Acordo de Cooperação Entre os BRICS Permite Uso Pacífico do Espaço

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota postada dia (09/11) no site da “Agência Espacial Brasileira (AEB)”, destacando que o Acordo em curso de cooperação entre os BRICS permitirá o uso pacífico do espaço.

Duda Falcão

Notícias

Acordo de Cooperação Entre os BRICS
Permite Uso Pacífico do Espaço

Coordenação de Comunicação Social – CCS
09/11/2016


Representantes dos países BRICS reuniram-se no dia 31 de outubro em Zhuhai, na China, no 1º Encontro dos Chefes das Autoridades Espaciais, para implementação do consenso alcançado durante a sétima reunião do grupo, realizada em julho de 2015, na Rússia. No encontro, as autoridades discutiram o desenvolvimento de um documento para a utilização conjunta de satélites de sensoriamento remoto da Terra e um protocolo de cooperação sobre exploração e uso pacífico do espaço.

“É preciso ampliar nossa colaboração bilateral transformando-a em apoio multilateral, envolvendo todos os países dos BRICS na área de observação da Terra, afirmou José Raimundo Braga, presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), e chefe das quatro delegações presentes à reunião. Segundo ele, o documento desenvolvido pelo grupo apresenta um mecanismo que irá facilitar a cooperação nas áreas da exploração espacial pacífica e conjunta do sistema de sensoriamento da Terra.

No acordo firmado entre o grupo, José Raimundo assumiu o compromisso de o Brasil e a China contribuírem conjuntamente, começando com o satélite Sino Brasileiro de Recursos Terrestres – CBERS 4, e com a Estação Terrena de Cuiabá (MT),  que tem a função de adquirir e rastrear o satélite durante sua passagem, receber, processar, formatar e enviar ao Centro de Controle de Satélites (CCS) os dados de telemetria de serviços entre outros.

Consenso – Todos os chefes presentes ratificaram as palavras do presidente da AEB e explicaram suas atividades espaciais nacionais, além de expressarem o desejo de aprimorar a cooperação entre os estados BRICS. Os representantes da CNSA inseriram o conceito, progresso e planos de trabalho da constelação de satélites de sensoriamento remoto dos BRICS. Os chefes russos ratificaram o acordo entre a Agência Espacial Brasileira, a Roscosmos, ISRO, CNSA e a Sansa na cooperação da constelação de satélites de sensoriamento remoto dos BRICS.

“Hoje estamos dando um passo para o futuro. Estou convencido de que os esforços conjuntos sobre o uso de satélites de sensoriamento remoto pelos países BRICS vão servir para a gestão de desastres, proteção ambiental e desenvolvimento social e econômico sustentável dos nossos países”, ressaltou  o diretor da Roscosmos, Igor Komarov. “A Rússia coopera ativamente com Brasil, Índia, China e África do Sul na área de exploração espacial”, continuou Komarov.Participaram da reunião líderes das agências espaciais da África do Sul (SANSA), da Administração Espacial Nacional da China (CNSA), da Corporação Espacial Estatal (Roscosmos), Organização de Pesquisa Espacial Indiana (ISRO). A Roscosmos apoiou a iniciativa dos parceiros chineses de compartilhar o uso dos sistemas de satélite de sensoriamento remoto e de infraestrutura terrestre conexa no interesse dos países BRICS.

Os países BRICS irão se esforçar para prosseguir na cooperação da constelação de satélites de sensoriamento remoto e acelerar os procedimentos de aprovação do acordo para garantir sua assinatura antes ou até a nona reunião dos BRICS. O primeiro encontro do comitê de articulação de cooperação espacial será mantido na China em 2017 antes ou até a reunião dos BRICS.


Fonte: Site da Agência Espacial Brasileira (AEB)

Comentário: Outra cooperação Espacial interessante se tivéssemos um governo comprometido e focado nas atividades espaciais, mas infelizmente não é o caso.

Comentários

  1. mas sem termos capacidade de ter efetivamente veículos lançadores..não teremos...nada seremos!

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    1. Olá Antônio!

      É verdade, precisamos de nosso lançador e o fato de ainda não termos este veículo apos 55 anos de atividades espaciais oficiais no país, já é uma grande prova da falta de compromisso do governo.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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  2. Devido à agenda populista que criou uma casta de intocáveis - o serviço público - travou-se o desenvolvimento científico do país. Enquanto isso não for resolvido, colocar dinheiro no PEB é jogá-lo fora. A solução de curto prazo seria a iniciativa privada. Mas o certo mesmo é reestruturar os institutos governamentais e as leis que os regem. Além disso, redefinir o papel (hoje ridículo) da AEB. Mas tudo isso já foi discutido em diversas reuniões com pessoas sérias e comprometidas com o PEB. Não estou dizendo nenhuma novidade. Os relatórios podem ser achados na internet. Aí sim vem sua (Duda) frase final - cadê vontade do governo pra implementar isso?
    Não haverá porque isso mostraria as demais áreas do governo que também deveriam passar pelo mesmo processo. Aí teríamos um novo Brasil.

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