BR-USA - Defense Industry Day

Olá leitor!

Segue abaixo um interessante artigo postado dia (23/09) no site do “defesanet,com”  sobre o diálogo em curso da Base Industrial de Defesa e Governo Brasileiro com o Governo Americano que também incluirá a Área Espacial.

Duda Falcão

COBERTURA ESPECIAL - Brasil - EUA - Defesa

BR-USA - Defense Industry Day

Diálogo da Base Industrial de Defesa e Governo Brasileiro com o
Governo Americano estabelecem uma ponte para o futuro.

Editor
DefesaNet
23 de Setembro, 2016 - 15:10 ( Brasília )

Mesa dos trabalhos presidida pelo Ministo Raul Jungmann
e a Embaixador Liliana Ayalde.

Os ministérios da Defesa, das Relações Exteriores e da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, do Brasil, em parceria com os Departamentos de Comércio, da Defesa e de Estado dos EUA, realizaram no dia 30 de Setembro de 2016, o primeiro encontro “Diálogo da Indústria de Defesa Brasil e Estados Unidos”. O objetivo é de ampliar a parceria entre os dois países, estabelecendo uma agenda de interesse em comum para as Bases Industriais de Defesa.

Estiveram presentes o ministro da Defesa, Raul Jungmann, do secretário de Produtos de Defesa, Flávio Basílio e do secretário de Desenvolvimento e Competitividade Industrial do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Igor Calvet, serão abordados temas como a certificação de produtos de defesa, mecanismos de exportação e projetos prioritários, com o intuito de gerar pautas que possam se consolidar em negócios para indústrias de defesa das duas nações. Também participaram a embaixadora dos EUA no Brasil, Embaixadora Liliana Ayalde, e o subsecretário de Comércio dos EUA, Ken Hyatt.

Os principais executivos das empresas de defesa que constituem a Base Industrial de Defesa (EMBRAER Defesa & Segurança, AVIBRAS, etc), assim como as entidades ABIMDE e COMDEFESA. A cadeia da BID tanto na parte governamental como empresarial fizeram-se representar significativa.

Por parte dos Estados Unidos há o interesse de mostrar as alterações nos procedimentos ITAR e Export Control. E o que esta alterações afetam o Brasil.

Seguem Informações Recebidas da Embaixada Americana:

As recentes reformas na política de controle de exportação dos Estados Unidos da América moveu uma parcela significante da cadeia fornecimento de produtos de defesa (principalmente os produtos de menor sensibilidade) da jurisdição do Estado (ITAR) para a jurisdição do comércio (CCL). 

As mudanças já proporcionaram uma redução de 57% no volume total de pedidos de licenças processadas pelo Departamento de Estado. Essas mudanças oferecem as empresas brasileiras um acesso mais rápido e fácil as tecnologias controladas porque a maioria dos pedidos de licença serão agora processados pelo Departamento de Comércio em vez do Departamento de Estado.

Em 2015, 541 licenças de exportação para o Brasil  foram aprovadas de forma rápida e segura com uma taxa de aprovação de 99,5%. Essa rapidez de atendimento traz uma nova dinâmica nas relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos, facilitando o comércio e a colaboração em um setor estratégico.

Ano passado, o Departamento de Comércio dos Estados Unidos Escritório de Indústria e Segurança (BIS) organizou dois seminários no Brasil (São Paulo e Rio de Janeiro) para disseminar a reforma na política de controle de exportação dos Estados Unidos para a comunidade empresarial brasileira e seus parceiros.

Traduzimos para o português aproximadamente 300 páginas de informação técnica sobre a política de controle de exportação. Todo este material está disponível publicamente em nossa página na Internet:


Durante o Defense Industry Day (DID) conversamos sobre a possibilidade de continuar promovendo mecanismo para disseminação de conhecimento sobre a política de controle de exportação para as empresas brasileiras, Forças Armadas e demais entidades governamentais; incluindo o compartilhamento de melhores práticas ajudando assim a desmitificar o processo.

O que foi negociado neste encontro?

