Estudantes Brasileiros Contam Experiência de Cursar Mestrado na China
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada
hoje (17/02) no site da Agência Espacial Brasileira (AEB) tendo com destaque a experiência
dos quatro estudantes brasileiros que estão cursando mestrado na área espacial
na China.
Duda Falcão
Estudantes Brasileiros Contam
Experiência de Cursar Mestrado na China
Conheça a rotina, os
sonhos e as expectativas de um grupo de
engenheiros que teve a oportunidade de
ir para a China cursar
mestrado em ciências espaciais, em busca de um futuro
melhor
Coordenação de comunicação
social
17/02/2017
Quatro engenheiros
brasileiros, três graduados pela Universidade de Brasília (UnB) e um pela
Universidade Estadual de São Paulo (Unesp/Guaratinguetá) cursam desde setembro
de 2015, um mestrado na área espacial na Beihang University of Aeronautics and
Astronautics (BUAA), na China. Lá eles participam da construção do
microssatélite BUAASat, que será lançado em órbita baixa a 600 km da terra, com
a missão de fazer o sensoriamento remoto de algumas regiões do país, além de
tirar fotos de detritos espaciais.
O programa de bolsas de
mestrado é patrocinado pelo Centro Regional para Ciência Espacial e Educação
Tecnológica na Ásia e no Pacífico (RCSSTEAP – China). Os estudantes, Felipe
Iglesias, Renan Felipe Nogueira, Pedro Henrique Nogueira e Audrey Rodrigues
Siqueira foram selecionados, pelo Master Program on Space Technology
Applications Global Navigation Satéllite Systems (GNSS). Todo o processo de
seleção contou com a intermediação e apoio da Agência Espacial Brasileira
(AEB).
Para os estudantes, o
intercâmbio que fizeram no programa Ciências sem Fronteiras, Renan Felipe, em
Lisboa, Felipe Iglesias na Normandia, Pedro Henrique na Escócia e Audrey na
Alemanha, os ajudou a tomarem a decisão de fazer um mestrado na China e buscar
novas oportunidades em um país de cultura tão diversa. O processo de seleção
com a participação de 14 candidatos inscritos ocorreu em duas etapas, a
inscrição, feita no site do programa, e uma entrevista, via internet, realizada
por dois professores da Beijing University.
Felipe Iglesias, 28 anos,
paulista de Araçatuba, formado em Engenharia Eletrônica pela UnB, foi selecionado
para o mestrado em Sensoriamento Remoto e Sistema de Geo-Informação
(RS&GIS) e Pedro Henrique e Renan Felipe, graduados em Engenharia de
Energia, estudam Tecnologia de Microssatélites. O mestrado tem duração de um
ano e nove meses, sendo que alguns deles estarão de volta em julho deste ano.
Oportunidades
Para Iglesias, o mestrado
é uma ótima oportunidade de crescimento pessoal e profissional. “Além de
aprender outra língua e vivenciar nova cultura, pretendo ampliar meus
horizontes com essa experiência, pois no retorno ao Brasil quero trabalhar e
contribuir com o desenvolvimento do setor espacial”, disse.
Já Renan Felipe conta que
com dez meses no país oriental já teve uma base teórica e prática bastante
significativas, principalmente na área de construção de satélites. “Agora estou
focado no desenvolvimento da tese voltada para integração e testes na parte
elétrica e eletrônica de todos os subsistemas. Vou tentar automatizar todo esse
processo para torná-lo mais eficiente, e com isso reduzir os custos”, afirmou.
Como engenheiro de energia
tenho acesso à parte solar do satélite. Trabalhar com energia solar está sendo
ótimo, além de abrir um leque de oportunidades não apenas no Brasil, estudar na
China abre oportunidades no mundo inteiro.
Segundo os estudantes, a
oportunidade de cursar um mestrado na China os fez crescer não só
profissionalmente, mas também culturalmente. “Desenvolvi minhas habilidades
interpessoais, tentei estar inserido em uma empresa no contexto internacional e
vou levar essa experiência para o Brasil”, ressaltou Felipe Iglesias. Sua
contribuição para o Brasil deve ser adiada mais um pouco, no fechamento dessa
matéria, ele nos informou que surgiu uma oportunidade de trabalho que talvez o
leve para outro país. A proposta não está relacionada à área espacial, mas o
mestrado contribuiu muito para receber esse convite, concluiu.
Renan Felipe ressalta que
o mestrado entrou na fase de produção da tese sem muitos cursos para fazer, mas
com prazo para entrega de relatórios e andamento da produção. Ele aproveita e
manda uma mensagem aos colegas brasileiros:
“Espero que a nossa
experiência de sucesso na China ajude a quebrar o tabu em relação ao país e a
acabar com o medo de os candidatos virem para cá. Aproveitem essa
oportunidade”, concluiu.
Na próxima reportagem
vocês vão conhecer a experiência dos engenheiros Pedro Nogueira e Audrey
Siqueira, que também estão na China.
Interessados em participar
do mestrado acesse o seguinte link:
Fonte: Site da Agência
Espacial Brasileira (AEB)
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