Foguete é Lançado do CLBI Para Pesquisa
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia publicada ontem (10/11) no site
do jornal “Tribuna do Norte” de Natal (RN), destacando que um Foguete de Treinamento Básico (FTB) foi
lançado com sucesso da Barreira na tarde do dia (09/10).
Duda Falcão
Foguete é Lançado Para Pesquisa
Jornal Tribuna do Norte
10/11/2016
O Centro de
lançamento da Barreira do Inferno (CLBI) realizou, na tarde de ontem (9), mais
um lançamento de foguete em sua base, localizada em Parnamirim. O objetivo do
lançamento é fomentar a pesquisa aeroespacial brasileira e treinaras equipes
que compõem o centro a atuarem nesse tipo de atividade. A operação foi batizada
de Barreira 16, em referencia a 16ª atividade de lançamento promovida pelo CLBI,
e integrou as atividades do terceiro dia do 6ᵒ Fórum de Pesquisa e Inovação (FoPI)
Foto: Ana
Silva
Operação Barreira 16 faz parte de treinamento de equipe. |
Do modelo SS-30, o foguete possui três metros de comprimento e é
considerado um dos mais velozes fabricados no Brasil, com velocidade que pode
atingir até 3,6 vezes a velocidade do som. O foguete foi encomendado pelo CLBI
à Avibras, companhia especializada na produção de produtos e serviços de
defesa, com a finalidade de transmissão de dados de telemetria, tensão de
bateria, rotação, altitude, dentre outros, aos radares utilizados em operações
de lançamentos.
“A principal atividade do CLBI são lançamentos e rastreios. Não
desenvolvemos foguetes, nos disponibilizamos aos clientes externos todos os
meios para operação de lançamento. E para que a gente possa ter condições de
oferecer esses meios, precisamos estar em treinamento constante. Esse é o principal
objetivo com esse foguete, manter as nossas equipes adestradas”, disse o
Capitão Paulo Guirra, coordenador de lançamento da Operação Barreira 16.
Com lançamento previsto para às 15h30, os olhares dos participantes
do 6ᵒ FoPI estiveram fixados na base de decolagem. Pesquisadores e estudantes queriam
observar, de perto, a materialização, daquilo que as teorias apresentam dentro
das salas de aula. “É sempre muito bom participar desses eventos, principalmente
para quem é da área tecnológica. Porque
a gente vê a tecnologia no estado da arte, no maior nível", contou
Anderson Egberto, de 22 anos, estudante de Engenharia Elétrica.
Devido a problemas detectados em dois dos três radares utilizados na
operação, a contagem regressiva foi adiada em cinco minutos. Apesar disso, o
lançamento ocorreu dentro do previsto para a equipe do CLBI. "O lançamento
foi da forma como desejamos. Mesmo utilizando um dos três radares, o rastreio
foi completamente realizado e o objetivo foi atingido", avaliou o Capitão
Paulo Guirra. Durante o lançamento, o foguete atingiu o apogeu (altura máxima)
a 32 km do solo, com velocidade de 1.134 metros por segundo e caiu no oceano a
17 km da costa potiguar.
Segundo Dolvim Dantas, engenheiro do CLBI, o modelo utilizado na
operação também visa atender aos estudantes e pesquisadores, de qualquer
instituição de ensino, que se debruçam em estudos aeroespaciais. "O
Comando da Aeronáutica disponibiliza gratuitamente para qualquer aluno que
queira lançar experimentos, desde que esteja matriculado em uma instituição de
ensino e com um orientador", pontua.
O engenheiro ressalta que no interior desse modelo de foguete se
encontra embarcada toda a tecnologia que precisa para captar os dados de
experimentos. Podem ser embarcados até 5 kg de experimento científico.
"Isso representa um fomento à tecnologia aeroespacial", explicou
Dolvim Dantas.
Convidado como palestrante no 6º FoPI, o astronauta brasileiro
Marcos Pontes, que integrou a Missão Centenário em 2005, também acompanhou o
lançamento e destacou a relevância para o programa aeroespacial brasileiro em
se promover atividades como essa. "É importante incentivar e promover esse
tipo de atividade, principalmente quando se conecta os centros de pesquisas, as
universidades e as empresas. Com esse triângulo, a gente consegue desenvolver a
ciência e tecnologia no país a níveis nunca atingidos. E Natal tem dado o
exemplo", afirmou.
Fonte: Site do Jornal Tribuna do Norte - 10/11/2016
Apenas uma pergunta.Muito se criticou o nosso vitimado VLS por usar combustível sólido.No entanto,Europa,Japão e a China colocaram em serviço recentemente os lançadores Vega,Epsilon e CZ11,só para citar alguns exemplos,de combustível sólido.Parece ser o combustível mais empregado em pequenos lançadores e em impulsores laterais para lançadores mais pesados.O Vega está encimado por uma terceira etapa líquida como poderia ser o VLS.Só a Russia não usa esse combustível em seus lançadores.Por que o nosso seria tão ruim?
ResponderExcluirOlá Unknown!
ExcluirNunca fiz essa especie de critica, apesar de que seria necessário para o VLS-1 que posteriormente o quarto e ultimo estágio (notor-foguete sólido S-44) fosse trocado por um motor-foguete líquido, para assim melhorar a sua eficiência no posicionamento dos satélites no espaço. O problema do VLS-1 foi que nenhum dos governos civis após era militar realmente se empenhou para finalizar o projeto deste lançador. Fal,tou compromisso.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Caro Duda,esta crítica foi vista na Midia de modo geral e em alguns blogs.Acho até que neste. Mas não feita por você.Ela é feita pelos adversários do VLS.Acho até que para justificar o seu cancelamento.Dizem que ele era caro,usava combustível sólido.era um projeto antigo.Se era caro eu não sei.Mas quanto ao combustível e quanto a ser antigo tal crítica não tem fundamento.O Soyuz russo, devidamente atualizado, continua sendo um dos lançadores mais eficientes não é mesmo.
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