Perdidos no Espaço - INPE e o Fiasco das Imagens do CBERS
Olá leitor!
Segue abaixo um artigo postado hoje (29/09) no site do
“defesanet,com” destacando que em meio
fiasco de não ter imagens da Amazônia, INPE anuncia a montagem do CBERS-4B.
Duda Falcão
COBERTURA ESPECIAL - ESPECIAL
ESPAÇO - TECNOLOGIA
Perdidos no
Espaço - INPE e o
Fiasco das Imagens do CBERS
Em meio fiasco de não ter imagens da Amazônia,
INPE
anuncia a montagem do CBERS 4B
Júlio Ottoboni
Especial DefesaNet
29 de Setembro,
2015 - 11:00 ( Brasília )
Fonte: AEB
Arte do satélite CBERS 3 e 4.
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No mês passado
(Agosto), dois técnicos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) seguiram para a China e
conseguiram decodificar as primeiras imagens do CBERS 4 das câmeras
estratégicas para o acompanhamento do desmatamento da Amazônia. Apesar de já
ter mais de um terço de sua vida útil gasta, o satélite sino-brasileiro
funciona perfeitamente, inclusive enviando as imagens para as torres de
recepção do INPE. No entanto, a direção do instituto não tem o software para
decodificação das imagens.
O custo do CBERS
4 foi de US$ 125 milhões e produzido sob o argumento que ajudaria na
fiscalização, monitoramento e nas políticas de redução do desmatamento
criminoso da Amazônia. Mas tudo está paralisado neste sentido pela falta do
software, que é de uma empresa brasileira, a AMS Kepler. O contrato foi
encerrado com o fim das atividades do CBERS 2B. De lá para cá, nada de renovação
e nem perspectiva disto.
O proprietário,
Antônio Machado e Silva, um ex-servidor do INPE, explicou que o contrato
terminou em dezembro de 2011, e sua participação efetiva no processamento dos
dados foi concluída em dezembro de 2013. Ou seja, um ano antes do lançamento do
CBERS 4. Um verdadeiro fiasco até agora sem explicações satisfatórias, pois
neste período o desmatamento amazônico explodiu como o maior da história e as
imagens da maior reserva florestal e hídrica na faixa tropical do planeta estão
somente de posse dos chineses, parceiros no projeto do satélite de
sensoriamento remoto. Mas que por sua vez, não as repassam ao Brasil e nem
fornecem o software para rodar nos computadores brasileiros.
O pior de tudo,
essas imagens eram tidas como estratégicas para os planos de defesa da região.
O planejamento da missão previa que, três meses depois do lançamento, o ajuste
dos parâmetros das quatro câmeras a bordo, duas delas de fabricação brasileira
(a MUX, mais complexa e de melhor resolução espacial, e a WFI), produzidas pela
empresa OPTO (empresa Estratégica de Defesa, atualmente em recuperação
judicial), estaria concluído. Com isso, um novo acervo de imagens do satélite
entraria em operação para garantir ao Brasil autonomia no monitoramento do
desmatamento da floresta amazônica; da crise hídrica do Sudeste; do crescimento
urbano; e das áreas agrícolas país afora.
Para o desespero
dos pesquisadores do departamento de Observação da Terra, do INPE, a missão
CBERS 4 está 70% completa e os 30% mais importantes, que são as imagens
produzidas, apenas uma parte está sob domínio do Brasil. Chineses e brasileiros
estão se omitindo em relação a este ponto, tido como crucial para a sucesso da
missão. Na tentativa de minimizar o problema, os pesquisadores do INPE estão
usando imagens de outros satélites, inclusive de um indiano, mas que são
deficientes na cobertura da floresta.
Não bastasse a
falha grotesca, a direção do INPE quer agir de maneira compensatória aos mais
de 70 mil usuários de imagens ambientais e obter mais detalhados da
cobertura vegetal da região para abastecer o Sistema Brasileiro de Detecção de
Desmatamento em Tempo Real (DETER), responsável pelo acionamento da Polícia
Federal, IBAMA e órgãos estaduais de meio ambiente quanto aos crimes ambientais
ocorridos na faixa amazônica.
O próximo satélite da família, o CBERS 4A, será lançado em 2018 na China,
pelo foguete Longa Marcha. Na realidade um backup, com peças redundantes que
não foram utilizadas na construção do CBERS 4 e serão usados para evitar num
novo intervalo por falta de planejamento e projetos para a continuidade da
parceria. Para lançar esse novo equipamento os custos estimados superam a
casa dos R$ 250 milhões, pois o Laboratório de Integração e Testes ( LIT) terá que
ser ampliado.
Nota DefesaNet
Na edição, de 28
Setembro de 2015, o jornal Valor publicou a matéria "Satélite vai monitorar desmatamento na Amazônia". (veja essa matéria na íntegra aqui no Blog)
Com informações
do INPE a jornalista da matéria detalha fatos que simplesmente são fantasiosos.
Complementa com
esta pérola:
“Outra ideia,
que está sendo amadurecida, é a possibilidade de o satélite ser transportado
para a China pela aeronave KC390, novo jato de transporte militar da Força
Aérea Brasileira (FAB), que está sendo produzido pela Embraer. "Vamos trabalhar
nessa possibilidade, até porque teríamos que pagar pelo transporte do satélite
para a China e fazer isso com uma aeronave brasileira seria uma oportunidade
muito interessante".”
Fonte: Site www.defesanet.com.br
Comentário: Pois é leitor, é como eu digo, não se tapa um sol com uma peneira. Mas apesar disto o Sr. Braga Coelho continua tendo espaço na mídia para continuar vendendo fantasias para Sociedade
Brasileira. Enfim.... Bom gostaria de agradecer aos leitores Jahyr Jesus Brito e Iurikorolev
pelo envio deste artigo
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