AIAB e DCTA Trataram em Reunião Recente de Uma Cooperação Institucional nos Projetos de Lançadores em Curso no Brasil
Caros leitores e leitoras do BS!
No dia 27/08, o portal Defesa Aérea & Naval noticiou que representantes da Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (AIAB) e do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) haviam tratado em reunião recente de uma cooperação institucional relacionados com os projetos de lançadores atualmente em curso no Brasil.
"Bom entusiastas do BS, diferentemente do Professor Rui Botelho — um eterno otimista —, enquanto a participação do DCTA/FAB se limitava ao apoio logístico (como o uso da Usina Coronel Abder para testes em banco de prova dos motores-foguete, e o uso do CLA ou mesmo do CLBI para os lançamentos), eu sinceramente mantinha uma visão bastante positiva sobre esses projetos. No entanto, pelo que estamos vendo agora, o cenário mudou. O DCTA e a FAB, que até então pouco se envolviam diretamente nesses projetos — exceto pela carga útil de um deles, desenvolvida pelo IEAv —, parece que vão passar a direcionar os rumos a serem seguidos. E o mais preocupante é que, parece que isso vem ocorrendo com a concordância das empresas envolvidas. Na minha opinião, trata-se de um claro prenúncio de desastre. Afinal, todos sabemos o que aconteceu com o VLS-1 e o VLM-1, cujos fracassos também estiveram sob a responsabilidade das mesmas instituições que agora estão assumindo o comando. É lamentável! Mas depois, não digam que eu não avisei. Pois então meu caro amigo X, você realmente tinha razão quando, no ano passado, me disse que esses projetos não iriam adiante, pois esses vermes encontrariam uma forma de miná-los por dentro. Parabéns pela visão."
Fonte: Portal Defesa Área & Naval
Representantes da Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (AIAB) foram recebidos pelo Diretor-Geral do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), Tenente-Brigadeiro do Ar Ricardo Augusto Fonseca Neubert, no dia 22 de agosto, para tratar de cooperação em projetos de interesse comum.
Pela AIAB participaram o presidente Julio Shidara, o vice-presidente Jadir Nogueira Gonçalves (sócio-diretor da associada Fibraforte e coordenador do Comitê de Espaço da Associação) e o vice-presidente Danilo José Franzim Miranda (diretor de inovação da associada Mac Jee).
O foco da reunião foi a colaboração para avanço de projetos de lançadores. “Todos os projetos atualmente em curso no segmento de lançadores têm muito a ganhar com o desenvolvimento conjunto de tecnologias de interesse comum”, afirmou Shidara.
Segundo ele, o cenário atual oferece condições favoráveis para colaboração: “Os significativos investimentos da FINEP em projetos estratégicos de lançadores, tanto na indústria quanto no DCTA, e, não menos relevante, a louvável e oportuna iniciativa da Advocacia-Geral da União de estabelecer o Núcleo Especializado em Matéria de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação – Núcleo Especializado PD&I, criam um cenário de oportunidades singulares para o avanço de projetos estratégicos, fundamentais para que o Brasil possa conquistar a desejada capacidade de acesso independente ao espaço.”
O Núcleo Especializado PD&I foi instituído pela Portaria Normativa AGU nº 168, de 14 de março de 2025. Entre suas atribuições estão prestar consultoria e assessoramento jurídico em PD&I a órgãos da administração direta localizados nos Estados e orientar sobre a instrução de processos administrativos correlatos. Com procuradores que participaram da construção do Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação, o Núcleo deve produzir interpretação jurídica alinhada ao espírito do legislador, fato que deve facilitar e intensificar a cooperação entre os setores público e privado em prol dos interesses nacionais, segundo expectativas da AIAB e de suas empresas associadas.
O diretor-geral do DCTA, TB Neubert, expressou entusiasmo diante das perspectivas positivas para o futuro do Programa Espacial Brasileiro resultantes da atuação conjunta do DCTA e da indústria.
Projetos financiados pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT):
Microlançador Brasileiro (ML-BR) – Veículo lançador de pequeno porte para lançamento de nanossatélites em órbita baixa. Desenvolvido pela Cenic Engenharia em parceria com Concert Space, PlasmaHub, Delsis, ETSYS, Bizu Space, Fibraforte, Almeida’s e Horuseye Tech. O ML-BR terá 12 metros de altura; 1,1 metro de diâmetro (primeiro estágio), massa total de 12 toneladas e capacidade de inserir até 30 kg de carga útil em órbita baixa. Cada um de seus 3 estágios será impulsionado por um motor de propelente sólido.
RATO-14X – Rocket Assisted Take-Off – Foguete de decolagem para veículo hipersônico. Desenvolvido pela Mac Jee, por meio da empresa Equipaer. Será o maior foguete já produzido pela indústria nacional, com altura estimada de 14 metros, massa total em torno de 15 toneladas e capacidade de transportar o veículo 14X até 30 km de altitude, a velocidade superior a Mach 8 (mais de 10.000 km/h).
Veículo Lançador de Microssatélites – Autonomia Tecnológica (VLM-AT) – Projeto de Autonomia Tecnológica para o Veículo Lançador de Microssatélites (VLM), coordenado pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), para desenvolvimento de tecnologias nacionais para lançadores de satélites visando a diminuir a dependência de tecnologias estrangeiras.
Brazilian Space
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Quem esta responsável por esse VOM-AT? Ainda a Avibras, ou a MacJee?
ResponderExcluirCaro Eduardo!
ResponderExcluirObrigado pela participação e pela pergunta!
Antes de responder, cabe lembrar que o VLM-AT é um projeto com o objetivo de nacionalizar as tecnologias que o DLR desenvolveu (estruturas, sistemas de controle, Sistema de Navegação, tubeiras móveis, Computador de bordo, etc).
Por esse motivo, teoricamente, devem ser "contratadas" várias empresas.
Pelo que sabemos, por enquanto o projeto não "contratou", oficialmente, ninguém.
Abraço