INPE Vai Usar Computador de Bordo Feito em Universidade Para Monitorar Meio Ambiente
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada dia (26/04) no site do “Ministério
da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTI)”, e já abordada aqui no
Blog, sobre a decisão do INPE de utilizar um computador de bordo desenvolvido
pela Universidade Federal do Ceará (UFC) para monitorar o Meio Ambiente.
Duda Falcão
NOTÍCIAS
INPE Vai Usar Computador de Bordo Feito em
Universidade
Para Monitorar Meio Ambiente
Chamado OpenOBC, equipamento construído por estudante da
Universidade Federal do Ceará alia baixo custo e alta
confiabilidade
e vai ser integrado a cubesats da Constelação de
Nanossatélites para
Coleta de Dados Ambientais.
Por Ascom do MCTIC
Publicação: 26/04/2017 | 10:28
Última modificação: 26/04/2017 | 15:07
Crédito: Divulgação
Um computador de bordo desenvolvido na Universidade
Federal do Ceará (UFC) será integrado a um projeto de coleta de dados
ambientais por meio de cubesats do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(Inpe), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e
Comunicações (MCTIC).
Com baixo custo e alta confiabilidade, o equipamento,
chamado Open OBC, é usado para controlar satélites de pequeno porte e fará
parte da Constelação de Nanossatélites para Coleta de Dados Ambientais
(Conasat), uma iniciativa do Centro Regional do Nordeste (CRN) do INPE.
A peça foi projetada para ser compatível com plataformas
de cubesats – satélites com 10 centímetros de altura e até 1,33 quilo de massa
– e tem padrão de hardware e software abertos. Cabe ao computador de bordo
processar as informações recebidas, além dos dados gerados pelos outros
subsistemas do dispositivo. Ele também organiza os dados obtidos pelos diversos
sensores instalados no aparato, gerencia e comanda a carga útil; e trata as
telemetrias a serem enviadas para a Terra e os telecomandos recebidos pelo
satélite.
"O OpenOBC é diretamente responsável pelo sucesso da
missão. Ele foi desenvolvido para ser o mais robusto possível, mas obedecendo
às restrições para projetos do padrão cubesat", explica o professor do
Departamento de Engenharia de Teleinformática da UFC, João Cesar Moura Mota.
Uma das vantagens do computador de bordo, desenvolvido ao
longo de 18 meses, é o baixo custo e a alta confiabilidade. Mesmo com a
importação de componentes para a confecção da placa de circuito impressa, o
custo é reduzido por ser manufaturada no Brasil – o preço final fica em cerca
de US$ 70, enquanto no mercado a mesma peça custa mais de US$ 100.
"Foi possível reduzir o custo pelo fato de o
processador possuir algumas características de tolerância a falhas e, com isso,
economizamos com componentes externos que realizam essas mesmas funções",
afirma o engenheiro de teleinformática David Mota, que baseou sua tese de
mestrado na UFC na construção do OpenOBC.
O computador de bordo já foi eletronicamente testado e
está apto à incorporação com os demais subsistemas dos cubesats integrantes do
projeto Conasat que serão lançados ao espaço no futuro.
"Fico feliz em saber que um equipamento que
desenvolvi vai estar em um satélite. Espero, de alguma forma, estar
contribuindo para o crescimento tecnológico do Ceará e do Brasil", diz
David Mota.
Oportunidade de Capacitação
A iniciativa Conasat tem um diferencial: a parceria com
universidades federais próximas ao CRN, notadamente a do Rio Grande do Norte
(UFRN), além da UFC. O OpenOBC é fruto direto dessa ação. Entre os objetivos
estão a formação de recursos humanos em áreas estratégicas para o setor
espacial – especialmente para aplicações voltadas ao Sistema Brasileiro de
Coleta de Dados Ambientais (SBCDA).
"Nas universidades, temos as mais diversificadas
competências e talentos que são necessários para dominar as tecnologias
críticas e de acesso restrito, imprescindíveis ao desenvolvimento de sistemas
espaciais completos. Com essas parcerias, buscamos fomentar a formação, a
captação e a desejável fixação de especialistas qualificados para dinamizar as
atividades espaciais no nosso país", ressaltou o chefe do CRN, Manoel
Carvalho.
Além do computador de bordo, outros dois equipamentos
para cubesats foram desenvolvidos no âmbito do Conasat: o transponder DCS,
construído por meio de uma colaboração entre o CRN/Inpe e a UFRN, e um
transmissor para plataformas automáticas de coleta de dados ambientais (PCDs)
construído por professores do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN).
Coleta de Dados Ambientais
O uso de satélites para o monitoramento de dados do meio
ambiente é uma necessidade que vem sendo suprida pelo Sistema Brasileiro de
Coleta de Dados Ambientais (SBCDA) desde 1993, quando entrou em órbita o
primeiro equipamento projetado e construído no Brasil, o SDC-1. Atualmente, o
sistema é composto por três satélites, duas estações de controle e recepção,
boias oceanográficas e cerca de 800 PCDs espalhadas por todo o território
nacional.
Todo esse sistema tem sido usado em diversas áreas,
principalmente no monitoramento de bacias hidrográficas, na previsão
meteorológica e climática, nos estudos de correntes oceânicas e da química da
atmosfera, nas análises dos níveis de poluição e no prognóstico e mitigação de
desastres naturais.
Fonte: Site do Ministério da Ciência,Tecnologia, Inovações e
Comunicações (MCTI)
Comentário: Pois é leitor, esse é mais um exemplo comprovando que
as instituições universitárias do país podem dar sua contribuição em prol do
nosso desenvolvimento espacial. A UFC está de parabéns pelo sucesso
alcançado e que sirva de exemplo para
outras universidades do país.
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