CEMADEN Avalia Medidas Para Aprimorar Emissão de Alertas de Desastres Naturais
Olá leitor!
Segue abaixo nota postada ontem (17/04) no site do Ministério
da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC), destacando que o Centro
Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN) está avaliando
medidas para aprimorar emissão de alertas de Desastres Naturais.
Duda Falcão
NOTÍCIAS
CEMADEN Avalia Medidas Para Aprimorar
Emissão de Alertas
de Desastres Naturais
Em encontro com pesquisadores e Defesa Civil, dez
propostas foram apresentadas para
melhorar a resposta aos alertas. Além de
avisos por SMS, CEMADEN avalia adaptar
dos protocolos às características de
cada região do país.
Por Ascom do MCTIC
Publicação: 17/04/2017 | 10:41
Última modificação: 17/04/2017 | 10:56
Crédito: Agência Brasil
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres
Naturais (CEMADEN) analisa a implementação de 10 ações que podem melhorar a
emissão e a resposta aos alertas, mitigando o impacto de deslizamentos de
terra, inundações e enxurradas. As propostas foram apresentadas durante o 1º
Seminário Nacional de Avaliação dos Alertas, encontro promovido pela entidade
vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
(MCTIC), que contou com a participação de cerca de 200 representantes das
defesas civis de todo o país, pesquisadores e técnicos do CEMADEN.
As sugestões foram separadas em aplicações de curto,
médio e longo prazo e contemplam iniciativas como a melhora da metodologia de
emissão de alertas e o desenvolvimento de novas tecnologias que permitam
antecipar a ocorrência dos desastres.
"Estamos trabalhando todos juntos na gestão de risco
e preservação de vidas, inclusive com foco no avanço da ciência dos desastres
naturais. O seminário nos permitiu promover a discussão entre o emissor e os
usuários dos alertas, bem como discutir ações integradas para aprimorar o
monitoramento e alerta de desastres naturais", explicou a coordenadora de Relações
Institucionais do CEMADEN, Regina Alvalá.
Uma das aplicações que podem ser implantadas é a emissão
de avisos por meio de mensagem SMS. A base tecnológica da iniciativa já está
pronta e funciona em caráter experimental em 20 cidades de Santa Catarina.
A proposta é expandir a tecnologia para todas as cidades monitoradas pelo CEMADEN
nos próximos meses.
Outro ponto destacado foi a importância da emissão de
alertas mesmo em episódios de menor risco. Segundo o coordenador-geral de
Operações e Modelagens do CEMADEN, Marcelo Seluchi, as defesas civis utilizam
essas informações para reduzir o tempo de resposta.
"Do nosso lado, queríamos saber se nossos alertas
atendem as defesas civis. Foi unânime que alertas são muito úteis. Inclusive,
tínhamos dúvidas se devemos emitir alertas sobre grandes catástrofes ou
pequenos eventos. E mesmo pequenos são muito valiosos para eles. Vimos que isso
é importante", afirmou.
Regionalidade
O seminário também demonstrou a importância de adequar os
protocolos de emissão de alertas de acordo com as características de cada
região. O tempo de resposta das defesas civis na região amazônica, por exemplo,
pode chegar a alguns dias nos casos de cheias dos rios. Por outro lado, no
Sudeste e no Sul, regiões marcadas por episódios de enchentes e deslizamentos
de terra, a atuação deve ser imediata.
"Fomos percebendo as enormes singularidades e regionalidades
que têm as defesas civis. Por exemplo, para a Defesa Civil chegar a uma
comunidade amazônica, precisa pegar um barco, navegar vários quilômetros e isso
pode demorar alguns dias, sem que haja risco para a população. Mas o tempo de
ocorrência do fenômeno, nesse caso uma cheia de rio, é prolongado, então o
tempo de resposta é mais amplo. No Sul e no Sudeste, não. Aí são enchentes e
deslizamentos de terra as principais ocorrências, que demandam uma resposta
mais ágil. Temos que nos ajustar a essas necessidades locais", observou
Marcelo Seluchi.
Processo
Atualmente, a Sala de Situação do CEMADEN, em São José
dos Campos (SP), monitora 958 municípios brasileiros. Destes, 821 integram o
Plano Nacional de Gestão de Risco e Resposta a Desastres. São cidades com alto
grau de ameaça para a ocorrência de desastres naturais, que respondem por 94%
das mortes e 88% do total de desalojados e desabrigados do Brasil. Desde a
criação do Centro, em 2011, já foram emitidos mais de 6,7 mil alertas.
Os alertas são emitidos com base em análises de risco de
condições potencialmente adversas, utilizando estudos de modelagem e
acompanhamento sistemático de dados fornecidos pelas redes geológicas,
hidrológicas e meteorológicas do CEMADEN, que estão espalhadas pelo país. Cada
alerta é repassado ao Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CENAD),
órgão do Ministério da Integração Nacional, que aciona a defesa civil nos
estados e municípios.
Fonte: Site do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação
e Comunicações (MCTIC)
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