INCT Para Mudanças Climáticas Realiza Conferência Internacional
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada ontem (12/08) no site do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), destacando que o INCT para
Mudanças Climáticas realizará em setembro conferência internacional.
Duda Falcão
INCT Para Mudanças Climáticas
Realiza Conferência Internacional
Sexta-feira, 12 de Agosto de 2016
Com o intuito de apresentar seus resultados finais após
seis anos de pesquisas, o INCT para Mudanças Climáticas realizará, nos dias 28
a 30 de setembro, em São Paulo, uma Conferência Internacional.
A programação do evento, que tem como tema “Resultados e Perspectivas”, inclui
apresentações de conferencistas nacionais e internacionais e de pesquisadores
do INCT para Mudanças Climáticas, além de sessão de pôsteres.
A submissão de trabalhos é restrita aos membros do
projeto. Os trabalhos serão recebidos até 25 de agosto, no link: www.fapesp.br/eventos/inct/submissao_poster.
Serão selecionados até seis trabalhos de cada um dos 13
Temas Integradores que congregam os 26 subprojetos do INCT para Mudanças
Climáticas.
Com ampla participação do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE), o INCT para Mudanças Climáticas foi criado visando à
implantação e desenvolvimento de uma abrangente rede de pesquisas
interdisciplinares em mudanças climáticas. Inicialmente, embasou-se na
cooperação de 76 grupos de pesquisa nacionais de todas as regiões e 16 grupos
de pesquisa internacionais. Durante a vigência do projeto, chegou a 108 instituições,
sendo 17 delas internacionais, da África do Sul, Argentina, Chile, EUA, Japão,
Holanda, Índia, Reino Unido e Uruguai. Envolveu, na sua totalidade, cerca de
300 pesquisadores, estudantes e técnicos e constituindo-se na maior rede de
pesquisas ambientais já desenvolvida no Brasil.
Mais de 900 publicações, entre livros, capítulos de livro
e artigos em revistas nacionais e internacionais foram geradas, junto com
dezenas de apresentações em eventos científicos e para público amplo.
Espelhando-se na estrutura do Painel Intergovernamental
de Mudanças Climáticas (IPCC), o projeto se organizou em três eixos científicos
principais (base científica das mudanças ambientais globais;
impactos-adaptação-vulnerabilidade; mitigação) e incluiu também esforços de inovação
tecnológica em modelos do sistema climático, geossensores para medir a
concentração de gases de efeito estufa, e sistema de prevenção de desastres
naturais. Esta temática científica foi organizada em 26 subprojetos de
pesquisa.
O INCT para Mudanças Climáticas vinculou-se estreitamente
a pelo menos duas outras redes de pesquisa em mudanças climáticas. Em primeiro
lugar, esteve diretamente associado à Rede Brasileira de Pesquisas sobre
Mudanças Climáticas Globais (Rede Clima), do Ministério da Ciência, Tecnologia,
Inovações e Comunicações (MCTIC), cobrindo todos os seus aspectos científicos e
tecnológicos de interesse, além de fornecer articulação, integração e coesão
científica à Rede. Em contrapartida, mecanismos financeiros existentes para a
Rede Clima forneceram financiamento suplementar para a implementação
bem-sucedida deste INCT. Ele igualmente esteve associado ao Programa FAPESP
Mudanças Climáticas Globais. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
abrigou as Secretarias Executivas do INCT para Mudanças Climáticas e da Rede
Clima e recursos físicos e computacionais que apoiaram as pesquisas dos dois
programas. Atualmente, o INPE mantém a Secretaria Executiva da Rede Clima em
suas instalações.
O INCT para Mudanças Climáticas se propôs ainda a
promover a formação de algumas dezenas de mestres e doutores em suas linhas
temáticas, no intervalo de 5 anos. Foram concluídos 332 mestrados, 230
doutorados e 104 pós-doutorados, além de 153 iniciações científicas. Espera-se
que a geração de novos conhecimentos e a capacitação de recursos humanos
permita reforçar o papel do Brasil na definição da agenda ambiental em âmbito
global. Outrossim, espera-se gerar conhecimentos e informações cada vez mais
qualificadas, para que as ações de desenvolvimento social e econômico do país
se deem de forma ambientalmente sustentáveis.
No importante quesito das políticas públicas, o INCT para
Mudanças Climáticas, em parceria com a Rede Clima e com programas estaduais e
internacionais de pesquisas em mudanças climáticas, contribuiu como pilar de
pesquisa e desenvolvimento do Plano Nacional de Mudanças Climáticas.
Também apoiou os trabalhos científicos relevantes para a elaboração do Plano
Nacional de Adaptação as Mudanças Climáticas. Forneceu subsídios científicos
úteis para a preparação do Quinto Relatório Cientifico do IPCC (IPCC AR5) e do
Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas PBMC - ambos publicados em 2014 - e
para os estudos de impactos das mudanças climáticas e análise de
vulnerabilidade setorial para a preparação da Terceira Comunicação Nacional
(TCN) do Brasil na Convenção Quadro das Nações Unidas para Mudanças Climáticas
(UNFCC), apresentados na Conferência das Partes (COP-20) em Lima, em 2014.
Em resumo, o desenvolvimento da agenda científica
proposta forneceu condições ótimas ao país para o desenvolvimento de excelência
científica nas várias áreas das mudanças ambientais globais e sobre suas
implicações para o desenvolvimento sustentável, principalmente quando se leva
em consideração que a economia de nações em desenvolvimento é fortemente ligada
a recursos naturais renováveis, como é marcantemente o caso do Brasil.
Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE)
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