Comemoração do 54º Aniversário do INPE Reforça Ligação Entre Ciência Espacial, Soberania e Competitividade
Olá leitor!
Segue abaixo uma outra matéria postada também dia (04/09)
no site do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) tendo como destaque a recente
passagem do Ministro Aldo Rebelo pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE) durante a solenidade de comemoração pelos 54 anos do instituto.
Duda Falcão
Comemoração do 54º Aniversário do INPE Reforça Ligação Entre Ciência Espacial, Soberania e Competitividade
Durante
cerimônia em São José dos Campos (SP),
o
ministro Aldo e o diretor Perondi reafirmaram a
centralidade
da instituição e citaram a área aeronáutica
como
modelo a seguir na produção.
Por Ascom do MCTI
Publicação: 04/09/2015 | 20:31
Última modificação: 08/09/2015 | 09:28
Crédito: Reprodução/INPE
A solenidade também homenageou servidores da instituição.
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O 54º
aniversário do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/MCTI) foi
comemorado nesta sexta-feira (4), em São José dos Campos (SP). A ligação entre
as ciências espaciais, a soberania e a competitividade do País foi ressaltada nas
falas do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, do diretor do
Instituto, Leonel Perondi, e de gestores, que reafirmaram a centralidade da
instituição nesse contexto. A área aeronáutica, com a qual há grande
compartilhamento institucional, de projetos e de recursos humanos, foi apontada
como um modelo a seguir na busca de impulso produtivo.
Aldo avaliou que
o domínio das tecnologias associadas ao espaço é fundamental para a economia e
a geopolítica dos países hoje. Lembrou a disputa pelo espaço no período da
Guerra Fria, entre as duas potências mundiais de então (Estados Unidos e União
Soviética), e assinalou que está em curso um novo processo de militarização
espacial, com a fabricação, por exemplo, de mísseis antissatélite.
"Imagine,
se tirar os satélites, o que funciona no mundo", comentou, citando a
telefonia celular, o atendimento à saúde, a agricultura de precisão e a
segurança pública como atividades que dependem da comunicação por meio dessa
tecnologia. O Programa CBERS – Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres,
desenvolvido em parceria com a China, foi lembrado no discurso como uma
história de êxito, um marco de cooperação que demonstra a capacidade do País.
O titular do
MCTI descreveu o INPE como uma instituição fundadora e que
"é referência da presença vitoriosa do Brasil no cenário
internacional", numa área "importante e decisiva". Disse que,
por isso, a celebração do 54º aniversário é importante para o Sistema Nacional
de Ciência, Tecnologia e Inovação como um todo. Situou a unidade de pesquisa do
Ministério no Vale do Paraíba do Sul como integrante de uma "constelação
de instituições estelares" composta pelo Instituto de Tecnologia
Aeronáutica (ITA), pelo Centro de Tecnologia Aeronáutica (CTA, atual DCTA), e
pela Embraer. Disse que a construção desse complexo fez do município paulista o
principal polo tecnológico do País.
Para o ministro,
a área espacial é uma das que o Brasil precisa priorizar em ciência e pesquisa,
ao lado da nuclear e da segurança cibernética. "Sem isso, não seremos uma
nação soberana e respeitada, democrática e socialmente equilibrada",
afirmou. Ele defendeu empenho pela popularização da ciência para conscientizar
os brasileiros sobre as realizações na área e suas necessidades – só assim,
disse, será possível lutar por mais recursos, melhores salários e outras
condições para que os jovens não deixem de se interessar por essa carreira.
Três Eixos
Para Leonel
Perondi, a principal oportunidade e o principal desafio no futuro próximo
consistem em concretizar um desenvolvimento semelhante ao que o CTA provocou na
aeronáutica, desencadeando a nucleação de empresas envolvidas com a cadeia
produtiva espacial. "É uma área emergente, como a aviação três ou quatro
décadas atrás. Nos próximos dez, 15 ou 20 anos poderá ser tão pujante quanto
aquela", comparou, pontuando que a Airbus, uma das gigantes da área,
anunciou que está pronta para ser a primeira companhia a fabricar satélites em
massa.
