto. “Novas tecnologias
de desenvolvimento de softwares foram utilizadas de modo que as interfaces com
o usuário estão apresentadas em aplicações web, podendo ser acessadas,
configuradas e manipuladas de qualquer ponto da internet”, completa Lopes.
O TerraMA2Q foi desenvolvido no âmbito do “Programa
Cerrado”, uma iniciativa de cooperação entre o Brasil e o Reino Unido, por meio
do Departamento de Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais (DEFRA), com
apoio do Banco Mundial.
Coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e
gerenciado pela Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologia Espaciais
(Funcate), o programa busca contribuir para a mitigação da mudança do clima e
para a melhoria da gestão de recursos naturais no bioma Cerrado.
Os resultados desse projeto subsidiarão gestores em
secretarias de meio ambiente, defesa civil, brigadas de incêndios, entre outras
instituições que monitoram a ocorrência de fogo no Brasil, ao desenvolvimento
de sistemas de coleta, análise e alerta, integrando as equipes de campo com a
sala de situação.
Avanços
A nova geração da plataforma TerraMA² foi totalmente
reestruturada para ficar mais amigável, ágil, flexível e compatível com padrões
internacionais de geoprocessamento (Open Geospatial Consortium – OGC).
Os principais avanços são:
* Armazenamento e acesso a dados geoespaciais nos padrões
OGC SFS - SimpleFeature Access e serviços web como WMS (Web
Map Service), WCS (Web Coverage Service) e WFS (Web Feature
Service);
* Capacidade para trabalhar com bases de dados
distribuídas, tanto para dados estáticos quanto dinâmicos;
* Suporte a diferentes arquiteturas para armazenamento
dos dados: arquivos vetoriais, arquivos matriciais, servidores de bancos de
dados e serviços web;
* Execução de serviços locais ou remotos em diferentes
máquinas;
* Administração de usuários e gerencia de projetos por
interface WEB;
* Novo visualizador WEB de monitoramento;
* Análise por scripts na linguagem de programação Phyton,
com novos operadores geográficos sobre dados ambientais.
Mais informações:
Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE)
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