Planejamento Também Criticou Satélite

Olá leitor!

Segue abaixo uma matéria publicada no jornal “O Globo” do dia (28/06), destacando que o Portal do Planejamento criticou a negociação do governo com a empresa OI para o desenvolvimento de um satélite próprio.

Duda Falcão

Economia

Planejamento Também Criticou Satélite

Portal que saiu do ar fez ressalvas ao projeto.

Governo negocia com a Oi

Geralda Doca e

Maria Fernanda Delmas

O Globo

28/06/2010

O desenvolvimento de um satélite próprio pelo governo brasileiro (que vem sendo negociado com a Oi) recebeu críticas do Portal do Planejamento - que continha ampla avaliação dos programas federais na internet e foi retirado do ar há uma semana. A publicação vê alguns obstáculos. E destaca que o ato de anuência prévia concedido pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) à compra da Brasil Telecom pela Oi previa que a supertele apresentasse uma proposta dessa natureza, arcando inclusive com a contratação de especialistas, o que teria causado "estranhamento" à Agência Espacial Brasileira (AEB).

Ontem, o jornal "Folha de S.Paulo" publicou que os controladores da Oi foram apresentar o projeto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, confirmou ao GLOBO que o satélite era uma das obrigações da supertele, e que a negociação com o governo se intensificou há cerca de três meses. Segundo ele, um satélite como esse custa a partir de US$350 milhões.

O Portal do Planejamento não detalha os motivos da AEB. Destaca apenas que o desenvolvimento de um satélite atende à demanda por comunicação segura, meteorologia e controle do tráfego aéreo. Na avaliação dos técnicos do Planejamento, "há uma série de riscos a serem considerados".

Para colocar um satélite em órbita, o Brasil precisa negociar com a União Internacional de Telecomunicações uma posição orbital adequada. Das posições detidas pelo país, uma venceu em janeiro, outra tem validade até novembro de 2011 e a terceira, até junho de 2013. Falco afirmou que o projeto ainda está em fase de estudos e ainda não se discutiu a questão da licença.

Para Falco, Satélite é Questão de Soberania

Outro problema levantado se refere ao fenômeno que pode interromper os sinais já enviados pelo satélite, descontinuando o serviço, a menos que haja dois satélites em posições orbitais bem separadas. Os técnicos dizem que ainda não existe o conhecimento científico necessário para estabelecer as características técnicas que garantem o sinal contínuo.

A publicação destaca que existe um grupo de trabalho para discutir o projeto, que pode chegar ao custo de R$1 bilhão, e a solução seria uma Parceria Público-Privada (PPP). O Ministério da Defesa confirmou o interesse dos militares em ter um satélite próprio desde a privatização da Embratel, em 1998. Os atuais são de empresas controladas por estrangeiros. Na opinião de Falco, é uma questão de soberania o governo controlar fisicamente um satélite.

Fonte: Jornal O Globo - pág. 18 - 28/06/2010

Comentário: Como disse anteriormente leitor, essa novela ainda tem vários capítulos para serem escritos antes de se dar realmente inicio ao projeto. Num país sério, se definia as especificações do satélite, os recursos necessários, a empresa ou empresas envolvidas com o projeto, prazo de desenvolvimento e dava-se então inicio ao mesmo. No Brasil, infelizmente existem outros interesses que não são necessariamente os interesses da nação, esses ficam num segundo ou terceiro plano. Sendo assim, o nosso desenvolvimento quando acontece chega com anos de atraso e com custos bem acima do que deveriam ser sem que os responsáveis sejam responsabilizados pelos seus atos o que explica a vontade de muitos em se tornarem políticos. Afinal, num quadro com esse, ser político num país como o Brasil é negocio da China.

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