Em Comunicado aos Acionistas da Empresa, o CEO da INNOSPACE, Kim Soo-jong, Pediu “Profundas Desculpas" Pelo Ocorrido Com o Foguete HANBIT-Nano
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Foto: G1
O incidente envolvendo o foguete HANBIT-Nano, ocorrido na noite de 22 de dezembro, no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, já é de conhecimento público e foi amplamente acompanhado 'in loco' pela equipe do BS e por diversos veículos de comunicação. Diante do ocorrido, a Innospace, empresa sul-coreana responsável pelo foguete, e a Força Aérea Brasileira (FAB) anunciaram a abertura de uma investigação minuciosa para apurar as causas da falha durante a missão. A expectativa é que um relatório técnico seja divulgado em breve à Sociedade Brasileira e Coreana e principalmente aos acionistas da empresa.
Na terça-feira (23/12), o portal METRÓPOLES noticiou que o CEO da Innospace, Kim Soo-jong, pediu “profundas desculpas” aos acionistas da empresa pelo incidente, em comunicado divulgado no mesmo dia. Segundo a matéria, a manifestação ocorreu após a explosão do primeiro foguete comercial lançado a partir do território brasileiro, no âmbito da Operação Spaceward.
Em carta endereçada aos acionistas, Kim Soo-jong lamentou o ocorrido e reconheceu que o resultado não correspondeu às expectativas daqueles que confiaram e apoiaram o projeto. O executivo também informou que será conduzida uma investigação detalhada sobre a operação.
Anomalia Durante o Voo
De acordo com o CEO, o foguete HANBIT-Nano decolou normalmente e iniciou, conforme o planejamento, a manobra de inclinação para inserção orbital. O motor do primeiro estágio teria operado dentro da normalidade até que, cerca de 30 segundos após o lançamento, uma anomalia foi detectada.
“Seguindo os protocolos de segurança, foi tomada a decisão de provocar a queda do veículo dentro da zona de segurança terrestre. Como consequência, a missão foi encerrada, e houve a ocorrência de chamas após o impacto com o solo”, afirmou Soo-jong no comunicado.
A missão tinha como objetivo colocar em órbita terrestre baixa (LEO), a aproximadamente 300 quilômetros de altitude, cinco satélites de clientes e três cargas úteis experimentais não separáveis. Com a falha técnica, a inserção orbital não foi alcançada. O CEO destacou, contudo, que os sistemas de segurança funcionaram conforme o previsto, sem registro de vítimas ou danos adicionais nas áreas adjacentes ao local de lançamento.
Investigação em Andamento
Segundo Kim Soo-jong, a Innospace atua em conjunto com as autoridades brasileiras para apurar detalhadamente as causas da falha. Ele ressaltou que, apesar do insucesso da missão, uma grande quantidade de dados técnicos foi coletada e será utilizada para aprimoramentos futuros.
“Esses dados serão amplamente empregados para melhorias técnicas, aumento da confiabilidade e aperfeiçoamento do design, servindo como base essencial para os próximos lançamentos”, afirmou.
O executivo agradeceu o apoio dos acionistas e reforçou o compromisso da empresa com a continuidade do projeto, apesar dos desafios enfrentados. “Lamentamos profundamente não termos alcançado o resultado esperado neste primeiro lançamento comercial. O desenvolvimento e a operação de veículos lançadores envolvem tecnologias de alta complexidade, e, com base nessa experiência, realizaremos uma análise minuciosa das causas”, concluiu.
Primeiro Lançamento Comercial no Brasil
O lançamento ocorreu às 22h13 da segunda-feira (22/12). Segundos após a decolagem, a transmissão ao vivo no YouTube foi interrompida pela Innospace, que exibiu a mensagem: “We experienced an anomaly during the flight” (“Experimentamos uma anomalia durante o voo”, em tradução livre).
Em nota oficial, a Força Aérea Brasileira informou que o foguete apresentou uma anomalia que resultou em sua colisão com o solo. Este marcou o primeiro lançamento comercial realizado no Brasil, a partir do CLA.
“A FAB e o Corpo de Bombeiros do CLA enviaram equipes ao local para análise dos destroços e da área de impacto. Todas as ações sob responsabilidade da FAB, incluindo segurança, rastreamento e coleta de dados, foram executadas conforme o planejamento, garantindo um lançamento controlado e dentro dos parâmetros internacionais do setor espacial”, informou a instituição.
A FAB acrescentou que as equipes técnicas da Innospace seguem trabalhando na análise dos dados e na apuração das causas do incidente, em conjunto com a Força Aérea e demais órgãos envolvidos na operação.
Antes da interrupção da transmissão, foi possível observar uma aparente explosão nas imagens divulgadas. Veículos de imprensa e páginas especializadas da Coreia do Sul também relataram um possível problema durante o lançamento.
Vídeo do lançamento enviado a equipe do BS por um de seus apoiadores.
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