Conheça o Cluster Latino-Americano de Indústria Espacial (CLIE)

Prezados leitores e leitoras do BS!
 
Nas redes sociais, tem se falado muito recentemente sobre uma organização chamada Cluster Latino-americano de Indústria Espacial (CLIE), que reúne empresas — incluindo startups e algumas universidades — de diversos países da América Latina, como Argentina, Brasil, México, Peru, entre outros.
 
De acordo com as informações disponíveis no seu website, o CLIE é o maior cluster da indústria espacial na América Latina em número de membros desenvolvedores em estágio inicial. Mais de 60% desses membros desenvolvem internamente produtos, projetos ou serviços, conectando talento e experiência para impulsionar o avanço tecnológico e fortalecer a colaboração regional.
 
Segundo seu website, a missão do CLIE é orientar, desenvolver, acelerar, incubar e lançar clusters nacionais da indústria espacial em toda a América Latina. A organização busca fomentar a integração e a aceleração de esforços isolados na região, promovendo investimentos, intercâmbio tecnológico e o crescimento do capital humano. Seu objetivo é fortalecer a indústria espacial latino-americana, posicionando a região como um destino estratégico para o desenvolvimento tecnológico e empresarial.
 
A visão do CLIE é consolidar a América Latina como uma referência global na indústria espacial, construindo um ecossistema colaborativo que promova a inovação, o desenvolvimento do talento e o crescimento sustentável das empresas em estágio inicial. A organização deseja ser a ponte que conecta os principais atores da região — startups, empresas, governos e centros de pesquisa — para construir um futuro espacial repleto de oportunidades.
 
A seguir, alguns dos principais membros do Cluster no Brasil, México e Peru:
 
BRASIL:
 
* SHAMAL SPACE – Navegação inercial sem ITAR
 
MÉXICO:
 
* ANTARES AEROSPACE – Lançador suborbital Genesis
 
* SPACELAB MX – Sistemas duplos para defesa e espaço
 
* MAPC – Cápsulas autônomas
 
* CICTEG – Plataformas de satélites
 
* ZENIT AEROSPACE – Subsistemas críticos
 
* LUGIBA – Motores Aerospike
 
* PREFIXA – Gêmeos digitais para missão crítica
 
PERU:
 
* QINTI SPACE – Foguetes experimentais
 
Ainda segundo o que foi divulgado, o CLIE vem desenvolvendo capacidades estratégicas como:
 
Veículos de lançamento autônomos
Plataformas modulares de satélite
Sistemas de navegação independentes
Tecnologias duplas para defesa e espaço
 
Portanto, entusiastas do setor espacial, caso as informações divulgadas pela organização sejam verdadeiras, trata-se de uma iniciativa bastante promissora que poderá, a médio e longo prazo, impulsionar significativamente o desenvolvimento espacial em toda a América Latina.
 
No entanto, é importante destacar que, se o Brasil mantiver a atual condução esquizofrênica e totalmente errática do setor espacial pelo atual governo, o país pode se tornar dependente e obsoleto no cenário espacial, com exceção das startups e instituições que participam deste Cluster. Tal situação poderá até comprometer a segurança nacional em médio e longo prazo, caso não haja uma mudança de rumo estratégica.
 
Brazilian Space
 
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