Série Espaçomodelismo: Entrevista Com o Sr. Paulo Gontran do CEGAPA
Olá leitor!
Uma vez mais dando sequencia a série
com profissionais ligados a educação e ao Espaçomodelismo, trago agora para você outra entrevista desta significativa
série tendo o como objetivo divulgar as ações de profissionais que nas
ultimas décadas tem contribuído efetivamente para a educação de jovens e para o
desenvolvimento do Espaçomodelismo no país.
Lembrando ao nosso leitor que nesta série pretendemos até
o final do ano trazer para você quinze entrevistas, sendo esta a quarta
da série, desta vez com o Sr. Paulo Gontran Ramos, líder do Centro
Gaúcho de Pesquisas Aeroespaciais (CEGAPA) e um dos pioneiros do Espaçomodelismo no Brasil.
O Sr. Paulo
Gontran leitor é uma daquelas pessoas tranquila, alegre e comunicativa e mesmo
aos 60 anos muita ativa e
comprometida com o que faz, ‘GENTE QUE FAZ’, como comumente o blog intitula esses fantásticos profissionais que
apesar do universo cultural que os cerca, buscam efetivamente pelo desenvolvimento
da educação e da cidadania transformando dificuldades em soluções, bem diferente
desses sanguessugas
vendedores de ilusões que infelizmente infestam a nossa destrambelhada Sociedade.
Nesta interessante entrevista este gaúcho de Porto Alegre nos relata a
sua trajetória profissional, bem como nos fala sobre as suas atividades no CEGAPA e a sua expectativa para o
futuro do PEB e do Espaçomodelismo no país.
O Blog
BRAZILIAN SPACE gostaria de agradecer publicamente ao Sr. Paulo Gontran pela atenção
dispensada ao nosso Blog e pela disposição
de participar de nossa série de
entrevistas, bem como também parabeniza-lo por tudo que fez e ainda certamente
fará pelo Espaçomodelismo Brasileiro.
Duda Falcão
O Sr. Paulo Gontran Ramos. |
BRAZILIAN SPACE:
Sr. Paulo Gontran Ramos, esclarecendo para aqueles leitores que não o conhecem
e ao seu trabalho, nos fale sobre o senhor, sua idade, formação, onde nasceu?
SR. PAULO
GONTRAN RAMOS: Nasci em Porto Alegre, faz 60 anos. Minha formação foi em
Eng. Elétrica e Software, passando pela Segurança de Voo, e Aeronautic
Information Service, áreas em que atuo atualmente, além de informações
meteorológicas. Fiz treinamento no IPV (atual ICEA) do CTA, São José dos
Campos-SP, em 2001 e componho o quadro operacional da INFRAERO desde 2002, no
Aeroporto Internacional João Simões Lopes Neto, em Pelotas-RS, onde sou
Operador de Estação Aeronáutica.
BRAZILIAN SPACE:
Sr. Paulo Gontran, é sabido do Blog que o senhor é um dos pioneiros no
Foguetemodelismo no Brasil. Como começou a sua história nesta área?
SR. PAULO GONTRAN:
Começou na infância, e adolescência. Em
1974, 1976 e 1978 participei dos encontros que o IAE promovia e, em 1979,
estive na Barreira do Inferno (Natal-RN) a convite daquele órgão, por conta de
um Prêmio Nacional que sagrei no IIIº encontro, organizado pelo amigo e saudoso
Cap. Basílio Baranoff que, infelizmente já nos deixou em 2008 – grande
incentivador do “Space Education”.
Na Barreira participei da operação “Fernando de Noronha”,
7º lançamento do Sonda III além de dois lançamentos do Sonda II.
BRAZILIAN SPACE: Sr. Paulo Gontran, naquela época
quais eram as expectativas e objetivos desses pioneiros do foguetemodelismo no
Brasil?
SR. PAULO GONTRAN:
Estávamos numa era romântica, onde fazíamos do idealismo nossa bandeira.
