Empresa americana de foguetes quer instalar fábrica em São José dos Campos

Olá, leitora! Olá, leitor!

Segue abaixo parte da excelente matéria publicada pelo nosso parceiro de divulgação científica "Homem do Espaço", tratando do tema do anuncio de uma potencial parceria entre a empresa americana Vaya e a brasileira Avibras.

Brazilian Space


Empresa americana de foguetes quer instalar fábrica em São José dos Campos

A Vaya Space, ex-Rocket Crafters, pretende abrir 200 postos de trabalhos no Brasil

Posted onMay 7, 2021CategoriesAstronautica


O Dauntlessjá com a marca Vaya

Representantes da empresa norte-americana Vaya Space, que pretende abrir uma filial no Brasil, visitaram São José dos Campos/SP nesta semana. A Vaya Space, que até março tinha o nome de Rocket Crafters Inc., atua no mercado de lançamento de pequenos satélites e de foguetes híbridos – sem no entanto haver lançado um foguete ainda. Em São José, os executivos da Vaya Space visitaram o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e o Parque Tecnológico, onde se encontraram com quinze empreendedores do setor aeroespacial, inclusive com a Avibras Aeroespacial. O foco é na tecnologia de foguetes de pequeno porte, possivelmente centrado inicialmente em foguetes de sondagem utilizando o know-how de ambas as empresas.

Representantes da empresa – o presidente Robert Fabian, Jack Blood – encarregado de vendas e marketing, e os representantes para o Brasil, Philip Newton e Cristiano Pinto – se encontraram com a diretoria da Avibrás e aventaram a possibilidade de assinar um manifesto de entendimento para a realização de empreendimentos conjuntos. Cerca de 26 pessoas trabalham para a Vaya atualmente em Cocoa, Flórida, cerca de 36 km ao sul do Centro Espacial Kennedy. A ideia da empresa é que a nova fábrica tenha 10 mil metros quadrados e gere cerca de 200 empregos diretos. Para a prefeitura, “São José dos Campos é candidata natural a receber o investimento, por ser a sede desse segmento no país”.

A Vaya Space visa o mercado SmallSat, (pequenos satélites) oferecendo preços baixos para lançar cargas úteis em órbita, com um ciclo de construção, integração e lançamento pronto de menos de 30 dias, aumentando para uma frequência de lançamento semanal programada para atender à crescente demanda dos clientes. A empresa especializada em foguetes híbridos e lançadores de pequeno porte procura aproveitar os avanços na fabricação aditiva para reduzir o custo, e aumentar o desempenho e a segurança do acesso ao espaço. Ela pretende atender ao mercado global e diz estar aceitando encomendas de lançamento para 2023.

Motor STAR-3D

Para isso, está desenvolvendo um foguete chamado Dauntless, projetado para lançamentos de satélites de até 1.000 kg. A tecnologia de propulsão do motor-foguete híbrido STAR-3D (Safe Throttleable Affordable Reliable 3DPrinted – Seguro ‘Acelerável’ Acessível Confiável Impresso em 3D) da empresa será a base de sua plataforma , com cerca de sessenta testes estáticos realizados até o momento. A Vaya Space diz estar preparada para participar do mercado “fornecendo serviços de lançamento seguros, ecológicos, acessíveis e confiáveis”. Seu líder de projetos é Kineo Wallace.

Motor de teste “Comet”, parte do projeto STAR-3D – foto John Kraus

O plano para o Dauntless é transportar uma carga útil de 1 tonelada para a órbita baixa da Terra, ou seja, duas vezes mais poderoso do que o Intrepid, um projeto do qual a empresa cessou o desenvolvimento. O projeto do Dauntless o tornaria quase tão poderoso quanto o lançador Alpha da Firefly Aerospace, do Texas, que também está em desenvolvimento.

Falhas recorrentes em testes

Ao que parece, a Vaya mudou de nome para se desvencilhar de episódios malfadados recorrentes – o desenvolvimento do Intrepid vinha enfrentando dificuldades há seis anos. Em junho de 2019, a empresa convidou a mídia para testemunhar um teste de lançamento de seu motor Star-3D de 275 kgf de empuxo. Mas, em vez da chama laranja brilhante e da fumaça preta esperada como resultado da combustão, o que se viu foi um escapamento branco fumegante. A causa foi atribuída à umidade da Flórida saturando os componentes usados ​​para a ignição do motor.

Teste de motor híbrido – foto RCI

Para ler a matéria na íntegra clique aqui.


















Comentários

  1. o canal do youtube Caiafa master tem mais detalhes

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  2. A notícia é ótima, e desejo boa sorte a nova empresa no Brasil. Só fico triste que à Avibras esteja envolvida, assim ela jogara o projeto do VLM no lixo, e vamos fabricar apenas foguetes americanos em solo nacional.

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  3. Tomara que siga adiante. Mas vale lembrar que vários projetos e testes com motores híbridos já foram feitos por pesquisadores brasileiros como este do ITA https://www.youtube.com/watch?v=nD93dhUAHTo e este outro da UFPR https://www.youtube.com/watch?v=YUBjJ8099O0 .

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  4. Tomara que vá adiante. Mas vale lembrar que projetos e testes com motores híbridos já foram feitos por pesquisadores brasileiros como este do ITA ( https://www.youtube.com/watch?v=nD93dhUAHTo ) e este outro da UGPR ( https://www.youtube.com/watch?v=YUBjJ8099O0 ) .

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