Esse foi o primeiro encontro do Diálogo da Indústria de Defesa Brasil e Estados Unidos com o objetivo de ampliar e institucionalizar a cooperação comercial no setor de defesa. A agenda do encontro incluiu pontos de interesse em comum dos países tais como; reconhecimento mútuo da certificação MIL-SPEC, conformidade de exportação, participação da base industrial brasileira na cadeia produtiva dos EUA, entre outros.

Este é um processo de confiança mútua em um relacionamento de longa data. O DID foi uma oportunidade ímpar que permitiu que a indústria e o governo trocassem informações e ideias para aumentar a cooperação tecnológica e a compreensão mútua do setor de defesa dos dois países.

Haverá a possibilidade de países participarem de projetos nos Estados Unidos? E o Buy American Act, permanece efetivo?

O Buy American Act continua efetivo, mas ainda há muitas oportunidades para o fortalecimento da colaboração Brasil-Estados Unidos no setor defesa.

Uma maneira eficaz para as empresas brasileiras competirem no Mercado dos EUA é através de parcerias com as empresa estadunidenses. O DID estabeleceu um excelente mecanismo para fazer as apresentações iniciais e desenvolver essas parcerias.

Outro passo identificado durante o DID foi à possibilidade de organizar a vinda de especialistas estadunidenses para fazer apresentações sobre Buy American Act para as empresas brasileiras interessadas neste tópico.

Quais pontos foram discutidos e estão mais encaminhados?

Muitos pontos importantes foram abordados durante o DID mas os pontos mais significativos e que já estão sendo discutidos e encaminhados internamente pelos governos e industrias são:

- Transferência de tecnologia, controle e exportação e conformidade;
- Reconhecimento mútuo de certificação MIL-SPEC;
- Parceria comercial e integração da cadeia de produção;
- Engajamento regulatório;
- Cooperação espacial, e, 
- Programa binacional.

Summary of DID Letter of Intent (LOI):

The Defense Industry Dialogue is intended to stimulate bilateral defense trade and investment, within an overall framework focused on developing mutual understanding and strategies to improve the competitiveness of each country.

Through regular meetings, the Dialogue will facilitate the exchange of information and encourage public-to-private, public-to-public, as well as private-to-private discussions that address how the United States and Brazilian Government agencies and private sectors can promote defense trade and investment as a means toward economic growth; improve competitiveness through innovation and entrepreneurship; and share best practices, promote knowledge exchanges, and provide assistance in key areas.

Signatories:

- Acting Under Secretary of International Trade, US Dept of Commerce, Ken Hyatt;
- Principal Director for Western Hemisphere Affairs, Office of the Secretary of Defense for Policy, US Dept of Defense, John Kruel;
- Secretary of Defense Products, Ministry of Defense of Brazil, Flavio Basilio;
- Deputy Secretary of Foreign Trade, Ministry of Industry, Foreign Trade and Services of Brazil, Abrao Neto.

 

Representantes da BID e do Ministério da Defesa.
Expressiva presença de representantes de empresas americanas:
Boeing, LM, Harris, RockwellCollins, Motorola, etc.
Parte dos presentes ao Defense Industry Day.
A coletiva de imprensa do Ministro da Defesa Raul Jungmann e a
da Embaixadora Liliana Ayalde teve presença expressiva da imprensa.
Flávio Basilio, SEPROD, e o Vice Secretário de Comércio Americano
Hyatt mostra a Letter of Intent, LoI, assinada durante o evento.



