Telescópio Vai Procurar Alvos Para Missão Interestelar
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria postada hoje (11/01) no site “Inovação
Tecnológica” destacando que Telescópio vai procurar alvos para Missão Interestelar.
Duda Falcão
ESPAÇO
Telescópio Vai Procurar Alvos
Para Missão Interplanetária
Com informações do ESO
11/01/2017
[Imagem: Y. Beletsky (LCO)/ESO]
O primeiro plano desta imagem mostra o VLT, no Observatório do
Paranal
no Chile, enquanto o fundo inclui a estrela brilhante Alfa Centauro,
o
sistema estelar mais próximo da Terra
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Encontrar e Visitar
O
Observatório Europeu do Sul (ESO) assinou um acordo com a Breakthrough
Initiatives para adaptar os instrumentos do maior telescópio do mundo, o
VLT, instalado no Chile, para torná-lo capaz de procurar planetas no nosso
sistema estelar vizinho, Alfa Centauro.
Esses
exoplanetas deverão se tornar alvos para futuros lançamentos das sondas
espaciais miniaturas pelo Projeto Starshot.
Estimativas
iniciais indicam que essas nanonaves espaciais podem chegar a Alfa Centauro em apenas 20
anos.
Missão Interestelar
O acordo
aporta recursos para que o instrumento VISIR (VLT Imager and Spectrometer
for mid-InfraRed), montado no VLT, possa ser modificado de modo a aumentar
significativamente a sua capacidade de procurar potenciais planetas habitáveis
em torno de Alfa Centauro, o sistema estelar mais próximo da Terra. O acordo
atribui também tempo de telescópio suficiente para permitir a execução de um
programa de busca dedicada em 2019.
A descoberta
em 2016 de um exoplaneta, Próxima b, em torno de Próxima Centauro, a
terceira e menos brilhante estrela do sistema Alfa Centauro, dá ainda mais
incentivo a esta busca.
Saber onde
estão os exoplanetas mais próximos de nós é crucial para o Projeto Starshot,
o programa de pesquisa e engenharia que pretende demonstrar o conceito de
nanossondas espaciais ultrarrápidas, movidas por luz, que abrirão caminho para
a primeira missão a Alfa Centauro, que poderá ocorrer dentro de uma geração.
[Imagem: Project Blue/Divulgação]
Outro projeto de telescópio para fotografar exoplanetas próximos
propõe uma
técnica simples, que permitirá uma significativa
redução de custos.
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Óptica Adaptativa e Coronografia
Detectar um
planeta habitável é um enorme desafio devido ao brilho da estrela hospedeira do
sistema planetário, que ofusca os planetas. Uma abordagem para tornar esta tarefa
mais fácil é observar nos comprimentos de onda do infravermelho médio, onde o brilho térmico de um planeta em
órbita reduz enormemente a diferença de brilho entre o planeta e sua estrela
hospedeira. Mas, mesmo nesses comprimentos de onda, a estrela permanece milhões
de vezes mais brilhante do que os planetas, sendo preciso recorrer a uma
técnica especial para reduzir a ofuscante luz estelar.
O instrumento
VISIR, que opera no infravermelho médio e está montado no VLT, será modificado
para aumentar de modo significativo a qualidade de imagem através do uso de óptica adaptativa, além de ser adaptado para utilizar uma
técnica chamada coronografia, que permite reduzir a radiação estelar,
revelando assim o possível sinal de potenciais exoplanetas rochosos. A Breakthrough
Initiatives financiará as tecnologias e os custos de desenvolvimento da
experiência, enquanto o ESO fornecerá as capacidades e tempo de observação
necessários.
O novo
hardware inclui um módulo no qual será colocado um sensor de frente de onda e
um instrumento de calibração dos detectores. Adicionalmente, existem planos
para o desenvolvimento de um novo coronógrafo, desenvolvimento esse que será
construído em conjunto pelas universidades de Liège (Bélgica) e Uppsala
(Suécia).
VISIR e METIS
Os
desenvolvimentos aplicados ao VISIR serão também benéficos para o futuro
instrumento METIS, que será montado no E-ELT, uma vez que as lições aprendidas e os conceitos
utilizados serão diretamente transferidos para este instrumento.
O enorme
tamanho do E-ELT, que passará a ocupar o posto de maior telescópio do mundo,
deverá permitir ao METIS detectar e estudar exoplanetas do tamanho de Marte
situados em órbita de Alfa Centauro, se estes existirem, assim como outros
potenciais planetas habitáveis que existam em torno de outras estrelas próximas.
Fonte: Site Inovação Tecnológica -
http://www.inovacaotecnologica.com.br
Comentário: Veja bem leitor, caso a adesão do Brasil ao ESO realmente
venha a se concretizar, esta notícia tem de ser olhada com bastante atenção
pela Comunidade Astronômica e Espacial do país. Oportunidade, visão e atitude são
molas do desenvolvimento e tem de ser aproveitadas com sapiência. Como
integrante do ESO o Brasil poderia não só pleitear que LNA e suas empresas
parceiras participassem do processo de aprimoramento do instrumento VISIR e do desenvolvimento do instrumento METIS, bem como através do LNA, do INPE e do IAG/USP,
também estudar a possibilidade da participação brasileira nesta futura missão
interestelar.
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