Queríamos fazer foguetes experimentais, amadores ou não, pouco importando o
nome que se dava à atividade ou se isso nos ia dar retorno financeiro ou não.
Nosso objetivo era fazer “ciência espacial” no Brasil, por qualquer meio que
nos fosse oferecido pelas autoridades ou instituições, ou até de forma independente. Na verdade trabalhávamos sem
subsídio financeiro algum, só por “amor à camiseta”. O IAE nos abria as portas,
alojamento e refeições, mas as viagens eram custeadas por nós mesmos. Não
obstante, notamos que hoje o IAE nada oferece se comparado àquela época,
paradoxalmente, pois o governo era ditatorial militar e hoje, com toda a
“democracia”, esse instituto fechou as portas à participação da atividade
espacial amadora, infelizmente.
Logo do CEGAPA |
SR. PAULO GONTRAN: O CEGAPA veio do CAPA, que veio do CEPAPE, esses sim pioneiros, junto
com o CEFEC (Pernambuco) e o CEFAB (Bahia). Na década de 70 trocávamos
correspondência e, de lá, veio nossa amizade, por mais de 40 anos de trocas,
opiniões e ajuda mútua. Viemos a nos conhecer pessoalmente em 1974, no CTA.
Quando residi por
4 anos no Nordeste, fizemos um encontro histórico em Carpina-PE: eu, o
Comandante Cássio (CEFAB) e o Prof.Félix (CEFEC), para reuniões, testes
estáticos e lançamentos. Foi um encontro emocionante.
Nos anos 60 e 70
havia outros grupos, como o do Engº Sérgio Haussmann do Nascimento, no Rio. O
Haussmann foi projetista do IAE e um dos
idealizadores dos encontros no IAE junto ao Cap.Baranoff, Cap.Solha,
Maj.Libório Faria, Eng.Mauro Dolinsky; todos sob o comando do Cel. Piva,
diretor do IAE (I, II e III Reunião Nacional de Clubes Espaciais). Até o
lendário Eng. Boscov tivemos oportunidade de conhecer nesses encontros
históricos, além do Cel. Ajax de Barros e o Sub.Of. Pangonni.
Um levantamento
de 1980, feito pelo falecido Cap.Baranoff, indicou que 21 grupos se formaram
àquela época no Brasil, sendo um deles (o Gama) no próprio IAE/CTA, em São José
dos Campos-SP, onde destaco o técnico Francisco Fábio Marques Noqueira, já
falecido, que era peça chave para o funcionamento daquele grupo e que, na I
RNCE, sagrou o primeiro lugar (eu fui o primeiro na III RNCE).
O CAPA ainda
existe no papel, mas sem atividade porque seus ex-integrantes tomaram rumos
diversos em suas vidas, alguns até indo residir fora do país.
O CEGAPA está se
consolidando junto à entidades como MicroG /PUC-RS(Porto Alegre) e
IFSUL-Pelotas, tendo já participado de vários eventos, como os festivais
promovidos pelo Prof.Marchi, em Curitiba. A nova entidade aposta nas conquistas
anteriores do CAPA, com a força atual dos jovens que surgiram como
colaboradores, como Gilberto Kressler, da UFPel, Leandro Giacomazzi, da PUC-RS,
e o Prof. Júlio Lima (PUC-RS) sob a direção da Médica Espacial Dra.Thaís
Russomano, docente emérita do Kings Kollege em Londres e com treinamento na
NASA, que nos dá integral apoio naquele
centro de pesquisas.
BRAZILIAN SPACE: Sr. Paulo Gontran, atualmente quais
são os projetos em andamento no CEGAPA?
SR. PAULO GONTRAN:
Como vários grupos e entidades, não temos verbas oficiais para pesquisar. Não
obstante fizemos um esforço projetando o foguete “Esgualepado”, com
reaproveitamento de materiais e apoio da PUC-RS, Centro de Micro-Gravidade. Nas
facilidades daquele laboratório, pudemos ajudar no foguete “Poyehali”, desenvolvido
pelo aluno Leandro Jacomazzi. Ambos
foguetes participaram do III Festival de minifoguetes de Curitiba.
