Ministério da Defesa Anuncia Radar Orbital Para o Combate ao Desmatamento na Amazônia

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota postada dia (20/07) no site do Ministério da Defesa (MD) destacando que o Brasil terá Radar Orbital para o combate ao desmatamento na Amazônia.

Duda Falcão

NOTÍCIAS

Ministério da Defesa Anuncia Radar Orbital
Para o Combate ao Desmatamento na Amazônia

Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa
(61) 3312-4071

Brasília, 20/07/2015 - O Ministério da Defesa (MD) anunciou nesta segunda-feira (20) o investimento de R$ 80,5 milhões para o Projeto Amazônia SAR, com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da União. O projeto significa uma nova realidade no combate ao desmatamento ilegal e outros crimes ocorridos contra a Amazônia Legal.

Fotos: PH Freitas/MD
Ministro da Defesa anucia investimentos de R$ 80,5
milhões para combate ao desmatamento na Amazônia.

Coordenado pelo Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM), órgão vinculado a Defesa, em parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o radar orbital vai monitorar o desmatamento na Amazônia de outubro a abril, gerando alertas, dando suporte às ações de fiscalização, além de enviar as informações ao INPE para compor os dados do sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (DETER).

O sistema vai monitorar cerca de 950 mil quilômetros quadrados (17% da Região Amazônica ou o equivalente aos estados de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e um pouco mais do que Santa Catarina) mensalmente por um radar orbital - tecnologia que permite a observação da terra mesmo em condições climáticas adversas. Será a primeira vez que a Amazônia será monitorada sistematicamente com radar orbital.

Do total investido no Amazônia SAR, R$ 63,9 milhões de recursos não-reembolsáveis serão provenientes do Fundo Amazônia via contrato assinado com BNDES. Os outros R$ 16,6 milhões a serem investidos são oriundos do Orçamento da União.

Para o ministro da Defesa, Jaques Wagner, essa medida reafirma o compromisso do Brasil em preservar a região amazônica e confirma a decisão do ministério, de priorizar nossos recursos naturais, de acordo com as diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa. “A Amazônia representa um dos focos de maior interesse para a Defesa e o Amazônia SAR significa um grande avanço na proteção da Amazônia Legal, visto que possibilita gerar informações mais precisas, rápidas e o principal, em condições climáticas adversas, que dificultam a visualização por sensores ópticos”, afirma Wagner.

Ministério da Defesa e BNDES assinam acordo para
 o Projeto Amazônia SAR.

Segundo o diretor-geral do CENSIPAM, Rogério Guedes, a tecnologia de radar é a mais apropriada, já que permite observar através das nuvens. “A área que será monitorada mensalmente compreende o Arco do Desmatamento e corresponde a sete vezes o tamanho do estado do Amapá”, exemplifica.

Participaram da cerimônia de assinatura do acordo o ministro da Defesa, Jaques Wagner, o secretário executivo do ministério do Meio Ambiente, Francisco Gaetani, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), general José Carlos De Nardi, a secretária-geral do ministério da Defesa, Eva Maria Chiavon, o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato, entre outras autoridades militares e civis.

Sobre o Amazônia SAR

O Amazônia SAR começou a ser implantado em outubro de 2013 utilizando imagens de radar aerotransportado na aeronave R-99 da Força Aérea Brasileira (FAB). Contudo, o alto custo financeiro para um monitoramento sistemático, além da resposta temporal, dificultou a continuidade do projeto.

“A Amazônia representa um dos focos de maior interesse para a
Defesa e o Amazônia SAR significa um grande avanço na
proteção da Amazônia Legal", afirma Jaques Wagner.

Dessa forma, a previsão é de que em outubro desse ano, o mapeamento já seja realizado com recursos do BNDES. O CENSIPAM comprará as imagens de radar para fazer o trabalho. Enquanto isso, o Centro providencia a construção e a aquisição de uma antena para receber e gravar as imagens de radar orbital.

Com a antena, o órgão passa a adquirir o sinal de satélite, baixando as imagens em tempo real (a cena é captada na medida em que o radar está varrendo o local), propiciando mais rapidez.

A antena, que terá de 11 a 15 metros de diâmetro, será instalada no entorno de Brasília, no Distrito Federal (Gama, Colorado, Santa Maria ou Formosa), em área militar. A maior parte dos recursos do BNDES será revertida para a compra do equipamento, previsto para começar a funcionar em 2018, e de fundamental importância para realizar um monitoramento sistemático.

A necessidade de um projeto para a vigilância da Amazônia nesses meses de clima adverso (com muitas nuvens) com radar orbital surgiu durante as reuniões do Grupo de Gestão Integrada para a Proteção do Meio Ambiente (GGI-MA), que reúne diversos órgãos governamentais.

A partir daí, o projeto começou a ser construído em parceria com o IBAMA e o INPE. Após os quatro anos iniciais previstos para implantação, em 2019, o CENSIPAM assumirá o custo de telemetria (sinal de satélite) e manutenção.


Como Funciona

O radar de abertura sintética SAR (sigla em inglês para Synthetic Aperture Radar) funciona com pulsos de ondas eletromagnéticas, que independem da luz e são capazes de ultrapassar barreiras físicas como as nuvens. Por isso, é mais indicado para o período de excesso de nuvens na Amazônia.

Para criar uma imagem do SAR, pulsos sucessivos de ondas de rádio são transmitidos para “iluminar” a cena alvo e o eco de cada pulso é recebido e gravado.

