Lixo Espacial Cai no Peru e Produz Bola de Fogo Vista no Brasil
Olá leitor!
Tá lembrado da notícia postada aqui no Blog sobre o
Clarão que assustou moradores no Acre (veja aqui)? Pois então, era lixo
espacial e caiu no Peru. Saiba mais através desta notícia postada dia (29/01)
no site “Apollo11.com”.
Duda Falcão
Editoria: Espaço - Tecnologias
Lixo Espacial Cai no Peru e Produz
Bola de Fogo Vista
no Brasil
Segunda-feira, 29 jan 2018 - 09h31
Um grande fragmento de lixo espacial reentrou na
atmosfera próximo à Região Norte do Brasil e produziu uma gigantesca bola de
fogo registrada em vídeo na Região Norte do Brasil.
Bola de fogo sobre o Brasil - Reentrada foguete SL-23
registrada a partir de Cruzeiro do Sul, Acre.
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A reentrada ocorreu às 23h32 UTC (21h32 pelo horário de
Brasília) e de acordo com o site Satview.org, que realiza monitoramento de lixo
espacial, trata-se de parte do segundo estágio de um foguete russo do tipo
SL-23 (Identificação NORAD 43090), lançado em 26 de dezembro de 2017 a partir
do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.
Previsão de reentrada feita pelo site Satview para o
objeto NORAD 43090.
A reentrada ocorru alguns minutos antes do previsto pelo
site brasileiro. Nada mal!
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A reentrada não destruiu totalmente o objeto e parte dele
atingiu o solo na região de Azángaro, Peru, ao norte do lago Titicaca, próximo
à fronteira com a Bolívia.
O objeto foi localizado em uma região afastada de
Azángaro e pelas imagens registradas trata-se do reservatório de combustível do
SL-23.
O que acontece na reentrada?
Naves que reentram na atmosfera, normalmente se rompem
entre 72 e 84 quilômetros de altitude devido à temperatura e forças
aerodinâmicas que agem sobre a estrutura. A altitude nominal do rompimento é de
78 km, mas satélites de grande porte que têm estruturas maiores e mais densas
conseguem sobreviver por mais tempo e se rompem em altitudes mais baixas.
Painéis solares são destruídos bem antes, quando os satélites ainda estão entre
90 e 95 km.
Uma vez que a espaçonave ou seu corpo principal se rompe,
diversos componentes e fragmentos continuam a perder altura e se aquecer, até
que se desintegram ou atingem a superfície. Muitos dos componentes são feitos
em alumínio, que se derretem facilmente. Como resultado, essas peças e
desintegram quando a nave ainda está em grandes altitudes. Por outro lado, se
um componente é feito com material muito resistente, que precisa de altas
temperaturas para atingir o derretimento, pode resistir por mais tempo e até
mesmo sobreviver à reentrada. Entre esses materiais se encontram o titânio,
aço-carbono, aço inox e berilo, comumente usados na construção de satélites.
O interessante é que ao mesmo tempo em que são
resistentes às altas temperaturas, esses materiais também são muito leves (por
exemplo, chapas de tungstênio) e como resultado a energia cinética no momento
do impacto é tão baixa que raramente provoca danos de grande porte. O problema
começa com a composição química residual, que dependendo do componente que
sobreviveu à reentrada, pode conter material extremamente tóxico, como a
hidrazina, utilizado como combustível ou até mesmo material radioativo, usado
na geração de energia elétrica.
Fonte: Site Apolo11 - http://www.apolo11.com/
Comentário: Pois é, e assim fica esclarecido este evento.
Agradecemos ao nosso leitor Ricardo Melo pelo envio dessa notícia.
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