CRA do INPE Contribui Para Formação Acadêmica na Amazônia
Olá leitor!
Segue abaixo nota postada ontem (10/04) no site do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), destacando que o Centro
Regional da Amazônia (CRA) do INPE contribui para formação Acadêmica na
Amazônia.
Duda Falcão
Centro do INPE Contribui Para
Formação Acadêmica na
Amazônia
Segunda-feira, 10 de Abril de 2017
Voltado ao desenvolvimento e difusão de geotecnologias
para o monitoramento de florestas por satélites, o Centro Regional da Amazônia
(CRA) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) também aposta na
formação de novos talentos. Estagiários e bolsistas apoiados por agências
fomentadoras atuam ao lado dos especialistas do CRA, em Belém (PA), reforçando
parcerias entre o INPE e instituições de ensino.
Um exemplo é a atuação de Tássio Cordeiro, estudante de
Engenharia Cartográfica da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) que
realiza seu projeto acadêmico sob a orientação de Luís Sadeck, consultor e
especialista em Geoprocessamento do CRA/INPE.
Bolsista do Programa de Capacitação Institucional (PCI)
do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Tássio
Cordeiro e sua equipe do quarto período de Engenharia Cartográfica estão
desenvolvendo um espectrorradiômetro – equipamento com sensores capazes de
medir o comportamento da luz, considerando os comprimentos de onda do visível
até a faixa do infravermelho próximo.
O espectrorradiômetro é um aparelho para medir a
intensidade de um comprimento de onda e assim obter a característica de um
objeto. A interação da luz com materiais naturais ou artificiais produz um
sinal chamado de reflectância, que é a fração de luz incidente refletida pela
superfície. Essa medida, quando comparada com um padrão que reflete totalmente
a luz incidente, indica o que se chama no sensoriamento remoto de curva ou
assinatura de reflectância espectral. É essa curva que indica propriedades
físico-químicas dos materiais, permitindo que eles sejam diferenciados entre
si.
Para o desenvolvimento de um protótipo de
espectrorradiômetro em pouco tempo e com baixo custo, os estudantes da UFRA
utilizaram arduíno (um tipo de placa para projetos onde se pode gravar
algoritmos), alguns sensores fotorresistores LDR (sensíveis a intensidade
luminosa) filtrados através de papel pigmentado. “Com o equipamento conseguimos
gerar uma curva que irá caracterizar as seguintes regiões do espectro: azul,
verde, vermelho e infravermelho próximo. Estamos na fase de finalização da
construção e início da calibração”, diz o estudante.
O objetivo futuro é desenvolver um espectrorradiômetro de
fato, propiciando a troca dos sensores e principalmente trocando os filtros, já
que o papel pigmentado foi utilizado apenas para um teste inicial, visto o
prazo para a entrega do projeto na universidade. O que se tem, portanto é algo
que simula um filtro de verdade, já que um deste não é economicamente acessível
e requer uma produção sob medida.
“Neste momento o equipamento terá quatro sensores, que
vão do azul e passam pelo verde, vermelho e infravermelho próximo. Para se
chegar num nível final de espectrorradiômetro, se faz necessário um sensor
melhor e conhecimento. Conhecimento que esses estudantes estão adquirindo
agora, montando o equipamento, sabendo como cada parte funciona, como
calibrar”, diz o orientador Sadeck.
O consultor do CRA/INPE, Luís Cortinhas, também auxiliou
o estudante e contou sobre sua participação no projeto. “Eu me identifiquei com
a proposta, porque já havia feito na faculdade alguns projetos de sensor. O
Tássio precisava ser orientado na parte de hardware. Auxiliei no que se refere
a sistemas embarcados, que se traduz primeiro na escolha dos equipamentos
eletrônicos a serem utilizados, depois na montagem e em seguida no
desenvolvimento do software. O diferencial desse projeto é justamente a
premissa da utilização de equipamentos com baixo custo”, disse Cortinhas.
Na UFRA, o projeto é coordenado pelos professores Fábio
Hatano e João Almiro. Os estudantes envolvidos são todos do quarto período de
Engenharia Cartográfica: Tássio Cordeiro, Vinicius Caravela, Nicolas Rodrigues
e Luís Alves.
Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE)
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