Propulsão Térmica Nuclear (NTP) e PROSUB, Why?
Prezados leitores e leitoras do BS!
Pois bem. Normalmente reservo as segundas-feiras para descansar — tento ficar longe do computador e aproveitar o dia fazendo qualquer coisa que me mantenha afastado dos desmandos do nosso pífio e fantasioso Programa Espacial Brasileiro (PEB).
No entanto, hoje abri uma exceção. Um amigo me enviou via WhatsApp um artigo-opinião que achei bastante interessante. Como já se passaram duas semanas desde sua publicação, resolvi compartilhá-lo por aqui no dia de hoje.
O texto foi escrito por um certo Jorge Silva Junior e publicado em sua página no LinkedIn. Ele se apresenta como CEO da empresa WHYBIM ENERGY, especializada em Energias Renováveis, com sede (ao que tudo indica) no Rio de Janeiro-RJ.
No artigo, o autor discorre sobre a Propulsão Térmica Nuclear (Nuclear Thermal Propulsion – NTP), uma tecnologia atualmente em desenvolvimento por meio de uma parceria entre o Departamento de Energia dos EUA (DOE) e a NASA. Segundo ele, a adoção dessa tecnologias pelo Brasil e seus avanços poderiam IMPACTAR — como ele mesmo destacou — o Programa de Desenvolvimento de Submarinos da Marinha do Brasil (PROSUB). Além disso, poderiam até mesmo contribuir para um futuro programa brasileiro de propulsão nuclear aeroespacial, entre outras possibilidades.
Confiram o texto completo para entender melhor!
Propulsão Térmica Nuclear (NTP) e PROSUB, Why?
Por Jorge Silva Junior
CEO da WHYBIM ENERGY
Julho de 2025.
A Propulsão Térmica Nuclear (NTP) está sendo desenvolvida para permitir missões espaciais mais rápidas, eficientes e sustentáveis, principalmente em direção a Marte e outros destinos além da órbita terrestre. Em comparação com motores químicos convencionais, a NTP reduz o tempo de viagem, consumo de propelente e exposição à radiação espacial para os astronautas — fator crítico em missões de longa duração. Além disso, representa um avanço estratégico em soberania tecnológica e domínio aeroespacial por parte dos EUA.
A tecnologia NTP visa:
Reduzir pela metade o tempo de viagem a Marte;
Viabilizar missões de longa duração com maior eficiência energética;
Servir como demonstração do uso seguro da energia nuclear no espaço;
Abrir caminhos para futuras aplicações dual-use: militares e civis, inclusive para defesa e segurança aeroespacial.
COMO está sendo implementada?
Por meio da parceria entre o Departamento de Energia dos EUA (DOE) e a NASA, utilizando laboratórios como o Idaho National Laboratory (INL), que opera sob rigorosos critérios da Nuclear Regulatory Commission (NRC). Os reatores térmicos utilizam urânio de alto enriquecimento (HALEU) para aquecer hidrogênio líquido, expelido como gás supersônico gerando empuxo. Essa tecnologia combina:
Design compacto;
Ciclo de alta eficiência;
Estrutura modular;
Potencial de reuso militar.
QUANDO e ONDE está sendo testado?
O cronograma prevê voos de teste até 2027 pelo programa DRACO (Demonstration Rocket for Agile Cislunar Operations) em parceria com a DARPA (Defense Advanced Research Projects Agency).
Atualmente, os principais testes ocorrem no Nevada National Security Site (NNSS) e no INL (Idaho), sob controle da NASA Marshall Space Flight Center.
IMPACTO NO PROSUB (Programa de Desenvolvimento de Submarinos da Marinha do Brasil)
A adoção de tecnologias como a NTP pode:
1. Antecipar inovações no reator nuclear compacto do SN-BR (Submarino Nuclear Brasileiro):
Soluções em miniaturização, resfriamento e segurança do núcleo;
Uso futuro de HALEU com controle autônomo e manobras térmicas avançadas.
2. Contribuir para um eventual programa brasileiro de propulsão nuclear aeroespacial ou espacial:
3. Fortalecer a cooperação com o IAEA e o CTMSP no domínio da tecnologia dual nuclear (civil-militar), resguardando a finalidade pacífica e autonomia tecnológica nacional, além de atender as exigências da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP).
Considerações Finais:
O avanço da propulsão térmica nuclear talvez poderia contribuir para O PROSUB, o maior projeto de defesa da América Latina, assim creio deve observar atentamente tais inovações para atualizar seus ciclos de P&D e fortalecer o papel do Brasil no cenário internacional da energia e defesa.
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