Brazilian Space e convidados debatem os 60 anos do PEB em live realizada ontem.

Olá, leitora! Olá, leitor!

O Brazilian Space realizou ontem a live em comemoração aos 60 anos do Programa Espacial Brasileiro (PEB), contando com a participação do Júlio César Guedes (Editor da Sala de Guerra, do Junior Miranda (Editor do Homem do Espaço) e do Pedro Kaled (Colunista do BS) e a mediação de Rui Botelho (Editor do BS).

Com uma audiência muito boa e muito participativa, a live que estava programada para durar 2h (das 20:00h às 22:00h) acabou tendo quase uma hora a mais de duração.

Para abordar o tema dos 60 anos do PEB - desde que presidente Jânio Quadros publicou, em 03 de agosto, o Decreto Nº 51.133/1961 que "Cria o Grupo de Organização da Comissão Nacional de Estudos Espaciais" (GOCNAE) - foram relembrados momentos marcantes e históricos, acompanhados por análises e reflexões dos mesmos, desde o seu primórdio até a conjuntura atual, abordando alguns comparativos com outros programas espaciais mundiais.

Entre comemorações, frustrações e expectativas

Em termos de pontos a comemorar, os debatedores enfatizaram a resiliência do PEB que mesmo das mais diversas adversidades, conseguiu apresentar muitos resultados, ainda que com muitos momentos de descontinuidade. Outro fato destacado pelos debatedores foi a qualidade dos engenheiros e pesquisadores brasileiros, os quais não devem nada aos dos outros países e, mesmo com pouco muito pouco, "tiram leite de pedra" e entregam muito resultados para o País.

Finalmente, e não menos importante, destacou-se a excelência das nossas instalações científicas e de infraestrutura, que, mesmo não estando perfeitamente suportadas, se mantém operacionais e em alto nível de excelência.

Como pontos negativos e decepções, foi unânime o destaque das nossas deficiências (histórica) de governança e de gestão do programa das principais entidades que o compõem, tudo isso associado a não priorização do Espaço na agenda nacional, diferentemente do que ocorre com outras áreas do conhecimento, inclusive em termos orçamentários.

Em termos de expectativas, enfatizou-se a importância de se criar no Brasil o ambiente para o New Space, mudando práticas e normas que dificultam o alvorecer de startups e soluções disruptivas, inovadoras e comercialmente competitivas, diferente do modelo de relacionamento tradicional que historicamente perdura no País.

Além disso, outros pontos destacados como esperados foram a priorização do PEB na agenda nacional, a reformulação efetiva da governança e da gestão do PEB, uma maior transparência proativa dos entes do PEB e uma maior participação e envolvimento da sociedade nos destinos do programa

Por fim, os debatedores apresentaram suas perspectivas finais, de um modo geral acreditando que ainda é possível transformar o nosso "Patinho Feio" em um programa espacial efetivo, inspirador e pujante.

Brazilian Space