Nos dois primeiros anos, no período de outubro a abril, as imagens de cerca de 950 mil quilômetros quadrados mensalmente serão baixadas por Protocolo de Transferência de Arquivos (FTP), numa resolução de 18 a 22 metros, possibilitando a identificação dos ilícitos. Depois de analisadas pelo CENSIPAM, as imagens vão ser repassadas ao IBAMA, que subsidiará e montará as ações de fiscalizações. Essas informações também serão enviadas ao INPE para compor os dados do desmatamento da região amazônica.

Sobre o CENSIPAM

Criado em 2002, o CENSIPAM, órgão do Ministério da Defesa, é responsável pela produção de informações, dados e conhecimento atualizados sobre a Amazônia Legal, contribuindo para as políticas públicas de proteção e desenvolvimento sustentável da região.

Com larga experiência e tradição em análises de imagens de radar, trabalha desde a sua criação com imagens de sensor de radar, acoplado nos aviões R-99 da FAB.

Anualmente, fiscaliza o desmatamento em áreas de proteção por meio do Programa de Monitoramento de Áreas Especiais (ProaE), participa de ações de combate aos ilícitos e atua com os diversos órgãos parceiros produzindo informações sobre as atividades ilícitas na Amazônia.

Sobre o Fundo Amazônia

Instituído em 2008, por meio do Decreto 6.527, o Fundo Amazônia capta doações para investimentos não-reembolsáveis em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, e de promoção da conservação e do uso sustentável das florestas no bioma Amazônia.

O Fundo pode utilizar até 20% dos seus recursos para apoiar o desenvolvimento de sistemas de monitoramento e controle do desmatamento em outros biomas brasileiros e em outros países tropicais. É gerido pelo BNDES e recebe recursos do governo da Noruega, da República Federal da Alemanha e da Petrobras.


Fonte: Site do Ministério da Defesa (MD)

Comentário: Olha leitor, a nota acima do MD fala de tudo, mas em momento algum cita a origem do satélite que será usado para captar essas imagens. É muito estranho isso, principalmente se fizermos um paralelo com os recentes acordos assinados com o EUA, em especial o estranho acordo assinado com o NOAA pelo incompetente ministro do MCTI, que ainda falarei aqui no BLOG. O que será que esses PETRALHAS estão tramando? Essa história está mal contada e coloca a Amazônia sob-risco, já que essa tecnologia de abertura sintética SAR (Synthetic Aperture Radar) serve também para mapear toda a região, passando também para os controladores do satélite informações estratégicas. É extremamente preocupante o que esses energúmenos estão armando e vem comprovar o meu temor inicial pela escolha do carioca abaianado Jorge Wagner para o Ministério da Defesa (MD). Não é possível que as Forças Armadas desse país continuem permitindo o que está acontecendo. Cadê os militares com bolas que tínhamos décadas atrás? Vocês continuarão permitindo que esses entreguistas continuem colocando em risco a nossa sociedade? A situação se agrava a passos largos e a questão aqui não se limita só a corrupção, que num país sério por si só já deveria ser motivo suficiente para derrubada desses PETRALHAS, mas também passa por extrema estupidez, irresponsabilidade e incompetência jamais vista na história deste território de piratas. Enfim... quem planta colhe.

Comentários

  1. El artículo no menciona siquiera en que banda de frecuencia va a operar el radar. Será en banda L? Banda X?

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  2. Concordo com seu comentário Duda. O satélite fonte desses dados precisa ser revelado, afinal das contas nos últimos tempos tivemos acordos com Rússia, China e EUA na área espacial. A única coisa que parece certa é que não é um satélite nacional.

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    1. Pois é Pe. Paulo Giovanni!

      É muito estranho essa história, mas partindo dos PETRALHAS não é de se estranhar. Enfim... vou tentar descobrir qual satélite será usado.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazillian Space)

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  3. Existe um projeto chamado MAPSAR (Multi-Application Purpose SAR), que vinha sendo desenvolvido pelo INPE com a Alemanha e ficaria pronto em 2021 (pelas últimas estimativas que vi). Qual será o seu atual status?

    Fabricio Tavares

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    1. Olá Fabrício!

      A última notícia que eu tive sobre esta missão é que ela havia sido cancelada devido a desistência dos alemães.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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  4. Tal vez, se me ocurre, que podría tratarse del cluster (constelación) de satélites SIASGE (Sistema Ítalo-Argentino para Gestión de Emergencias). El SIASGE es una cooperación entre la ASI (Agencia Espacial Italiana) y la CoNAE de Argentina. La constelación incluirá a un total de 6 satélites, de los cuales son 4 COSMO-SkyMed italianos que ya están en órbita y funcionan en banda X. Los restantes 2 satélites SAR serán argentinos y se trata de los SAOCOM 1A y SAOCOM 1B y funcionarán en banda L. El período de revisita de la constelación será de 8 días. El primer SAOCOM 1A ya terminó de construirse en Invap-Bariloche, está finalizando la fase de testeo y será lanzado en diciembre de 2015. El SAOCOM 1B estará en órbita en 2016, la antena radar (SAR) de los SAOCOM desplegables es de 10 metros de largo y 3,5 metros de diámetro. Cada SAOCOM pesa 2 toneladas y mide 4,63 metros de alto por 2,70 metros de ancho. José Martínez

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    1. Hola José Martínez!

      Incluso puede ser José, pero no creo que lo es. Sin embargo, una hora, tendrán que revelar qué satélite se utilizará.

      Saludos desde Brasil

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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