Software do INPE Para Monitoramento Ganha Nova Versão
Caro leitor!
Segue abaixo uma nota postada ontem (23/03) no site
oficial do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) destacando que Software
do instituto para Monitoramento Ambiental ganhou nova versão.
Duda Falcão
NOTÍCIA
Software do INPE Para
Monitoramento Ganha Nova Versão
Por INPE
Publicado: Mar 23, 2018
São José dos Campos-SP, 23 de março de 2018
Desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE), o TerraAmazon é o software livre utilizado nos projetos de
monitoramento ambiental a partir de dados de sensoriamento remoto por
satélites. Para isso, oferece um grande conjunto de algoritmos de processamento
de imagens e de dados vetoriais, ferramentas de edição vetorial e gerência de
bancos de dados geográficos. O sistema permite a implementação de metodologias
específicas para vários tipos de projetos, com diferentes sensores e
aplicações, e pode ser operado por múltiplos usuários.
Lançado em 2005, o TerraAmazon
inicialmente foi utilizado pelo projeto PRODES - Monitoramento da Floresta
Amazônica Brasileira por Satélite. Mais tarde foi adotado também pelos projetos
TerraClass Amazônia e DETER-B. Hoje também subsidia os projetos de monitoramento
do desmatamento no Cerrado.
O Projeto Monitoramento Ambiental por Satélite do Bioma
Amazônia (MSA), executado pelo INPE com recursos do Fundo Amazônia –
administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES),
aportou recursos para o aprimoramento do TerraAmazon.
Foi possível a melhoria dos sistemas de monitoramento da
Amazônia, com a utilização de imagens produzidas pela nova geração de satélites
de sensoriamento remoto de média resolução que vem sendo colocada em órbita
desde 2013 (Landsat-8, CBERS-4, Resourcesat-2 e Alos-2, por exemplo) e o
desenvolvimento de tecnologias que permitam lidar com séries temporais de dados
extraídos de imagens do sensor MODIS (dos satélites Terra e Aqua), de alta frequência
temporal. Essas séries permitem detectar e monitorar a evolução das mudanças de
uso e cobertura da terra ao longo dos anos.
DETER-B
Durante o projeto MSA foram desenvolvidas três novas
versões majoritárias do TerraAmazon: 5.0, 6.0 e 7.0. A
mais recente começa a ser utilizada pelo DETER-B, o sistema do INPE para a
detecção do desmatamento na Amazônia em tempo quase real.
A Versão 7.0 tem a capacidade adequada para lidar
com eficiência com a nova geração de dados de sensoriamento remoto. Ela é
acompanhada de uma nova versão da biblioteca de imagens TerraLib,
também desenvolvida pelo INPE, que utiliza um gerenciador de dados de alto
desempenho para grandes volumes desses dados.
O avanço tecnológico permite aos técnicos do DETER-B, por
exemplo, a realização de todo processo de análise de imagens de satélite no
próprio TerraAmazon, sem a necessidade de usar outros softwares para a
preparação das imagens usadas no monitoramento, o que agiliza o processo e
otimiza o trabalho. Outra mudança importante é a utilização do conceito de
servidores de imagens que são acessados pelo TerraAmazon através de serviços
padronizados na comunidade de geoinformática. Isso permite, por exemplo,
compartilhar as imagens utilizadas em um projeto no TerraAmazon para outras
aplicações.
Baseado em dados de satélite com resolução de 60 metros,
o DETER-B é capaz de discriminar polígonos superiores a 6,25 hectares (ha),
revelando o corte raso, desmatamento com vegetação, áreas de mineração ilegal,
além do processo de degradação em diferentes intensidades, cicatrizes de
incêndio florestal e o corte seletivo.
O TerraAmazon é desenvolvido pela Divisão de
Processamento de Imagens do INPE com o apoio da Fundação de Ciência, Aplicações
e Tecnologias Espaciais (Funcate), em São José dos Campos (SP). No período de
12 a 16 de março, os técnicos Jean Carlos Souza, Eric Abreu e Ruan Andrade, da
Funcate, estiveram no CRA/INPE, em Belém (PA), para dar suporte à equipe do
DETER-B no processo de adaptação à nova versão e providenciar os ajustes
necessários.
Técnicos do DETER-B receberam suporte para
adaptação à
nova versão do TerraAmazon.
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Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE)
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