O “Poyehali” voou bem e ejetou o paraquedas, mas
infelizmente não atingiu a marca mínima na categoria. Já o Esgualepado sagrou
honrosos 2º Lugar, na Classe C e 3º Lugar em Apogeu 200m, embora com problemas
de ejeção da fita de resgate.
Agora estamos aperfeiçoando esse projeto “sustentável”,
pois é de baixo custo e fácil execução, além de uma pesquisa mais aprofundada
em estabilidade aerodinâmica, eletrônica embarcada e recuperação, nossa grande
falha no evento de Curitiba; admitimos.
BRAZILIAN SPACE:
Sr. Paulo Gontran, o GEGAPA pensa em ampliar sua área de atuação trabalhando em
outros tipos de projetos além de foguetes, como por exemplo, CANSATS ou mesmo
CUBESATS?
SR. PAULO GONTRAN:
Estive conversando com o Prof. MS. Júlio Lima da PUC-RS a respeito dessas
possibilidades. Também faço um trabalho de motivação aqui em Pelotas sobre essa
possibilidade. Entretanto ainda não encontrei
ampla acolhida nesse sentido pois nem todos os Profs. Conhecem esses
projetos. O CEGAPA não tem condições de fazer esse trabalho sem as parcerias
que indiquei pois como já disse, não temos verbas oficiais para trabalho.
BRAZILIAN SPACE:
Sr. Paulo Gontran, durante a realização da ultima edição do Festival de
Minifoguetes de Curitiba, em abril passado, tomamos conhecimento da mudança de
sede do CEGAPA, ou seja, de Porto Alegre para cidade de Pelotas. Qual foi a
razão disto e essa mudança afetou de alguma forma os projetos em curso do Grupo
?
SR. PAULO GONTRAN:
Eu fundei o CEGAPA à partir do CAPA, em
Porto Alegre, como já informei antes. Entretanto fui transferido para João
Pessoa-PB pela INFRAERO, onde atuo profissionalmente. Lá eu não consegui fazer
o CEGAPA acontecer, por diversas razões que aqui não cabem. Minhas atividades
ficaram bem vinculadas ao Prof. Félix, em Carpina – PB, onde estive em três
ocasiões para trabalharmos juntos (uma vez com o CEFAB, com o Sr. Cássio
presente).
Transferido novamente ao Sul, para Pelotas, e tendo
voltado aos bancos acadêmicos no IFSUL-Pelotas, tenho tentado estabelecer uma
ponte CEGAPA, IFSUL e PUC-RS, em Porto Alegre, pois sou um idealista.
Fui aluno da UFRGS, Porto Alegre e UNISINOS, São
Leopoldo-RS, mas foi no MicroG PUC-RS, que encontrei maior apoio ao que
pretendo fazer.
Tenho me esforçado para que esses 265 Km não me atrapalhem o trabalho. Sempre que
posso vou à Porto Alegre para dar continuidade ao convênio que formamos.
BRAZILIAN SPACE:
Sr. Paulo Gontran, falando do Festival de Minifoguetes de Curitiba que, já em
2017 realizará a sua quarte edição, como o senhor enxerga esta iniciativa
criada pela UFPR através da visão e determinação do Professor Carlos Henrique
Marchi?
SR PAULO GONTRAN:
O Prof. Marchi é um verdadeiro herói, assim como o Prof. Félix. O Festival de Curitiba é a única realidade
nacional atual promotora e incentivadora, totalmente aberta, em minifoguetes.
Quem sabe futuramente pesquisa de foguetes modelo educacionais científicos
possam ser feitos por todos.
O Marchi e sua equipe de “guerreiros e guerreiras”, como
Foltran, Diógenes, e outros, está totalmente de parabéns. Ele conseguiu, com
poucos recursos, resgatar os encontros dos “fogueteiros” da década de 70.
Se estivéssemos num país sério, o Marchi e o Félix já
teriam verba oficial para fazerem o seu trabalho e seriam ovacionados.
