Reflexão: A César o Que é de César - Precisamos Acabar Com as Injustiças e a Distorcões nos Bastidores das Atividades Espaciais do País

Caros leitores e leitoras do BS!
 
Credito: Imagem criada por IA.

A César o que é de César. Esse é um ditado que aprendi ainda garoto e que sempre vi meu pai colocar em prática — tanto para reconhecer os méritos e conquistas dos outros, quanto para atribuir-lhes, com justiça, as falhas ou responsabilidades devidas. Talvez por isso, tenho dificuldade em permanecer calado diante de injustiças.
 
E é exatamente isso que venho testemunhando: uma situação de evidente injustiça que tem me incomodado profundamente, apesar do silêncio público da empresa que está sendo injustiçada. Refiro-me à Castro Leite Consultoria (CLC), co-executora do Projeto RATO e empresa contratada no Projeto MLBR.
 
No caso do Projeto RATO, chama a atenção o fato de que a CLC raramente é mencionada nos comunicados e materiais divulgados pela MAC JEE, sua co-executora. Trata-se de um comportamento, no mínimo, questionável. Afinal, a CLC desempenha um papel importante no desenvolvimento do projeto, e a sociedade brasileira tem o direito de saber quem são os verdadeiros responsáveis por aquilo que está sendo financiado com recursos públicos.
 
O mesmo padrão se repete no Projeto MLBR. Embora empresas executoras como CENIC Engenharia, Concert Technologies, PLASMAHUB e Etsys sejam corretamente citadas — assim como as contratadas Almeida's, BIZU Space, Delsis Aerospace, FIBRAFORTE e Horuseye Tech — a CLC, que tem a responsabilidade de desenvolver o Sistema de Guiamento e Controle do Primeiro Estágio do Foguete, tem sido sistematicamente ignorada. A gota d’água, para mim, foi a ausência da logomarca da CLC no belo vídeo animado sobre o lançamento do foguete, divulgado ontem 04/06 (veja aqui).
 
Mais grave ainda é ver a logomarca da AEB (Piada Espacial Brasileira) estampada no mesmo vídeo. Uma entidade que, na prática, não tem nenhuma relação com essa iniciativa e que, em muitos aspectos, age como um entrave em vez de uma colaboradora. Trata-se de uma distorção inaceitável da realidade, que concede prestígio a quem não merece, enquanto silencia e invisibiliza quem de fato contribui.
 
Esse tipo de comportamento precisa ser combatido. Precisamos amadurecer como sociedade, aprendendo a valorizar e reconhecer quem realmente contribui para o progresso do país — e, igualmente, a separar essas pessoas daqueles que apenas surfam nas conquistas alheias. Caso contrário, jamais nos tornaremos, de fato, uma nação justa, íntegra e desenvolvida.
 
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