Comentário: Confesso que estou extremamente preocupado com esta iniciativa do Governo TEMER em se aproximar dos EUA nas áreas de Defesa e Espacial. Não por considerar os americanos o “povo do mal’ como fazem os acadêmicos de esquerda que infestam nossas universidades com sua cultura estupida e cega, mas pela incompetência, estupidez, falta de brasilidade, comprometimento e seriedade dos nossos representantes para com os interesses na nação brasileira. Colocar esta embaixadora americana (super preparada, caso não, seria embaixadora na Cochinchina e não no Brasil) e seus assessores para negociar com políticos tipo Raul Jungmann e seus assessores de merda, motivados por questões políticas e sabe mais o que, é continuar repetindo os mesmo erros de décadas que nos colocaram nesta situação. A embaixadora americana sabe disso e vai se valer disto para tirar proveito nas negociações, não porque seja uma "Filha do Demo" (kkkkkkk, essa gente tem cada uma), mas por esta representando interesses do seu pais, coisa que tentará fazer com competência e visão, partindo do fato de ser cidadã americana. Não é culpa dos americanos se a Sociedade Brasileira indica incompetentes e corruptos para defender nossos interesses, e culpá-los por isto, é não querer reconhecer os nossos próprios erros. Charles DeGuale, herói da Segunda Grande Guerra e ex-presidente da França, bem como outros estadistas que passaram pela história da humanidade sabiam que, quem quer faz, busca soluções e as coloca em pratica, não fica colocando culpa nos outros e choramigando a própria incompetência. Negociar com os americanos (ou qualquer outra nação do mundo) não tem nenhum mal e outras nações do mundo o fazem, é praxe (o Brasil por exemplo, tem bons acordos na área espacial com a Alemanha e a China, assinados quando o PEB ainda se desenvolvia e que gerou grandes benefícios ao nosso programa espacial), desde que se saiba o que esta fazendo (eles sabem como ninguém e o fazem com seriedade) e é ai que esta o meu temor. Entretanto leitor, não se morre de véspera (só Peru) e antes de taxarmos esta aproximação como nefasta, será preciso primeiro conhecer o teor dos futuros acordos que serão assinados. Porém, sinceramente, devido as circunstancias que nos cerca, não acredito que os mesmos sejam benéficos para o Brasil. Vamos aguardar. Mas vale dizer que, diante das circunstancias e do conhecimento que haverá o envolvimento da Boeing nesta iniciativa, me causa calafrios.

Comentários

  1. Prestemos atenção à frase: “Uma maneira eficaz para as empresas brasileiras competirem no Mercado dos EUA é através de parcerias com as empresas estadunidenses”.

    Sim, claro, PARCERIAS... de preferência firmadas com as maiores empresas brasileiras do setor e desde que submetidas a uma série de regulações e controles emanados pelo Departamento de Estado, e melhor ainda se em território estadunidense.

    É só ver o caso da Embraer e seu nível de submissão aos controles jurídicos, tecnológicos e financeiros do Tio Sam, para se perceber o perigo. Não se exporta uma única aeronave, mesmo a partir do Brasil, se todas as peças não estiverem em conformidade com as milhares de políticas de salvaguardas do Departamento de Estado.

    Os acordos podem ter algo de bom para o setor espacial? Certamente, temos que esperar para ver do que se trata. Mas o certo é que ninguém mais acredita no canto da sereia.

    Ou nossos malditos governos priorizam de vez a ciência e tecnologia como política de Estado, o Brasil dependerá cada vez mais de “bondades” desse tipo.

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  2. "Não por considerar os americanos o “povo do mal’ como fazem os acadêmicos de esquerda que infestam nossas universidades com sua cultura estupida e cega, mas pela incompetência, estupidez, falta de brasilidade, comprometimento e seriedade dos nossos representantes para com os interesses na nação brasileira."


    Ou seja, se não temos representantes que levam em consideração os interesses da nação brasileira em um projeto do tipo, os estadunidenses irão "aprender a sambar" no nosso lugar, não?


    "Charles DeGuale, herói da Segunda Grande Guerra e ex-presidente da França, bem como outros estadistas que passaram pela história da humanidade sabiam que, quem quer faz, busca soluções e as coloca em pratica, não fica colocando culpa nos outros e choramigando a própria incompetência."

    Realmente, Duda, mas sabe-se do olhar estadunidense ao nosso território, ou os documentos publicados pelo Wikileaks mostram a vida irreal da geopolítica mundial?

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    1. Olá Brehme!

      Não sei se entendi bem a sua primeira colocação, mas quanto a segunda, na realidade o Brasil não é tao especial assim, o olhar americano na área de inteligência ocorre ao redor do mundo, não só pelo território brasileiro. É fácil de compreender isso, já que eles são a maior potencia do planeta e todos querem derrubá-los. Quanto ao Brasil, não é de se estranhar que eles esteja preocupados, já que a maioria dos países latinos americanos estão nas mãos de governos corruptos, estúpidos, irresponsáveis e populistas, todos próximos do território americano. Se tivesse no lugar deles faria a mesma coisa e tenha certeza, não só são os americanos que atuam dentro de território brasileiro. O mais certo seria perguntar se diante das circunstancias quem é que não atua?

