Programa Aeroespacial Brasileiro é Tema de Debate na Universidade da Força Aérea
Olá leitor!
Segue abaixo uma interessante nota publicada ontem (24/09)
no site da Força Aérea Brasileira (FAB), destacando que Programa Aeroespacial Brasileiro foi tema de debate na Universidade da
Força Aérea (UNIFA).
Duda Falcão
SEMINÁRIO
Programa
Aeroespacial Brasileiro é Tema de
Debate na Universidade da Força Aérea
Programa
Estratégico de Sistemas Espaciais e Empresa
de Projetos
Aeroespaciais do Brasil foram abordados
DECEA
24/09/2015 - 15:50h
Fotos: Suboficial Alkvarez / UNIFA
O Programa
Aeroespacial Brasileiro no Contexto Internacional foi tema de um seminário
promovido pelo Centro de Estudos Estratégicos (CEE) da Universidade da Força
Aérea (UNIFA), realizado na terça-feira (22/09). Aprimeira palestra, realizada
pelo Diretor-Geral do
Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Tenente-Brigadeiro do Ar
Carlos Vuyk de Aquino,abordou o Programa
Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE), iniciativa que teve início em 2012,
em atendimento à Estratégia Nacional de Defesa (END), que prevê que a concepção
de sistemas estratégicos na área espacial é atribuição do Comando da
Aeronáutica, a área Nuclear compete à Marinha do Brasil e a Cibernética ao
Exército Brasileiro.
"A
soberania do espaço aéreo não se limita a baixa atmosfera, precisamos alçar
voos mais altos conquistar o nosso segmento espacial", observou o
Diretor-Geral do DECEA. Na América do Sul, Argentina, Chile, Venezuela, Peru,
Colômbia já fazem uso militar do espaço, o Brasil ainda não possui satélite com
requisitos militares.
O PESE contempla
projetos de desenvolvimento de satélites de comunicações, sensoriamento remoto,
determinação de coordenadas geográficas e veículos lançadores.
Segundo o
Tenente-Brigadeiro Aquino, os requisitos de uso militar transcendem os
requisitos de uso civil, pois exigem maior refinamento. Essa particularidade,
porém, não impede o uso dual de engenhos espaciais tanto para fins militares
como para outras áreas governamentais, como, por exemplo, Defesa Civil,
Programa Nacional de Banda Larga e Sistema de Proteção da Amazônia.
Para fomentar o
desenvolvimento da indústria nacional e manter a estrutura produtiva ativa,
dentre os critérios e metas do PESE estão a produção de um satélite por ano, de
pequeno porte e com ciclo de vida mais reduzido. O programa prevê, ainda, a
transferência de tecnologia e capacitação de pessoal, visando a nacionalização
crescente.
O seminário
contou ainda com palestras de docentes e pesquisadores. O professor doutor José
Monserrat Filho, Vice-presidente da Associação Brasileira de Direito
Aeronáutico e Espacial e, também, Chefe da Assessoria de Cooperação
Internacional da Agência Espacial Brasileira, explanou acerca do tema
"Geopolítica Espacial no Século XXI e as implicações
jurídico-internacionais". O professor doutor Olavo Bittencourt Neto
realizou palestra sobre "A importância estratégica para o Brasil em
decorrência da delimitação dos espaços aéreo e extra-atmosférico" e,
encerrando o seminário, o professor André João Rypl tratou do tema "Código
de conduta espacial: posição do GRULAC e Tendência Brasileira".
Fonte: Site da Força Aérea Brasileira (FAB) - http://www.fab.mil.br
Comentário: Bom leitor, eu até entendo o desejo dos militares (louvável inclusive), mas minha
posição sobre a criação do PESE mesmo reconhecendo a necessidade que a FAB têm
de ter o seu próprio programa espacial na área de Defesa da Nação (é assim em
todo lugar do mundo, e nos EUA dizem até que o orçamento do Programa Espacial
da USAF é três vezes maior do que o da NASA), no momento acho esta iniciativa
inadequada e um meio de fragmentar ainda mais o que já existe. O PNAE civil
jamais funcionou e jamais recebeu os recursos necessários previstos, e criar um
outro programa para funcionar paralelamente na atual conjuntura e
mentalidade política, não é só uma tremenda falta de foco, bem como também em minha
opinião uma irresponsabilidade, há não ser que se dê um fim definitivo ao PNAE civil
(opção nada inteligente nem estratégica, já que geraria ainda mais desconfianças sobre o PEB no âmbito internacional causando ainda mais dificuldades)
ou que o atual desgoverno da “DebiOgra” e os próximos, venham mudar de postura, o que é, falando sério, bastante improvável de aconteçer.
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