Projeto MLBR: Conheça a Plataforma de Lançamento do MLBR
Caros amantes das atividade espaciais!
Pois bem, compatriotas — brasileiros de verdade que, como eu, são apaixonados por essa joça chamada República Federativa do Brasil (sabe lá ainda por quanto tempo) — o arranjo empresarial responsável pelo Projeto MLBR publicou hoje (29/09), em suas redes sociais, uma breve nota trazendo detalhes sobre a Plataforma de Lançamento do projeto. O comunicado é mais uma prova do compromisso do grupo com a transparência e com o diálogo aberto com a Sociedade Brasileira — ou, pelo menos, com quem ainda se importa. Confira a íntegra da nota abaixo:
De acordo com a nota em questão, a partida do Microlançador Brasileiro será realizada com auxílio de uma Plataforma de Lançamento especialmente projetada para tal finalidade, que o posiciona na orientação definida pela trajetória de voo prevista.
Neste artigo, vamos explicar um pouco sobre o funcionamento desta etapa, que é fundamental para a segurança e a eficiência da missão e estratégica para consolidar uma infraestrutura nacional para operações espaciais de alta complexidade.
Para seu lançamento, o veículo é levado à plataforma com utilização de dispositivos próprios de movimentação em solo, sendo então realizada, na horizontal a união plataforma-foguete por meio de um sistema de trilhos, que guiará o foguete nos primeiros instantes, após a ignição do propulsor do primeiro estágio.
São então realizadas as conexões mecânicas, elétricas e eletrônicas entre veículo e plataforma, para que esta possa ser posicionada horizontalmente (azimute) e verticalmente (elevação), conforme o plano de lançamento previsto.
Tudo isto deverá acontecer no Nordeste brasileiro, nas instalações do Centro Espacial de Alcântara, órgão do DCTA – Departamento de Ciência e Tecnologia do Comando da Aeronáutica, que apoia decisivamente o Programa.
A parte mecânica está sendo fabricada pela Almeida’s, parceira estratégica que também fornece componentes de alta precisão para a Embraer. Esse trabalho exige uma combinação pouco comum: competência em precisão mecânica e capacidade de integrar estruturas de grande porte, algo essencial para este tipo de projeto.
Fabricadas e integradas as partes mecânicas, serão instalados os subsistemas eletrônicos de controle pela Concert Space, passando-se então aos testes funcionais da plataforma completa em ambiente real, no Campus da UNIVAP em São José dos Campos, que igualmente tem apoiado o desenvolvimento do MLBR.
Quando posta em operação, algo previsto para o primeiro semestre do ano que vem, seu sistema de controle e acionamento será responsável por:
- Comandar os movimentos de azimute e elevação da plataforma & MLBR, mais de 34 toneladas sendo posicionadas com precisão de 0,1°
- Garantir o posicionamento seguro do foguete antes da ignição
- Integrar os sistemas supervisão, monitoramento e segurança da operação, permitindo controle tanto local quanto remoto
- Operar com alta confiabilidade e robustez, mesmo em condições desafiadoras.
A imagem abaixo ilustra bem o porte do equipamento sendo desenvolvido, mostrando, embalado em cor azul, o rolamento que será instalado na base da plataforma, para permitir seu movimento de giro para orientação em azimute.
Aproveitamos para agradecer publicamente ao nosso membro e parceiro Carlos Cássio Oliveira, presidente do Centro Experimental de Foguetes Aeroespaciais da Bahia (CEFAB), pelo envio desse vídeo.
Brazilian Space
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