Governo Lula Cria Grupo Interministerial Para Desenvolver de Um Sistema Nacional de Navegação Por Satélite
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Imagem: Poder Aéreo
No dia de ontem (22/07), o portal Poder Aéreo noticiou que o Governo Lula instituiu um grupo técnico interministerial para estudar a criação de um sistema nacional de navegação por satélite — um “GPS brasileiro”. A decisão, aprovada em 1º de julho pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), busca reduzir a dependência do país em relação ao sistema americano GPS e fortalecer a autonomia tecnológica nacional.
Pois então entusiastas do espaço, essa nova iniciativa fantasiosa do governo atual será tema da nossa próxima edição da coluna "Espaço Semanal" de amanhã.
Ainda de acordo coma nota do portal a equipe de trabalho, coordenada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, conta com representantes de quatro ministérios — Ciência e Tecnologia; Defesa; Comunicações; e Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços —, além de nove instituições técnicas, como a Agência Espacial Brasileira (AEB), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a Anatel e o Comando da Aeronáutica.
O objetivo principal do grupo é elaborar estudos sobre a viabilidade técnica, econômica e estratégica de um sistema nacional de Posicionamento, Navegação e Tempo (PNT). A iniciativa inclui identificar vulnerabilidades decorrentes da dependência de sistemas estrangeiros, avaliar a capacidade industrial e laboratorial do país e definir as rotas tecnológicas para implementação do projeto.
O prazo para apresentação de um diagnóstico completo é de 180 dias, prorrogáveis por mais seis meses. Ao final, o relatório entregue ao Comitê de Desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro, vinculado ao GSI, indicará os próximos passos recomendados.
A medida surge em meio à escalada de tensões comerciais e diplomáticas com os Estados Unidos, após o anúncio de tarifas de Trump e especulações de possível bloqueio do sinal GPS no Brasil. Embora especialistas considerem essa hipótese improvável, a dependência tecnológica ainda preocupa, especialmente em setores como aviação, defesa e logística.
O projeto não pretende substituir o GPS em todo o planeta, mas desenvolver um sistema regional com cobertura prioritária para o território nacional ou, eventualmente, para a América do Sul. Essa abordagem reduz custos e foca na garantia de soberania tecnológica.
Internamente, esse GPS nacional poderá servir a setores estratégicos como agricultura de precisão, logística, telecomunicações, aviação civil e defesa, além de impulsionar o desenvolvimento da indústria espacial e de tecnologia no país.
O Brasil espera seguir modelos bem-sucedidos como o Galileo (UE), BeiDou (China) e Glonass (Rússia), que oferecem alternativas ao GPS americano e asseguram maior resistência a bloqueios ou interferências.
Especialistas apontam que a implementação de um sistema PNT nacional exigirá investimentos significativos em satélites, estações-terra e infraestrutura de recepção. Também será necessário desenvolver receptores compatíveis e garantir interoperabilidade com sistemas existentes.
O governo também estuda parcerias internacionais, inclusive com países detentores de tecnologia PNT. A proposta prevê utilização de satélites já em órbita da AEB, além do desenvolvimento de novos aparelhos dedicados ao sistema brasileiro.
Brazilian Space
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