SERPENS-1 no Espaço, e Agora?

Olá leitor!

Enquanto aguardarmos pelo grande evento do PEB em 2015, ou seja, o lançamento no inicio de novembro vindouro do foguete “VS40M/SARA Suborbital 1” da tão esperada “Operação São Lourenço”, com o recente lançamento aparentemente bem sucedido do Nanosatélite SERPENS-1, resolvemos escrever esse artigo para colocar você leitor em dia com os projetos de pequenos satélites e pequenas sondas espaciais atualmente em desenvolvimento no Brasil.

Com os lançamentos já realizados dos Cubesats NanosatC-Br1 e AESP-14 (picosatélites) e do Nanosatelite SERPENS-1, pelo que tenho conhecimento segue em desenvolvimento avançado no Brasil os projetos do Picosatélite TANCREDO-1 e dos Nanossatélites ITASAT-1, 14-BISat e NanosatC-Br2.

Já em desenvolvimento não tão próximo de ser concluído encontra-se o projeto do Nanosatélite CONASAT-0 (o maior deles com 20X20X20 cm), o primeiro de uma constelação de nanosatélites para coleta de dados ambientais em desenvolvimento pelo Centro Regional do Nordeste (CRN) do INPE em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN (veja a imagem em anexo).

[Fonte: Revista Pesquisa FAPESP - Maio de 2014]
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Vale dizer que o ITASAT-1 do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e o TANCREDO-1 da Escola Municipal Tancredo Neves de Ubatuba-SP, mostrados na imagem acima, bem como o 14-BISat do Centro de Referência em Sistemas Embarcados e Aeroespaciais (CRSEA) do Instituto Federal Fluminense (IFF) em parceria com Universidade do Porto e a empresa Tekever (ambas de Portugal), e parte integrante da Missão Espacial Científica Multinacional QB50, missão esta criada pelo Von Karman Institute da Bélgica, e o nanosatélite NanosatC-Br2 do Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais (CRS) do INPE em parceria com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), tem previsão de lançamento em 2016, porém tudo dependerá do compromisso de nossa Agência Espacial de Brinquedo (AEB) e de seu desgoverno de merda e evidentemente da disponibilidade de espaço das instituições lançadoras em seus meios de lançamento.

Por último foi divulgado em março de 2014 que o inquietante e inovador “Clube de Astronomia Louis Cruls”, da cidade fluminense de Campos dos Goytacazes (RJ), iria desenvolver um nanosatélite (veja pelo link abaixo uma reportagem sobre esta notícia), mas até o momento o Blog não obteve qualquer informação sobre a continuidade ou não deste projeto.


Além de satélites para órbita terrestre leitor, o Brasil vem também desenvolvendo (em fase embrionária e ainda incerta) duas pequenas sondas espaciais, sendo uma Lunar e uma de Espaço Profundo para pesquisas cientificas em um asteroide próximo da Terra.

A primeira delas é a Missão Lunar do Grupo ZENITH da USP São Carlos que conta com o apoio da start-up espacial brasileira AIRVANTIS e de outras instituições do Brasil e do exterior. Esta missão visa colocar uma pequena sonda (nanosatélite) no ponto de “Lagrange L2” que se encontra além da Lua. Os pontos de Lagrange são pontos no espaço que surgem do problema de três corpos (no nosso caso a Terra, a Lua e a Sonda) quando um dos corpos possui uma massa pequena em relação aos outros dois. Esses pontos são posições assumidas pela sonda que são dinamicamente estáveis em relação aos dois corpos maiores e mantém sempre a mesma posição em relação a eles. Ou seja, no caso do L2 Terra-Lua, um corpo que está estacionado nesse ponto além da órbita da Lua (L2), mantém o mesmo período orbital e, portanto, sempre acompanhando o movimento da Lua para um observador terrestre. Vale dizer que os pontos de Lagrange ocorrem em diversos pontos do nosso sistema solar e alguns já foram previamente visitados (como alguns existentes pela interação Terra e Sol). Além disso, o ponto L2 em questão tem uma característica muito interessante, pois permite a observação constante da face oculta da Lua. Esta fascinante missão lunar teve seu projeto iniciado efetivamente no primeiro semestre deste ano sem qualquer ajuda do desgoverno da “DebiOgra”, e para sua conclusão ainda há um longo e incerto caminho a ser percorrido, e o Blog deseja sucesso ao Grupo ZENITH e ao Eng. Lucas Fonseca (AIRVANTIS/USP).

