Varda Space Anuncia Que a Sua Espaçonave "W4" Obteve a Primeira Licença de Reentrada Parte 450 da FAA e Novo Barramento de Satélite
Caros leitores e leitoras do BS!
Credito: Space Daily
No dia 26/06, o portal Space Daily noticiou que a Varda Space Industries lançou sua quarta Missão W-4, no domingo, marcando o voo inaugural de uma espaçonave totalmente integrada e construída inteiramente internamente em sua instalação em El Segundo. A missão, que decolou a bordo de um lançamento compartilhado da SpaceX (Transporter-14) a partir da Base da Força Espacial de Vandenberg às 14h25 (horário do Pacífico), representa vários marcos operacionais para a empresa.
De fato, amantes do espaço, esta é mais uma demonstração de como o saudoso Dr. Paulo Moraes Jr. estava muito à frente de seu tempo. Estava também bem à frente das mentes estreitas de seus superiores, quando atuava como servidor público no Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), e dos péssimos governos que marcaram sua trajetória profissional. Sua perda é imensa para o país, que, infelizmente, não soube aproveitar da sua genialidade. E apesar de já termos alertado, há algum tempo, aos profissionais do setor privado sobre a necessidade de explorar esse nicho, confesso que perdi a esperança de ser ouvido. É uma grande pena, mas só nos resta parabenizar empresas como a Varda Space e outras organizações estrangeiras que já estão seguindo esse caminho com visão e coragem.
De acordo com a nota do portal, diferentemente das missões anteriores, a Varda desenvolveu e opera de forma independente todos os componentes da espaçonave W-4, exceto o veículo lançador. Isso inclui a cápsula, o escudo térmico, o barramento de satélite e a carga útil farmacêutica. A arquitetura da missão permanece consistente com os voos anteriores, envolvendo o processamento farmacêutico em órbita seguido por reentrada em alta velocidade na Terra e recuperação.
Espera-se que a espaçonave W-4 reentre na atmosfera terrestre em velocidades superiores a Mach 25 antes de pousar no Campo de Testes de Koonibba, no sul da Austrália, administrado pela Southern Launch. O barramento de satélite gerenciará energia, comunicações, propulsão e controle de orientação durante suas operações em órbita.
“Este é o voo de estreia de um novo veículo comercial, e nada é mais empolgante”, disse o CEO Will Bruey. “A integração vertical nos permite acompanhar o ritmo necessário para nosso conjunto de missões, beneficiando tanto os clientes farmacêuticos quanto os governamentais.”
Os principais avanços nesta missão incluem o primeiro escudo térmico fabricado internamente pela Varda, uma nova carga útil de cristalização baseada em solução e a aprovação regulatória sob a Parte 450 da FAA. A nova licença de reentrada permite o retorno das cápsulas da série W até 2029 sem a necessidade de enviar novas metodologias de segurança para cada voo.
O módulo de cristalização a bordo tem como objetivo formar cristais de pequenas moléculas de medicamentos usando processos baseados em fluidos. Essa abordagem, amplamente usada na Terra para controlar propriedades de fármacos, está sendo adaptada para pesquisas em microgravidade. “Estamos construindo ferramentas de processamento no espaço que atendem aos padrões da indústria farmacêutica e expandem a ciência da cristalização”, disse Adrian Radocea, Diretor Científico da Varda.
A emissão pela FAA da primeira licença de operador de veículo segundo a Parte 450 é um marco regulatório. “Esse modelo nos permite escalar nossas operações mantendo a segurança”, disse Manoli Tsaparikos, Diretor de Garantia de Missão da Varda.
O escudo térmico C-PICA da W-4 é a primeira unidade produzida comercialmente pela Varda sob um prêmio do programa NASA Tipping Point e um acordo de transferência de tecnologia. O C-PICA, inicialmente desenvolvido no NASA Ames, protegeu todas as cápsulas de reentrada anteriores da Varda. O esforço com o escudo térmico apoia o objetivo da STMD da NASA de ampliar a capacidade do setor privado em tecnologias espaciais críticas.
Brazilian Space
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