BRAZILIAN SPACE:
Sr. Paulo Gontran, também já está em curso uma outra iniciativa na área de
competição de foguetes no Brasil, esta denominada de COBRUF (Competição Brasileira
Universitária de Foguetes) que esta sob a liderança do jovem estudante de
Engenharia Aeroespacial da UFABC, Emersson Nascimento, e já conta com a
participação de várias universidades do país. Qual é a sua opinião sobre esta
iniciativa universitária que inclusive a partir de 2015 foi oficializada como
uma associação?
SR. PAULO GONTRAN:
Eu conheci o pessoal da UFABC nos
eventos do Prof. Marchi, em Curitiba. Até emprestei meu sistema de lançamento
elétrico para eles, no I Festival.
Acho essa iniciativa muito boa, mas acho que ela não
deveria ser restrita às Universidades Públicas. Deveríamos ter um projeto
brasileiro, que nos qualificasse inclusive para eventos internacionais, como se
faz na Noruega e outros países, onde grupos se unem para esse fim e, é claro,
que a AEB fizesse a sua parte de fomento. Tanto dinheiro oficial se coloca em
coisas bobas, porque não em atividades de relevo como essas?
BRAZILIAN SPACE:
Sr. Paulo Gontran, em sua opinião ainda existe espaço para criação no Brasil de
novos eventos de foguetemodelismo e o num contexto mais generalizado de
Espaçomodelismo, como por exemplo, eventos do tipo SPACECAMPS?
SR. PAULO GONTRAN:
Todos possíveis, dadas as dimensões gigantescas do nosso território. Entretanto
é bom focar e unir, pois muitas iniciativas acabaram em nada, justamente por se
querer atuar de forma distribuída. Falta a AEB se posicionar e apoiar, por
exemplo, o evento de Curitiba como o oficial brasileiro. Também falta a AEB
assumir os pirotécnicos porque, até agora, só assumiu os foguetes PET, movidos
à água, sob pressão.
BRAZILIAN SPACE:
Sr. Paulo Gontran, voltando ao Festival de Minifoguetes de Curitiba deste ano,
durante a sua realização os fogueteiros presentes deram um passo importante na
busca pela legalização dessa atividade no país com a criação da Associação
Brasileira de Minifoguetes (ABMF) ou BAR (Brazilian Association of Rocketry) na
versão em inglês. Como o senhor viu esta iniciativa e em sua opinião como esta
nova iniciativa poderá ajudar no desenvolvimento do Espaçomodelismo no Brasil?
SR. PAULO GONTRAN:
Vejo como um sonho meu, do Félix, do Cássio, do falecido Baranoff, do Marchi, e
de tantos outros, a realizar.
A BAR será nossa entidade, a lutar por nossos interesses,
tanto no país quanto internacionalmente. Fico feliz por ter proposto a sigla
BAR e ela ter sido acatada pelo Marchi e demais colaboradores. Faremos
história, estejam certo.
BRAZILIAN SPACE:
Sr. Paulo Gontran, como todo fogueteiro que se preza o senhor certamente é um
amante da tecnologia espacial. Qual é a sua opinião sobre o atual estado de
descaso governamental com o nosso Patinho Feio, ou seja, o nosso PEB?
SR. PAULO GONTRAN:
Fico muito entristecido em saber que estamos assim, totalmente desarticulados.
Eu estava no IAE, assistindo ao Dr. Tyrso Villela em palestra, quando ele
declarou que “...muitos políticos brasileiros eram contrários a desenvolvermos
pesquisa espacial”, melhor, “...que devíamos comprar as soluções prontas do
exterior...”, na opinião desses políticos. Isso é vergonhoso. Temos talento
para muito e pessoas competentes, só basta nosso governo querer fazer. Certa
feita eu e o falecido Cap. Baranoff visitamos o Dr.Kesaiev - especialista Russo
em propulsão líquida - no Hotel do CTA. Lá, sentado em sua simples cama de
solteiro (pois não havia cadeira) ouvimos daquele homem ilustre, e ao mesmo
tempo simples, que o Brasil não queria desenvolver foguetes. Os Russos queriam
nos ensinar a fazer, mas o Governo (segundo ele) queria comprar tudo pronto.
