Rússia Revela Cronograma Para a Construção de Sua Nova Estação Espacial ROSS, Começando em 2027

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(Crédito da imagem: Getty Images)

Um visitante observa um modelo da nova estação espacial orbital russa durante o Fórum Técnico Militar Internacional 'Army 2022', em 15 de agosto de 2022, em Kubinka, nos arredores de Moscou, Rússia.

 

No dia de ontem (22/07), o portal Space.Com noticiou que a Rússia revelou o cronograma para a construção de sua nova estação espacial, começando em 2027, mas que dependerá do sucesso do Foguete Angara A5, fruto dessa nova geração de foguetes da Rússia.

 

De acordo com a nota do portal, A Rússia apresentou um roadmap abrangente para a construção de sua mais nova estação espacial e infraestrutura terrestre associada, com os primeiros módulos previstos para lançamento em três anos.

 

Em 2 de julho, a liderança da agência espacial russa Roscosmos descreveu seus planos para criar a mais nova estação espacial do país, atualmente conhecida como Estação de Serviço Orbital Russa (ROSS), segundo a agência de notícias russa TASS.

 

O primeiro módulo do posto avançado em forma de X, um nó de pesquisa e energia, deve ser lançado em órbita polar em 2027, conforme relatado pela TASS. Até 2030, está planejado que sejam acoplados seus quatro principais módulos, com dois módulos "de propósito especial" agendados para serem fixados até 2033. A Roscosmos planeja enviar os primeiros cosmonautas à estação em 2028 e sugeriu que a estação pode ser operada sem tripulação.

 

A Estação de Serviço Orbital Russa orbitará na mesma altitude da Estação Espacial Internacional, cerca de 250 milhas (400 km) acima da Terra, em uma órbita polar síncrona com o sol. Segundo a Roscosmos, essa rota é especialmente útil para observar toda a superfície do planeta e também proporciona uma visão valiosa sobre a "estrategicamente importante Rota do Mar do Norte". O custo estimado é de cerca de 7 bilhões de dólares americanos.

 

O cronograma para a construção da ROSS também depende do sucesso do Foguete Angara A5 de nova geração, que teve três testes de voo orbital bem-sucedidos desde 2014 e um fracasso parcial em 2021.

 

Sua construção também provavelmente conterá uma novidade: a Rússia parece estar embarcando na onda de entusiasmo pela inteligência artificial.

 

"A inteligência artificial está se desenvolvendo rapidamente em tecnologia", disse Vladimir Kozhevnikov, designer-chefe do ROS, em 2 de julho, segundo um relatório da TASS. "Nós usaremos seu suporte, mas basicamente usaremos nossos cérebros, é claro." Qual forma essa IA terá é desconhecida – será que o ChatGPT receberá crédito na construção dos módulos da ROSS?

 

Outro designer-chefe, Vladimir Solovyov, da empresa de foguetes espaciais Energia, sugeriu que haverá metas "incomuns" para a ROSS, com a estação espacial fornecendo orientação para uma frota de satélites – algo inédito.

 

"Esta frota voará perto da estação [...] isso também implicará novas tarefas para o controle de missão, já que ninguém jamais tentou fazer isso", disse Solovyov.

 

A Rússia tem sido membro principal da Estação Espacial Internacional desde seu lançamento, ao lado da NASA, da Agência Espacial Europeia, da JAXA e da Agência Espacial Canadense. Para sua nova estação, está considerando parcerias com Brasil, Índia, China e África do Sul, além de outros países africanos.

 

Em 2021, a Roscosmos sinalizou sua intenção de construir seu próprio laboratório espacial, sucessor da estação espacial Mir. Em meados de 2022, após a invasão da Ucrânia e tensões elevadas entre a Rússia e outros países ocidentais, a Roscosmos anunciou que deixaria o programa da ISS "após 2024". Desde então, anunciou que permanecerá na ISS até 2028.

 

Embora o cronograma para a saída da ISS permaneça incerto, o calendário indica a intenção da agência espacial russa de avançar em seus próprios interesses e focar em desenvolvimento científico e de segurança que a Roscosmos acredita terem sido prejudicados devido a acordos internacionais sobre a ISS.

 

A ISS deverá passar por uma desorbitação planejada em 2030, mas pode permanecer em operação até que estações comerciais sejam construídas.

 

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