Ministro Defende Programa Nacional Para Estimular Empreendedorismo Tecnológico
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada hoje (09/02) no site do Ministério
da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC), destacando que o Ministro Gilberto Kassab defendeu a criação de um Programa Nacional de Apoio ao Empreendedorismo de Base Tecnológica.
Duda Falcão
NOTÍCIAS
Ministro Defende Programa Nacional Para
Estimular Empreendedorismo Tecnológico
Para Gilberto Kassab, governo federal pode articular uma
série de iniciativas
para estimular o setor por meio de uma política de
Estado. Para especialistas,
Brasil precisa transformar conhecimento em geração de
riqueza.
Por Ascom do MCTIC
Publicação: 09/02/2017 | 19:24
Última modificação: 09/02/2017 | 19:28
Crédito: Ascom/MCTIC
Ministro
Gilberto Kassab participou do encerramento de workshop promovido pela Secretária de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação. |
O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e
Comunicações, Gilberto Kassab, defendeu nesta quinta-feira (9) a criação de um
programa nacional de apoio ao empreendedorismo de base tecnológica. A ideia,
apresentada no workshop promovido pela Secretaria de Desenvolvimento
Tecnológico e Inovação do MCTIC, é articular uma série de iniciativas, hoje
isoladas, no âmbito do governo federal.
"Quando nós temos a oportunidade de articulação,
evitamos, em primeiro lugar, a superposição de esforços. Isso é muito
importante, porque implica também em melhor eficiência na utilização dos recursos
públicos. Ao integrar diversos esforços em um mesmo projeto de governo, somamos
orçamento e trabalho, para estabelecer uma política efetivamente de
Estado", disse o ministro.
De acordo com Kassab, todo o governo federal está
convencido de que a saída de uma crise econômica requer investimento em
pesquisa e inovação e aposta no empreendedorismo. "O atual mandato tem
menos de dois anos pela frente. É evidente que nós temos que saber priorizar,
planejar e deixar um legado", disse. "Espero que esse fórum, com
apoio da Presidência da República e da área econômica, possa escolher os
melhores caminhos, estruturar equipes e trabalhar de maneira integrada, para
que os resultados apareçam no curto prazo, porque o objetivo é apresentar
respostas rápidas de uma maneira bastante expressiva. E o resto deixar como
legado."
Na visão do secretário Alvaro Prata, um programa de apoio
ao empreendedorismo tecnológico deve ser construído em parceria com o Conselho
Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (CONFAP) – "de onde
veio a ideia original para que o MCTIC se movimentasse".
Segundo Prata, o workshop foi importante para a absorção
de experiências e propostas. "Precisamos estar abertos a novas ideias e,
sobretudo, para a realidade de que o Brasil tem que melhorar no aspecto de
desenvolvimento tecnológico e inovação, com mudanças profundas,
estruturais", apontou. "Somos únicos nisso: um país que tem um
conhecimento científico virtuoso e não consegue usá-lo amplamente para
benefício econômico e social e geração de riqueza."
O secretário avalia que o Brasil precisa dar mais ênfase
à formação de seus empreendedores. "Temos que encontrar e estimular
pessoas que gerem negócios rentáveis a partir de ideias inovadoras e, com isso,
estabelecer uma cultura diferente da que está aí, ao nos apoiar no
desenvolvimento tecnológico para mudar e revolucionar a realidade em que
vivemos."
Cenário
O presidente do CNPq, Mario Neto Borges, citou os
resultados da última Pesquisa de Inovação (PINTEC), divulgada na última
quinta-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"Ela mostrou, na verdade, que pouco avanço houve na indústria brasileira
nos últimos anos. Portanto, os desdobramentos desse workshop são fundamentais
para que consigamos obter esse crescimento tão necessário ao país na área de
inovação."
Para o diretor de Inovação da FINEP, Márcio Girão, embora
haja exceções em setores como agropecuária e farmacologia, os dados da PINTEC
reforçam que "a ciência aplicada brasileira não vai bem", porque
converte pouco conhecimento em benefícios sociais. "A gente fica repetindo
mantras, que, do ponto de vista da ciência, o empresário brasileiro não é um
sujeito inovador e não se preocupa com pesquisa e desenvolvimento; e na
percepção do empresário, que os cientistas gostam mais é de fazer papers. Os
dois estão errados. É um problema cultural mesmo, ou seja, a ciência precisa
entender que também é papel dela fazer a transformação de conhecimento em
tecnologia. Da mesma forma, o empresariado tem que olhar para a ciência como um
agente transformador do seu negócio, por meio da inovação tecnológica,
principalmente."
Girão informou que a FINEP estuda maneiras de ajudar
jovens empreendedores a enfrentar o "vale da morte", período inicial
de dificuldades ao qual boa parte dos negócios não resiste. "Uma empresa
comum morre após cinco anos de existência. Apenas 10% superam essa barreira.
Quando você observa uma empresa de base tecnológica na Alemanha, 60%
sobrevivem. Quando você passa ao MIT [Instituto de Tecnologia de Massachusetts,
nos Estados Unidos], 80% seguem vivas após os cinco anos. Ou seja, a base
tecnológica é fundamental para ultrapassar o vale da morte das empresas
empreendedoras."
De acordo com o diretor, a FINEP elabora um projeto que
vai ao encontro dessa preocupação.
"Como a gente pode descobrir empreendedores? A gente
tem que investir pesadamente nas pessoas que estão próximas ao vale da morte,
conscientes de que deve chegar ao outro lado apenas uma parte delas. Nós temos
que criar essa massa crítica", defendeu. "A gente financia desde
grandes projetos, de R$ 300 milhões, a pequenas empresas, que já faturam um
certo valor. Mas agora queremos atacar também aquele segmento que está
começando."
Já o presidente do CONFAP, Sergio Gargioni, destacou a
importância dos investimentos em tecnologia para a retomada do crescimento
econômico. "A gente fala muito da economia, que ela não reage. Mas temos
aí um potencial enorme, que é o conhecimento. O mundo todo está nessa direção.
Se você olhar onde estão os investimentos, estão na tecnologia."
Apresentaram-se no workshop representantes das fundações
de amparo à pesquisa do Espírito Santo (FAPES), de Minas Gerais (FAPEMIG), de
Santa Catarina (FAPESC) e de São Paulo (FAPESP), da Academia Brasileira de
Ciências (ABC), da Associação Nacional de Entidades Promotoras de
Empreendimentos Inovadores (ANPROTEC), do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro
e Pequenas Empresas (SEBRAE) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI),
além do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq),
da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e da Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
Fonte: Site do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação
e Comunicações (MCTIC)
Comentário: Gostaria mesmo de acreditar que o Governo TEMER ou qualquer outro que estivesse no poder nesse momento iria conduzir um programa como esse com a seriedade necessária, mas isto esta muito longe da realidade. Se o programa for realmente implementado beneficiará apenas os apadrinhados ou aqueles que oferecerão favores em troca, ou mesmo parte dos recursos oriundos de projeto superfaturados. Ao mesmo tempo serve como uma tentativa de manter do setor de C&T do país (atualmente hostil ao governo) sob o controle, causando assim poucos estragos e menos pressão sobre a imagem do governo perante a Sociedade. Galera esses vermes não valem nada e os objetivos deles são outros. Enfim... tá ai a notícia.
Comentários
Postar um comentário