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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    2. Olá Duda.

      Minha primeira colocação foi em relação ao ganho para o Estado brasileiro. Será que temos representantes realmente preocupados com o desenvolvimento do setor aqui no Brasil?! Desta forma, caso não tenhamos, acredito que essa tal parceria poderia servir de plano de fundo para a subserviência do Brasil aos EUA. Lembramos que o BRICS tornou-se uma dor de cabeça a geopolítica estadunidense.

      Em relação a segunda colocação, o Brasil não é nada de especial, mas documentos publicados pelo Wikileaks demostram que para os EUA, nós possuímos bastante características que os atraem; lembramos que eles não gostariam de ter um Japão nas américas. Desculpe-me, mas não acredito que nossos problemas sejam apenas por erros internos.

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    3. Olá Brehme!

      Em resposta a sua pergunta, não, não temos representantes realmente preocupados com o desenvolvimento do setor aqui no Brasil, nem preocupados nem interessados em construir uma verdadeira nação, afinal não seria bom negocio para populistas. Quanto a subserviência do Brasil aos EUA, ela só ocorre por este fato, já que como não há governo eles (os americanos ou quem quer que sejam) se valem por levar vantagem nas negociações. Quando essas negociações envolvem uma participação maior de pessoas que fogem este perfil (foi o caso do acordo assinado entre o DCTA/IAE e DLR no final dos anos 60 e em parte o acordo que gerou o Programa CBERS com a China em 1987) eles são benéficos pelo equilíbrio nas negociações. Colocar políticos de moral discutível, incompetentes ou mesmo desinteressados para nos representar é caminhar para um potencial desastre nas negociações. E outra, numa país serio, se o acordo não interessa é só decliná-lo. Já num pais como o Brasil isto jamais será feito por esses vermes antes deles analisarem se o mesmo pode ser útil para os interesses nefastos desses grupos ou não.

      Por isto Brehme é que dei o exemplo do Charles de Gaulle, a França só negociou com os EUA no pós-guerra o que lhe interessava e nunca permitiu uma subserviência aos americanos, mas lá existe cidadania, seriedade e competência, aqui existe vagabundos, incompetentes e corruptos. A Alemanha, país que perdeu a guerra e que ainda foi dividida em dois, é também um grande exemplo disto. Você acha que os americanos tiveram de engolir a criação da ESA graças a quem???

      Quanto ao Brasil não ser nada especial para os americanos é a pura verdade, goste você ou não deste fato. E isto ocorre Brehme simplesmente porque eles sabem que com a cultura que temos (pais de piratas) jamais seremos uma grande nação. Suas ações no Brasil são motivadas primordialmente não pelo interesse comercial, e sim por questões estratégicas, ou seja, pelo receio deles do Brasil acabar por ser controlado pela Russia e pela China, devido a reconhecida postura e o mal caratismo de nossos governantes, uma coisa que não posso deixar de concordar. Afinal o Brasil esta bem perto dos EUA, quase no quintal da esquina deles. Tá ok jovem amigo? E obrigado pela abordagem deste assunto em alto nível, pois assim me permite esclarecer os fatos. Vivemos num mundo dos espertos e preparados que lutam pelos interesses de suas nações, mas para nos darmos bem neste jogo internacional, teremos primeiramente de construir uma nação e então aprender a negociar com seriedade, visão e competência, sempre e unicamente em prol da Sociedade Brasileira,.

      Forte abraço

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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  3. Sr. Stone Vox!

    Depois de sua ultima postagem agressiva, mal educada e sem sentido eu cansei de suas atitudes, e a partir de hoje não aceitarei mais nenhuma postagem do senhor, em outras palavras, o senhor passou a ser "persona não grata" ao Blog BRAZILIAN SPACE, a única desde que o mesmo foi criado. Parabéns! O senhor finalmente conseguiu o que queria. Tenha um bom dia.

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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