Com muita insistência, e com o trabalho maravilhoso do Baranoff, fez-se
presente o ensino de foguetes à combustão líquida no ITA, graças ao Prof.
Keseiev, Prof.Korslov e outros. Convênios com o MAI, etc. Triste o nosso
quadro, não?
BRAZILIAN SPACE:
Finalizando Sr. Paulo Gontran, o senhor teria algo a mais a dizer para os
nossos leitores?
SR. PAULO GONTRAN:
Sim. Dizer para essa juventude fantástica e talentosa que o Brasil tem: Não
deixem morrer a Pesquisa Espacial no Brasil ! Não se deixem levar por complexos
de inferioridade, pensando que os estrangeiros são melhores do que vocês.
Lembrem que Tsiolkowsky fez toda sua teoria lá no
interior do interior da Rússia, sem recursos algum. Lembrem que Goddard foi
execrado por jornais que o queriam ridicularizar. Que Von Braun teve que
trabalhar para os Nazistas, mas culminou colocando o homem na Lua.
Sejam vocês jovens, os condutores da pesquisa do espaço
brasileira. Não se deixem dominar pelas instituições. Sejam vocês mesmos os
condutores. Superem seus professores !
Rasguem os “papers” se necessário, mas façam o que é preciso para
que o Brasil saia desse marasmo em que
se encontra , tanto na pesquisa do espaço quanto em outras tantas. Não sejam
egoístas, ou seja, pensem em um bem maior.
Na década de 70 um professor me proibiu de fazer foguetes
na UFRS, porque era “subversivo” por fazer foguetes. O maravilhoso Prof. Félix
foi detido por fazer foguetes educacionais. O Cartório de Títulos de Porto
Alegre me rejeitou o registro do CAPA por dez vezes, e eu registrei na
tentativa 11ª ! Fui hospitalizado com queimaduras de foguetes, muitas vezes me
chamaram de louco, de visionário, de muitas coisas menores...mas eu não
desisti, e porquê? Porque acredito em vocês, jovens, que irão colonizar o
Cosmos; que irão construir as naves cósmicas do futuro! Vocês vão vencer, estou
certo e, de onde eu estiver, estarei feliz em ver o seu progresso. Não desistam
e tenham personalidade, ou seja, escapem das vaidades pueris e passageiras. Fazer
foguete no Brasil é quase uma religião; acreditem !
Veja abaixo as outras entrevistas da Série:
1 - Prof.
Alysson Nunes Diógenes da UP (Universidade Positivo de
Curitiba)
2 - Prof.
José Félix Santana do CEFEC (Centro de Estudos de
Foguetes Espaciais do Carpina-PE)
3 - Prof. Carlos Henrique Marchi da UFPR (Universidade Federal do Paraná)
Bem esclarecedora e inteligente essa entrevista. A mensagem final então, foi uma "chamada geral" na gurizada. Que maravilha seria se essa gurizada lesse, entendesse e entrasse nessa luta. Parabéns, meu amigo! Sucesso!
ResponderExcluirOi Paulo.
ResponderExcluirDificil você se lembrar de mim.
Nos encontramos por 2 vezes no IAE, trocamos muitas ideias. Na última reunião você apresentou um esperimento de produzir ogivas por estampagem utilizando pólvora numa explosão controlada.
Sou também engenheiro eletricista e além do IAE, fiz trabalhos de pesquisa até 1983 no IPD do exército no Rio de Janeiro. Na área de propulsão à combustível sólido com bastante sucesso..
Caso leia esse texto, mantenha contato comigo.
Tenho fotos nossas na última reunião de clubes espaciais
Também estou com 60 anos, aposentado mas não estagnado. Estou em plena atividade intelectual.
Grande abraço do carioca de Niterói, com muito orgulho.
Luiz Augusto
Paulo com seu otimismo incorrigível...
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