"Do ponto
de vista técnico, nossas equipes terão capacidade. E teremos demanda nacional e
internacional", afirmou.
O diretor
explicou as linhas gerais de atuação do INPE em três eixos: acesso ao espaço,
com a colocação dos artefatos em órbita; controle desses sistemas, com a
infraestrutura e a operação para acompanhar seu funcionamento e receber as
informações e os serviços gerados; e aplicações. Esta frente, informou,
desdobra-se em ciência espacial, com foco no estudo da ionosfera; meteorologia,
cuja acuidade depende de conhecimento sobre a atmosfera, capacidade
computacional e aperfeiçoamento de modelos; observação da Terra, em que imagens
da superfície do planeta embasam monitoramento ambiental, urbano e de
fronteiras; e modelagem, com a simulação de cenários futuros em função das
mudanças climáticas.
Cooperação
A história do CBERS,
com o lançamento de cinco unidades desde o começo, em 1988, foi lembrada por
seu coordenador, Antônio Carlos Pereira Jr. "Ao longo dos 27 anos, o
trabalho não foi fácil, inclusive pelas diferenças culturais", contou.
"Mas podemos afirmar que o projeto foi fundamental para a capacitação do
setor." Ele recordou, ainda, que as pesquisas resultaram em spin offs (tecnologias derivadas) em áreas como
saúde, petroquímica e militar.
"Com a
política de livre acesso implementada por Brasil e China em 2004, o INPE já
distribuiu mais de 1 milhão de imagens e tem mais de 77 mil usuários [desse
serviço], o que faz de nós o maior distribuidor de imagens de satélite no
mundo", frisou.
O chefe do
Centro de Rastreio e Controle de Satélites (CRC), Valcir Orlando, lembrou que,
enquanto 70% dos equipamentos do CBERS 3 cabiam à China, na unidade 4 a divisão
estabelecidade foi de 50% para cada parte. Ele lembrou que, além do produto
sino-brasileiro, estão em operação, com acompanhamento do Centro, os veículos
SCD1 e 2.
Em sua
apresentação, o chefe do Laboratório de Integração e Testes (LIT), Geilson
Loureiro, mostrou o projeto de expansão daquela infraestrutura até 2020 e falou
sobre os recursos necessários, da ordem de R$ 260 milhões ao todo. "O LIT
precisa fornecer capacidade para qualificar completamente o produto espacial no
Brasil", disse. Ali são simuladas situações pelas quais esses artefatos
passam em órbita.
Ele recordou
que, quando foi inaugurado, o Laboratório comportava satélites de até 2 metros
(m) e 200 quilos (kg), e que a primeira expansão – para o CBERS, em 2000 –
elevou essa capacidade para 4 m e 200 kg. Para o satélite geoestacionário,
planejado pelo Governo Federal, as medidas necessárias vão para 6 m e 7 t,
informou. No LIT também são testadas antenas de TV, celulares, tablets e peças automotivas, entre outros
itens.
O evento incluiu
o lançamento de um sistema de
previsão da incidência de raios, que pode prever a ocorrência e a localização
do fenômeno com 24 horas de antecedência. A ferramenta foi desenvolvida pelo
Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do INPE.
Texto alterado para acréscimo de informações.
Fonte: Site do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT)
Comentário: Bom leitor fora o que já disse sobre a
presença no INPE desse verme mentiroso e escorregadio como pele de cobra, a informação
dessa matéria de que 70% dos
equipamentos do satélite CBERS 3 cabiam à China, não é verdadeira, há não ser
que a paridade do acordo tenha mudado posteriormente. Enfim... Concordo com a
visão do Dr. Leonel Perondi de que a Área
Aeronáutica deveria ser usada como modelo a seguir na produção da indústria
espacial brasileira, mas isto deveria ser realizado desde o momento que o PEB
foi consolidado e fazer isto agora com a atual conjura política vigente está mais
para o campo da Ficção Científica.
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