O 'Earth Return Orbiter (ERO)' da Agência Espacial Europeia (ESA) Avança para a Próxima Etapa de Desenvolvimento

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Fonte: Mars Daily
Ilustrativo.
 
No dia de hoje, em 8 de julho, a página MARS Daily do portal Space Daily relatou que o 'Earth Return Orbiter (ERO)' da ESA atingiu um marco crucial ao completar sua Revisão Crítica de Projeto (Critical Design Review - CDR). Este estágio essencial valida o desempenho, qualidade e confiabilidade dos sistemas da espaçonave, pavimentando o caminho para os próximos avanços no seu desenvolvimento.
 
Como foi descrito pelo portal, um CDR é uma etapa crucial em qualquer projeto espacial, garantindo que a espaçonave possa passar do conceito para a realidade. A recentemente concluída Revisão Crítica de Projeto da Plataforma (Platform Critical Design Review - P-CDR) envolveu a colaboração entre a indústria europeia e a NASA, verificando a prontidão do ERO para sua missão a Marte.
 
O ERO representa uma contribuição significativa da ESA para a campanha de Retorno de Amostras de Marte, que visa trazer amostras de rochas, solo e atmosfera marciana de volta à Terra através de uma série de missões coordenadas.
 
"A indústria europeia está pronta para o próximo capítulo. Um design robusto é a base para construir, testar e montar o hardware em uma espaçonave completa", disse Tiago Loureiro, líder da equipe do projeto ERO. Com o design agora validado, a fabricação e os testes dos componentes da espaçonave podem começar, garantindo que a missão continue no caminho certo para seu lançamento iminente.
 
A missão envolve fornecedores de 11 países europeus, todos trabalhando juntos para construir um orbitador capaz de realizar uma jornada de ida e volta da Terra a Marte.
 
A NASA revisou recentemente o programa de Retorno de Amostras de Marte para reduzir complexidade, risco e custo, incorporando designs inovadores e tecnologia comprovada. A ESA colaborou estreitamente com a NASA para se adaptar a essas mudanças, garantindo que o ERO permaneça flexível e capaz de atender aos novos requisitos da missão.
 
"A configuração da espaçonave é robusta o suficiente para ser flexível com a carga e ajudar a encontrar soluções para uma nova arquitetura. A ESA e nossos parceiros industriais se adaptaram a um novo cenário, mantendo-se inventivos e recursos enquanto permanecem um parceiro confiável para a NASA", explicou Tiago. "Confirmamos que o Orbiter de Retorno à Terra funciona para o que foi planejado e mais, independentemente das alternativas", acrescentou.
 
O ERO tem a tarefa crítica de recuperar amostras de Marte. Antes de trazê-las de volta à Terra, ele deve localizar e capturar uma cápsula do tamanho de uma bola de basquete preenchida com amostras coletadas pelo rover Perseverance da NASA.
 
"Esta missão exemplifica o ápice da habilidade tecnológica europeia. De uma distância impressionante de até centenas de milhões de quilômetros, equipes baseadas na Terra coordenarão uma dança orbital complexa ao redor de Marte", disse Orson Sutherland, gerente do programa Marte da ESA. A missão envolve localizar uma pequena cápsula, manobrar para a órbita precisa para o encontro e capturá-la remotamente da Terra.
 
A missão de cinco anos do ERO também incluirá servir como um relé de comunicação para rovers e pousadores na superfície de Marte.
 
As equipes europeias trazem décadas de experiência em navegação autônoma, encontro e acoplamento para esta missão. Tecnologias amadurecidas através de missões passadas como o Veículo de Transferência Automatizada e JUICE, bem como a missão do rover ExoMars Rosalind Franklin, estão sendo utilizadas.
 
O ERO será a maior espaçonave construída para voo interplanetário, com contribuições da França, Itália, Alemanha, Reino Unido, Espanha, Suíça, Noruega, Dinamarca, Bélgica, Romênia e Países Baixos. A Airbus Defence and Space é responsável pela construção da espaçonave e análise da missão, enquanto a Thales Alenia Space lidará com a montagem, desenvolvimento do sistema de comunicação e módulo de inserção em órbita a partir de sua instalação em Turim, Itália.
 
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