O SpaceLab/UFSC Divulga Informações Sobre Dois Subsistemas do Nanosatélite GOLDS-UFSC

Prezados leitores e leitoras do BS!
 
Na última semana, a página no Linkedin do Laboratório de Pesquisa em Sistemas Espaciais (SpaceLab) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) divulgou duas notas sobre o desenvolvimento de subsistemas do Nanosatélite GOLDS-UFSC: o On-Board Data Handling (OBDH) e o Electrical Power System (EPS).
 
Segundo as publicações, o GOLDS-UFSC é inteiramente projetado e desenvolvido no SpaceLab, com a missão de coletar dados ambientais transmitidos por estações localizadas na superfície terrestre. Para isso, utilizará o módulo EDC (Environmental Data Collector), fornecido pelo INPE.
 
Esses dados – como temperatura e umidade – serão captados pelo satélite e retransmitidos para estações de rastreio e controle, sendo posteriormente integrados ao SINDA/SBCDA (Sistema Nacional de Dados Ambientais).
 
E Para que essa missão seja bem-sucedida, o funcionamento impecável do OBDH é essencial.
 

OBDH: O Cérebro do Satélite
 
Responsável por processar dados, gerenciar sensores e manter comunicação com as estações em solo, o OBDH atua como o "sistema nervoso central" do satélite. Ele executa milhares de operações por segundo, mesmo em condições extremas de temperatura, radiação e microgravidade.
 
Composto por microcontrolador, sensores e interfaces de comunicação, o OBDH do GOLDS-UFSC foi projetado com foco em altíssima confiabilidade e robustez. Isso porque, segundo a NASA (2016), falhas nesse subsistema são uma das principais causas de perda de missões com pequenos satélites.
 
Com apoio da AEB e do CNPq, a equipe do projeto tem se dedicado a garantir uma arquitetura resiliente e autônoma, capaz de se adaptar a imprevistos em tempo real. O sistema permite, por exemplo, identificar ruídos na comunicação, reconfigurar rotas de dados e manter a operação estável até o recebimento de novos comandos da Terra.
 
Mais do que cumprir sua função, o OBDH do GOLDS-UFSC permitirá que o conhecimento gerado no espaço retorne à Terra em forma de ciência, previsão e cuidado com o meio ambiente.
 

EPS: a Fonte de Energia do Satélite
 
No desenvolvimento de satélites, o Electrical Power System (EPS) precisa ser concebido em plena sintonia com os demais sistemas. No caso de CubeSats, a geração de energia é predominantemente solar, e os painéis fotovoltaicos podem ser classificados em três tipos:
 
🔹 Monocristalinos – Alta eficiência e custo elevado
 
🔹 Policristalinos – Eficiência intermediária, com custo mais acessível
 
🔹 Amorfos – Flexíveis, mas com menor eficiência
 
Além disso, o uso de baterias recarregáveis, como Li-ion e LiPo, é indispensável para suportar os múltiplos eclipses diários enfrentados em órbita.
 
O papel do EPS vai além de fornecer energia: ele integra e alimenta todos os sistemas do satélite – de antenas e telecomunicações ao controle de atitude. No GOLDS-UFSC, se busca confiabilidade máxima e alto desempenho, por meio de um processo rigoroso de testes e validações, sempre com o apoio do CNPq e da AEB.
 
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