[Fonte: Grupo ZENITH/USP]
Concepção Artística da Sonda Lunar da USP São Carlos

Já a segunda missão, a mais conhecida das duas e tão esperada pela sua significância cientifica, tecnológica e geopolítica para o nosso país, trata-se da Missão ASTER (1ª Missão Brasileira de Espaço Profundo), missão esta que tem como objetivo enviar uma pequena sonda (baseada numa micro ou mini plataforma de origem russa) para explorar o asteroide triplo 2001SN263, descoberto em 2008 na região entre Marte e Júpiter

[Imagem: Site Inovação Tecnológica]
Concepção Artística da sonda. A Sonda ASTER
usará motores iônicos desenvolvidos no Brasil.

Logo da Missão ASTER
Esta missão terá como destaque além dos seus objetivos científicos, a utilização de propulsores iônicos desenvolvidos no Brasil, sendo a principal meta científica a obtenção de dados físicos e dinâmicos dos três objetos que compõem o asteroide 2001SN263, incluindo a determinação de seu tamanho, massa, volume, campo gravitacional e a velocidade de rotação de cada um deles. Além disso, a equipe da missão espera identificar a composição mineral dos três corpos deste asteroide triplo. A missão também deverá estimar a distribuição de massa do trio para entender as propriedades dinâmicas e orbitais de cada um deles e buscar indícios sobre como esse sistema triplo foi formado.

Vale dizer que o importante desenvolvimento desta missão envolve além do conhecidíssimo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) a participação das universidades Estadual de São Paulo (UNESP), de Brasília (UnB), Federal do ABC (UFABC), Federal do Paraná (UFPR), Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Estadual de Feira de Santana (UEFS), olha a Bahia aí gente, de São Paulo (USP), o Observatório Nacional (ON) e os institutos Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e Mauá de Tecnologia (IMT).

Vale lembrar que desde maio de 2014 quando da realização de um Workshop na sede de nossa Agência Espacial de Brinquedo (AEB), segundo foi dito na época, visando buscar apoio financeiro para esta missão entre as instituições de fomento, aparentemente o esforço de alguns tem surtido algum resultado junto aos energúmenos do desgoverno DILMA ROUSSEFF.

O maior indício disto foi a citação desta Missão pela PresidentA debiloide e pelo seu incompetente Ministro de Ciência e Tecnologia (veja o vídeo abaixo) durante a presença de ambos na 7ª Cúpula do BRICS, em Ufa, na Rússia, em julho deste ano.


Entretanto, é claro não há como levar a sério qualquer declaração desta demente e muito menos de seus aliados corruptos e vendedores de ilusão. Sendo assim, teremos ainda de aguardar para ver como esta história realmente se desenrolará.

Duda Falcão 

Comentários

  1. Corrige aí, não correto dizer face escura da Lua, mas sim face oculta. Uma vez que ela recebe luz solar assim da mesma forma que a face que nós vemos.

    Sobre a missão ASTER torço muito para que se realize, quem sabe com a queda da Acéfala (não deve demorar muito), a missão deslanche.

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    1. Verdade RodrigoV!

      Corrigido.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Sace)

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  2. a Mídia disse que quem cometeu esse ERRO foi o Pink Floyd , ao escrever uma música do grupo Psycodélico , em verdade não foi um ERRO o termo , a Face Escura se refere ao Ocultismo e não a Luz que esse lado da Lua recebe, o Lado Oculto , tem sinônimos no Ocultismo de termos como Escuro , Negro , Invisível , sem Luz , do Lado do Mau , Corrigindo o Termo " LADO ESCURO da LUA " ....

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