Cientistas Buscam Nova Estratégia Para os Próximos 10 Anos do Telescópio SOAR
Olá leitor!
Segue abaixo nota postada hoje (14/02) no site do Ministério
da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC), destacando que em workshop realizado no Rio cientistas buscam nova estratégia para os próximos 10
anos do Telescópio de Pesquisa Astrofísica do Sul (SOAR).
Duda Falcão
NOTÍCIAS
Cientistas Buscam Nova Estratégia Para
os Próximos 10 Anos do Telescópio SOAR
Observatório instalado em Cerro Pachón, no Chile, produz
imagens de alta
qualidade que contribuem para as pesquisas astronômicas
desenvolvidas no
Brasil. País tem 30% de participação no telescópio, que
recebeu recursos do MCTIC.
Por Ascom do MCTIC
Publicação: 14/02/2017 | 11:14
Última modificação: 14/02/2017 | 11:19
Crédito: LNA
Telescópio SOAR, nos Andes chilenos,
tem 30% de
participação brasileira.
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Instalado nos Andes chilenos, a 2,7 mil metros de
altitude em relação ao nível do mar, o Telescópio de Pesquisa Astrofísica do
Sul (SOAR, na sigla em inglês) começou a operar há 10 anos preenchendo uma
importante lacuna na astronomia brasileira. Com um espelho principal de 4,1
metros de abertura, o observatório foi projetado para produzir imagens de alta
qualidade. "Melhor do que a de qualquer outro instrumento no mundo em sua
categoria", afirma o diretor do Laboratório Nacional de Astrofísica, Bruno
Castilho, citando a tecnologia e as condições de céu escuro e baixa cobertura
de nuvens oferecidas pela montanha de Cerro Pachón. "Agora, chegou a hora
de discutir a ciência a ser feita na próxima década no SOAR."
Este é o objetivo do Workshop on SOAR Science 2020, que o
LNA realiza entre 13 e 15 de março, no Rio de Janeiro. Com o fim do atual
acordo do consórcio em 2020, pesquisadores brasileiros e estrangeiros vão se
debruçar sobre a estratégia científica e operacional do SOAR para a década
seguinte. "Esperamos que a comunidade brasileira usuária participe
ativamente das discussões, para opinar sobre que rumo científico deseja para o
observatório no novo período", diz Castilho.
A oficina ocorrerá simultaneamente em dois locais, no
Brasil e nos Estados Unidos, conectados por teleconferência. A programação
inclui palestras e espaço para comunicações orais, pôsteres e discussões. O LNA
organiza o evento ao lado da Universidade da Carolina do Norte (UNC) em Chapel
Hill e da Universidade Estadual de Michigan (MSU).
Telescópio
O diretor do LNA descreve o SOAR como um telescópio
"de porte intermediário, extremamente versátil, rápido, de óptica soberba
e localizado em local privilegiado", no caso, Cerro Pachón, nos Andes
chilenos. Tem cerca de 10 equipamentos acoplados a si, por meio dos quais
coleta dados nas faixas da luz visível e do infravermelho.
O telescópio custou US$ 30 milhões – cerca de R$ 100
milhões – e recebeu financiamento de um consórcio formado pelo Observatório
Nacional de Astronomia Óptica dos EUA (NOAO), ao lado da UNC e da MSU; e pelo
Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), por meio
do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Dono de 30% de participação no SOAR, o Brasil tem cerca
de 120 usuários, espalhados em sete instituições – dentre universidades e
instituto de pesquisa. Para a pesquisa astronômica brasileira, os resultados do
SOAR têm preenchido lacunas entre os dados obtidos pelo Observatório do Pico
dos Dias (OPD), localizado no município de Brazópolis (MG), a 37 quilômetros de
Itajubá (MG), sede do LNA; e de outros consórcios internacionais acessíveis ao
país, como o Telescópio Canadá-França-Havaí (CFHT), no arquipélago
norte-americano; e os observatórios Gemini, equipamentos instalados em dois dos
melhores sítios astronômicos do planeta – um na Cordilheira dos Andes, no
Chile, e o outro no Havaí, nos EUA.
Empresas brasileiras participaram tanto da construção do
domo do SOAR – com 66 metros de diâmetro e capaz de suportar uma estrutura de
70 toneladas –, como da produção de instrumentos do telescópio. Em 2016, o país
entregou ao consórcio o primeiro espectrógrafo de alta resolução montado em seu
território, chamado Steles (SOAR Telescope Èchelle Spectrograph). Formado por 5
mil peças, a maior parte projetada por engenheiros e pesquisadores do LNA, o
equipamento aperfeiçoa estudos astronômicos, ao permitir uma medida mais
precisa da matéria que compõe os objetos celestes.
Serviço
Evento:
Workshop on Soar Science 2020
Data: 13 a 15 de março de 2017
Local: Auditório Ministro João Alberto Lins de Barros, no
CBPF
Endereço: Rua Doutor Xavier Sigaud, 150, Urca
Cidade: Rio de Janeiro (RJ)
Fonte: Site do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação
e Comunicações (MCTIC)
Começar a produzir mapas seria um bom uso
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