A NASA Restringiu a Participação de Cidadãos Chineses em Seus Programas Espaciais
Caros leitores e leitoras do BS!
Credito: Space Daily
No dia 10/09, o portal Space Daily noticiou que a NASA passou a restringir a participação de cidadãos chineses, mesmo aqueles com vistos válidos, em seus programas, evidenciando a intensificação da corrida espacial entre os Estados Unidos e a China.
Pois é, entusiastas do espaço, o caldo engrossou ainda mais. E, sinceramente, não posso discordar dos americanos. Afinal, trata-se de uma verdadeira guerra tecnológica entre duas potências, competindo para ver quem retorna primeiro à Lua após as missões Apollo. Dentro desse contexto, qualquer ação nesse sentido — desde que seja lícita — me parece justificável.
A mudança de política foi inicialmente divulgada pela Bloomberg News e posteriormente confirmada pela agência espacial norte-americana.
“A NASA adotou medidas internas em relação a cidadãos chineses, incluindo a restrição de acesso físico e cibernético às nossas instalações, materiais e redes, com o objetivo de garantir a segurança do nosso trabalho”, afirmou Bethany Stevens, porta-voz da agência, à AFP nesta quarta-feira.
Segundo a Bloomberg, anteriormente cidadãos chineses podiam atuar como contratados ou estudantes em projetos de pesquisa, embora não fossem contratados diretamente pela agência. No entanto, no dia 5 de setembro, vários desses colaboradores relataram ter perdido subitamente o acesso aos sistemas de TI e sido impedidos de participar de reuniões presenciais. Os relatos foram feitos sob condição de anonimato.
A medida ocorre em meio a um aumento da retórica anti-China durante a administração do ex-presidente Donald Trump. Atualmente, Estados Unidos e China disputam a liderança em missões tripuladas à Lua.
O programa Artemis, sucessor das missões Apollo (1969–1972), tem como objetivo realizar um novo pouso lunar em 2027, embora enfrente atrasos e estouros de orçamento. Já a China planeja levar seus "taikonautas" à superfície lunar até 2030, demonstrando maior eficiência no cumprimento de prazos até o momento.
“Estamos vivendo uma segunda corrida espacial”, declarou o administrador interino da NASA, Sean Duffy, durante uma coletiva de imprensa sobre descobertas feitas por um rover norte-americano em Marte. “Os chineses querem chegar à Lua antes de nós. Isso não vai acontecer. Os Estados Unidos lideraram a exploração espacial no passado e continuarão liderando no futuro.”
Além da disputa lunar, a China também busca se tornar o primeiro país a trazer amostras do solo marciano à Terra. Uma missão robótica está prevista para 2028, com retorno estimado para 2031.
Enquanto isso, a administração Trump sinalizou, por meio de sua proposta orçamentária, a intenção de cancelar a missão Mars Sample Return, um projeto conjunto com a Agência Espacial Europeia. Há sugestões de que essa missão possa ser substituída por uma expedição tripulada, embora ainda não existam detalhes concretos a esse respeito.
Brazilian Space
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